Dias depois...O barulho que ecoa da minha garganta enquanto eu vômito sem parar praticamente todo meu café da manhã, ajoelhada em frente a privada é tenebroso. Lavo a boca e escovo os dentes, levantando o rosto e encarando meu reflexo no espelho. A gravidez sem dúvida está acabando comigo, eu pareço completamente cansada, como se um obsessor estivesse sugando minha alma. Os enjoos perduram o dia todo, mas pela manhã ele é trinta vezes pior, o sono tenta me derrubar o dia todo e meu corpo está sempre exausto. Respiro fundo, encarando meu reflexo e vendo como meu rosto está mais inchado, mal estou usando maquiagem ultimamente, no momento estou sem nenhuma, até porque nem saio de casa. Não quero ver ninguém, vez ou outra minha mãe vem me visitar com meu pai, e Kate também vem aqui. Stefan vem quando é para falar com Alexander, troca algumas palavras breves comigo e nada mais. Yuri nunca mais veio, e do mesmo jeito que eu acho melhor assim, fico triste que nossa amizade tenha tomado e
Abro os olhos lentamente, piscando diversas vezes até abrir os olhos e ter a pílula incomodada pela claridade, a qual tampo parcialmente com a palma da mão acima do rosto. — Como a senhora está se sentindo?- Ouço a voz de Maura antes de ver seu rosto. — O que aconteceu? - falo meio alheia a situação.— A senhora desmaiou na cozinha, Estevan estava tomando café e disse que a senhora abaixou e acabou tendo um desmaio. Deve ser queda de pressão, precisa se alimentar melhor e tomar as vítaminas no horário correto durante a gravidez. Quer que eu chame um médico?— Não precisa, eu já estou melhor. Obrigada, Maura. — Tem certeza, senhora? O senhor Petrov vai se zangar com esse descuido da senhora com a saúde. — Está tudo bem, não se preocupe. Eu me resolvo com Alexander. — Eu tive que ligar para ele para avisar, caso contrário ficaria muito furioso comigo e acredito que com a senhora também. Então acredito que o próprio esteja pensando em chamar um médico.Penso em dizer várias coisas
HANNA DEVANAndo até o hall com um sorriso no rosto que se desfaz assim que vejo Lana com os olhos inundados de lágrimas. - Meu amor, o que aconteceu? - ando até ela, a acolhendo em um abraço apertado, afogando suas costas enquanto ela retribui com urgência, as lágrimas molhando meu colo. - Não aguento mais! Não aguento...- diz com a voz abafada, ainda no abraço. - Por que vocês fizeram isso comigo? Por quê?!Acaricio seu cabelo sem resposta. Com certeza foi algo com Alexander...- Minha filha...- a afasto um pouco do abraço mas seguro seus braços enquanto a olho nos olhos com atenção. - O que aconteceu com Alexander?- Ele me bateu! De novo...vocês me jogaram para os tigres sem nem se importar e agora eu tenho que viver assim para o resto da vida! Me colaram nessa situação apenas por status, dinheiro...- Vocês estavam tão bem...- balanço a cabeça.- É, as vezes estamos mas nunca sabemos por quanto tempo! Até o próximo surto, até a próxima agressão! - diz com raiva. - E não sabe o
Atravesso o corredor do segundo andar da casa a caminho do meu quarto, o qual desde ontem eu tenho tido só para mim, já que joguei apenas algumas roupas de Alexander para fora e me tranquei, não permitindo que sequer ele tentasse se aproximar. Durante vários momentos do dia ele tentou, bateu na porta, socou e ameaçou arrombar já que eu, espertamente havia tomado para mim todas as cópias guardadas. No fim, ele não teve outra opção a não ser respeitar isso, até agora, assim que me vê no corredor já enlaça meu braço. O encaro com o olhar erguido, em desafio, sem desviar e sem sinal de tristeza ou submissão.- Nós vamos conversar. - Decreta e deixo que ele me arrasta escada abaixo para o escritório. Era exatamente este momento que eu estava esperando hoje, tudo como o planejado.O olho em silêncio quando ele fecha a porta, sem demonstrar intenção nenhuma de ter algum diálogo com ele. Ao ver que eu, como de costume, não comecei com um questionamento ou algum ataque, fica impaciente e dá
Deixo o livro de lado já com dor de cabeça por ter passado mais da metade do dia trancafiada nesta biblioteca, por mais que tenha sido minha melhor escolha. Mais um dia distante de Alexander, sem dormir com ele, sem trocar mais palavras do que o básico para a comunicação necessária. Também estou engolindo meu ciúme agora, já que neste momento ele certamente está com Morgana, a mulher que esteve em meu casamento e a qual ele teve bastante tempo ao lado ultimamente, graças a uma missão idiota. Ela não gosta de mim, e para melhorar a situação, é amiga de Sophie, a prima da minha mãe por ser filha da Death que vem tirando a paciência de Kate, com o interesse em meu irmão. E Morgana é muito interessada em Alexander, e vi isso na festa que ocorreu pouco tempo após eu e Alexander termos voltado de viagem.Eu já sabia que ela estava aqui por um trabalho, enviada da obscurare, organização do meu avô Eric Salvatore. E nessa missão também estavam Alexander e Stefan. Assim que dei de cara com a m
Desde então, Morgana não se afastou muito de Alexander mas não estava dando importância para isso, confiei na obsessão dele por mim e também minha cabeça estava focada demais em problemas maiores, mas agora, neste minuto, estou me questionando se ele é o tipo de homem que vai tentar repor na rua o que falta em casa. Se for, teremos sérios problemas porque estará brincando com a mulher errada. Já aceitei muito dele, uma traição culminaria em morte, na dos dois, provavelmente. Já que se eu matar ele, não vou ficar viva para esperar minha vez de ser abatida de maneira ainda mais dolorosa. Apesar deste meu medo, nem pensar vou dar o perdão a ele tão fácil, não vou me desrespeitar assim em aceitar um tapa em troca de não ser traída.A porta é batida, tirando minha atenção dos meus pensamentos e logo Estevan entra, eu me sento.— Com licença, telefone para senhora...- ele estende para mim. Quem em pleno século XXI liga para telefone fixo? — Quem é?...- Franzo o cenho, ainda sem aceitar o
- Olha, finalmente atendeu? Pensei que estivesse trancada num quarto escuro. - A voz de Yuri é completamente carregada de raiva.- Ao menos assim eu teria o prazer de não conseguir atender uma ligação sua. Fui bem burra de apenas ter bloqueado seu número, você ainda tinha o meu... facilmente poderia comprar outro chip e me ligar, exatamente o que você fez. - bufo, revirando os olhos.- mas eu fui mais burra ainda de confiar que você teria o bom senso de não ligar, sabendo que a última coisa que eu poderia querer é ouvir sua voz. - Eu sei que esta brava comigo... me desculpe.- Abranda o tom. - Você já sabe que a Kira está morta, não é? - e novamente seu tom muda drasticamente, para um tom passivo acusatório. - Você tem algo a ver? As pessoas estão dizendo que ela estava na casa da sua mãe.- Sim, minha mãe que matou. E o que você tem a ver com isso?- Por que sua mãe matou a nossa amiga? Foi por causa do que ela havia me contado? De que seu filho não é do meu primo?- Nossa amiga? Sua
Dias depois....- Xeque mate. Ganhei! De novo...- falo derrubando a peça de Estevan e dou o meu melhor sorriso vitorioso, me recostando na cadeira de madeira maciça no jardim de inverno. - Dois a um. - Ele respira fundo mas dá um sorriso fraco, exibindo parcialmente seus dentes brancos e bem alinhados. Se tem uma coisa que venho notado, é que ele simplesmente odeia perder. Ele volta a organizar o tabuleiro, mostrando que está afim de uma revanche e que o jogo não acabou, isso me anima embora eu não diga nada, apenas assisto as peças se alinharem rapidamente em seus gestos habilidosos - Lana...- Ele diz meu nome suavemente, sem tirar os olhos do tabuleiro. - Sua obstetra ligou de novo hoje, faz quase duas semanas que você marcou, na verdade, que prometeu, fazer o ultrassom com ela e nunca voltou. - Ah...- me lembro, esfregando as temporas. -Eu estou tão desanimada com isso... - Relaxo os ombros em sinal de preguiça. - Eu aceito...aí eu penso um pouco e não aceito mais, é uma montanha