- Olha, finalmente atendeu? Pensei que estivesse trancada num quarto escuro. - A voz de Yuri é completamente carregada de raiva.- Ao menos assim eu teria o prazer de não conseguir atender uma ligação sua. Fui bem burra de apenas ter bloqueado seu número, você ainda tinha o meu... facilmente poderia comprar outro chip e me ligar, exatamente o que você fez. - bufo, revirando os olhos.- mas eu fui mais burra ainda de confiar que você teria o bom senso de não ligar, sabendo que a última coisa que eu poderia querer é ouvir sua voz. - Eu sei que esta brava comigo... me desculpe.- Abranda o tom. - Você já sabe que a Kira está morta, não é? - e novamente seu tom muda drasticamente, para um tom passivo acusatório. - Você tem algo a ver? As pessoas estão dizendo que ela estava na casa da sua mãe.- Sim, minha mãe que matou. E o que você tem a ver com isso?- Por que sua mãe matou a nossa amiga? Foi por causa do que ela havia me contado? De que seu filho não é do meu primo?- Nossa amiga? Sua
Dias depois....- Xeque mate. Ganhei! De novo...- falo derrubando a peça de Estevan e dou o meu melhor sorriso vitorioso, me recostando na cadeira de madeira maciça no jardim de inverno. - Dois a um. - Ele respira fundo mas dá um sorriso fraco, exibindo parcialmente seus dentes brancos e bem alinhados. Se tem uma coisa que venho notado, é que ele simplesmente odeia perder. Ele volta a organizar o tabuleiro, mostrando que está afim de uma revanche e que o jogo não acabou, isso me anima embora eu não diga nada, apenas assisto as peças se alinharem rapidamente em seus gestos habilidosos - Lana...- Ele diz meu nome suavemente, sem tirar os olhos do tabuleiro. - Sua obstetra ligou de novo hoje, faz quase duas semanas que você marcou, na verdade, que prometeu, fazer o ultrassom com ela e nunca voltou. - Ah...- me lembro, esfregando as temporas. -Eu estou tão desanimada com isso... - Relaxo os ombros em sinal de preguiça. - Eu aceito...aí eu penso um pouco e não aceito mais, é uma montanha
Saio do shopping com as mãos lotadas de sacola, acompanhada de Estevan na mesma situação que eu. Desde que sai do salão ele não parou de me olhar com admiração, mas sempre desvia rápido quando acha que está encarando por muito tempo. Quando chegamos ao carro e colocamos as sacolas no porta malas, aproveito para verificar meu celular, não há nenhuma ligação de Alexander e já são 20h. Isso significa que ele nem chegou em casa ainda para ver que não estou, e que também não se deu o trabalho de me ligar para saber se estou em casa, ou falar com algum funcionário para saber de mim e descobri que também passei o dia fora. Novamente, ele está ocupado demais com Morgana.- Está tão diferente...- diz Estevan, abrindo para mim a porta traseira do carro.- Isso é ruim? - pergunto quando ele entra, tomando lugar no banco do motorista. - Não, está linda. Só é ruim se estiver fazendo isso para agradar alguém além de você, sua mãe...mostrar ao seu marido que agora quer parecer mais mulher...- Não,
23:53PMPasso pelo corredor vendo que a porta antes do meu quarto com Lana está aberta e a luz acesa, então paro na soleira da mesma. - O que faz aqui? Minha voz chama atenção de Lana, fazendo com que ela se vire para mim e eu fique paralisado com a imagem que me deparo. Ela está completamente diferente, seus cabelos loiros antes mais escuros eram tingidos de finas mechas rosas e agora são em um tom mais claro e ausente de mechas coloridas, sua maquiagem ainda é carregada nos olhos porém de maneira mais dramática e a pele está mais suave orna com a cor naturalmente avermelhada de sua boca coberta por um gloss que dá volume aos lábios. O que mais chama a minha atenção é em como seu vestido distoa de suas roupas habituais no quesito caimento, ela veste um vestido preto de mangas longas que assentua bem sua cintura fina e no momento, também seus seios que estão enormes devido a gravidez e a barriga levemente protuberante, os saltos abertos de tiras de couro combinando e é possível ver
Ele está fazendo isso para te causar ciúme, Lana. Está tentando te manipular pelos sentimentos, para que se descontrole e proíba ele de se aproximar de Morgana, ele espera que você reaja porque a sua reação vai dar a ele a confirmação que ele precisa, que ele é desejado por você.- E o que espera que eu faça? - Me arrumo no sofá, colocando uma almofada sobre o colo. - Você já está fazendo o que eu espero que faça, está matando com o próprio veneno. Está deixando ele cair na própria armadilha e cada vez que ele se debate fica mais preso a ela, ele que vai acabar surtando por não ter reação sua e vai se cansar, vai implorar por você de volta e aí sim você o terá na sua mão de vez. E isso é ótimo, só assim ele vai dar crédito a sua mudança, meu amor. Ele vai ver que não está mais lidando com uma adolescente rebelde e explosiva, agora ele tem uma mulher, você é mãe agora e isso te torna mil vezes mais forte.- E para ele não importa se eu sou mãe, ele prefere a Morgana. Talvez seja aquel
[...]Mexo no notebook sentada na cama e vejo Alexander chegar tarde mais uma vez, entrando no quarto e tirando o terno. Apenas olho dele para o computador de volta e ignoro sua presença, sem nenhuma reclamação pelo horário.- Não... Quero você lá agora! - Ele diz no celular preso entre o ouvido e ombro enquanto suas mãos trabalham em desfazer as abotuaras do terno. - O que você tem para fazer?....- Respira fundo - Não importa, desmarca... Eu preciso de você, Morgana.Continuo descendo a página da loja online, sem nem me dar o trabalho de olhar para ele. - Finalmente. - Murmuro, achando no site o que eu procurava e pego o cartão de crédito dentro da gaveta do criado mudo apenas esticando o braço para o lado. -Uma hora e já chego... Até mais... - Desliga o telefone. - O que esta comprando? - Sinto sua atenção em mim pela primeira vez desde que entrou no quarto, mas não dou a minha a ele. - Roupas. - respondo seca.-- Eu já vou sair, só vim tomar banho... - Avisa, fazendo menção em i
— Tire a roupa. - A voz rouca sussurrando em meu ouvido arrepia todo meu corpo a medida que o ar quente que sai de sua boca entre em contato com minha pele febril. — Sem abrir os olhos.Sigo sua ordem, sentindo seu olhar faminto em mim mesmo sem abri-los. — Agora fique sobre os joelhos e abra os olhos. - Sinto o som de seus passos no carpete, se aproximando ainda mais por trás de mim.Abro os olhos, me impressionando com a visão. Este era um cômodo desconhecido por mim, mais uma porta entre as dezenas nesta casa que eu nunca sequer tentei abrir por pensar ser mais um quarto de hóspedes entre tantos, só que agora me vejo na obrigação de conferir cada cômodo antes ignorado.Tudo no ambiente é roxo e preto, duas das quatro paredes são preenchidas com chicotes, chibatas, cordas, braçadeiras e outros objetos para prender e punir. As outras duas tem barras e uma cruz na parede onde tenho certeza que hora ou outra estarei presa recebendo uma dolorosa e prazerosa punição. — Quando montou es
Procuro Lana com o olhar assim que entro no hall da casa, tudo está silencioso e vazio, os empregados todos fora de vista. Subo as escadas também não a vendo por todo caminho e presumo que esteja na biblioteca ou no jardim de inverno como de costume, mas vejo que não assim que chego a porta de nosso quarto, me deparando com a mesma entre aberta. A cena que vejo faz meu sangue gelar em um milésimo de segundo, um bolo se força na minha garganta e uma dor atinge meu estômago, como se uma tempestade fria estivesse acontecendo dentro de mim. - Melhor não...e não aqui..- Estevan diz a ela, sentado na cama com ela em seu colo, suas mãos envolta do quadril da minha mulher e os olhos bem focados em seus seios fartos devido a gravidez. - Calma, ele vai chegar mais tarde hoje. - Engulo em seco, eu havia dito a ela que tive problemas com Estevan e demoraria mais, porém consegui me desviar disso para vir ficar com ela por mais tempo. - E por que não aqui? É meu quarto, estou gostando de ter você