Atravesso o corredor do segundo andar da casa a caminho do meu quarto, o qual desde ontem eu tenho tido só para mim, já que joguei apenas algumas roupas de Alexander para fora e me tranquei, não permitindo que sequer ele tentasse se aproximar. Durante vários momentos do dia ele tentou, bateu na porta, socou e ameaçou arrombar já que eu, espertamente havia tomado para mim todas as cópias guardadas. No fim, ele não teve outra opção a não ser respeitar isso, até agora, assim que me vê no corredor já enlaça meu braço. O encaro com o olhar erguido, em desafio, sem desviar e sem sinal de tristeza ou submissão.- Nós vamos conversar. - Decreta e deixo que ele me arrasta escada abaixo para o escritório. Era exatamente este momento que eu estava esperando hoje, tudo como o planejado.O olho em silêncio quando ele fecha a porta, sem demonstrar intenção nenhuma de ter algum diálogo com ele. Ao ver que eu, como de costume, não comecei com um questionamento ou algum ataque, fica impaciente e dá
Deixo o livro de lado já com dor de cabeça por ter passado mais da metade do dia trancafiada nesta biblioteca, por mais que tenha sido minha melhor escolha. Mais um dia distante de Alexander, sem dormir com ele, sem trocar mais palavras do que o básico para a comunicação necessária. Também estou engolindo meu ciúme agora, já que neste momento ele certamente está com Morgana, a mulher que esteve em meu casamento e a qual ele teve bastante tempo ao lado ultimamente, graças a uma missão idiota. Ela não gosta de mim, e para melhorar a situação, é amiga de Sophie, a prima da minha mãe por ser filha da Death que vem tirando a paciência de Kate, com o interesse em meu irmão. E Morgana é muito interessada em Alexander, e vi isso na festa que ocorreu pouco tempo após eu e Alexander termos voltado de viagem.Eu já sabia que ela estava aqui por um trabalho, enviada da obscurare, organização do meu avô Eric Salvatore. E nessa missão também estavam Alexander e Stefan. Assim que dei de cara com a m
Desde então, Morgana não se afastou muito de Alexander mas não estava dando importância para isso, confiei na obsessão dele por mim e também minha cabeça estava focada demais em problemas maiores, mas agora, neste minuto, estou me questionando se ele é o tipo de homem que vai tentar repor na rua o que falta em casa. Se for, teremos sérios problemas porque estará brincando com a mulher errada. Já aceitei muito dele, uma traição culminaria em morte, na dos dois, provavelmente. Já que se eu matar ele, não vou ficar viva para esperar minha vez de ser abatida de maneira ainda mais dolorosa. Apesar deste meu medo, nem pensar vou dar o perdão a ele tão fácil, não vou me desrespeitar assim em aceitar um tapa em troca de não ser traída.A porta é batida, tirando minha atenção dos meus pensamentos e logo Estevan entra, eu me sento.— Com licença, telefone para senhora...- ele estende para mim. Quem em pleno século XXI liga para telefone fixo? — Quem é?...- Franzo o cenho, ainda sem aceitar o
- Olha, finalmente atendeu? Pensei que estivesse trancada num quarto escuro. - A voz de Yuri é completamente carregada de raiva.- Ao menos assim eu teria o prazer de não conseguir atender uma ligação sua. Fui bem burra de apenas ter bloqueado seu número, você ainda tinha o meu... facilmente poderia comprar outro chip e me ligar, exatamente o que você fez. - bufo, revirando os olhos.- mas eu fui mais burra ainda de confiar que você teria o bom senso de não ligar, sabendo que a última coisa que eu poderia querer é ouvir sua voz. - Eu sei que esta brava comigo... me desculpe.- Abranda o tom. - Você já sabe que a Kira está morta, não é? - e novamente seu tom muda drasticamente, para um tom passivo acusatório. - Você tem algo a ver? As pessoas estão dizendo que ela estava na casa da sua mãe.- Sim, minha mãe que matou. E o que você tem a ver com isso?- Por que sua mãe matou a nossa amiga? Foi por causa do que ela havia me contado? De que seu filho não é do meu primo?- Nossa amiga? Sua
Dias depois....- Xeque mate. Ganhei! De novo...- falo derrubando a peça de Estevan e dou o meu melhor sorriso vitorioso, me recostando na cadeira de madeira maciça no jardim de inverno. - Dois a um. - Ele respira fundo mas dá um sorriso fraco, exibindo parcialmente seus dentes brancos e bem alinhados. Se tem uma coisa que venho notado, é que ele simplesmente odeia perder. Ele volta a organizar o tabuleiro, mostrando que está afim de uma revanche e que o jogo não acabou, isso me anima embora eu não diga nada, apenas assisto as peças se alinharem rapidamente em seus gestos habilidosos - Lana...- Ele diz meu nome suavemente, sem tirar os olhos do tabuleiro. - Sua obstetra ligou de novo hoje, faz quase duas semanas que você marcou, na verdade, que prometeu, fazer o ultrassom com ela e nunca voltou. - Ah...- me lembro, esfregando as temporas. -Eu estou tão desanimada com isso... - Relaxo os ombros em sinal de preguiça. - Eu aceito...aí eu penso um pouco e não aceito mais, é uma montanha
Saio do shopping com as mãos lotadas de sacola, acompanhada de Estevan na mesma situação que eu. Desde que sai do salão ele não parou de me olhar com admiração, mas sempre desvia rápido quando acha que está encarando por muito tempo. Quando chegamos ao carro e colocamos as sacolas no porta malas, aproveito para verificar meu celular, não há nenhuma ligação de Alexander e já são 20h. Isso significa que ele nem chegou em casa ainda para ver que não estou, e que também não se deu o trabalho de me ligar para saber se estou em casa, ou falar com algum funcionário para saber de mim e descobri que também passei o dia fora. Novamente, ele está ocupado demais com Morgana.- Está tão diferente...- diz Estevan, abrindo para mim a porta traseira do carro.- Isso é ruim? - pergunto quando ele entra, tomando lugar no banco do motorista. - Não, está linda. Só é ruim se estiver fazendo isso para agradar alguém além de você, sua mãe...mostrar ao seu marido que agora quer parecer mais mulher...- Não,
23:53PMPasso pelo corredor vendo que a porta antes do meu quarto com Lana está aberta e a luz acesa, então paro na soleira da mesma. - O que faz aqui? Minha voz chama atenção de Lana, fazendo com que ela se vire para mim e eu fique paralisado com a imagem que me deparo. Ela está completamente diferente, seus cabelos loiros antes mais escuros eram tingidos de finas mechas rosas e agora são em um tom mais claro e ausente de mechas coloridas, sua maquiagem ainda é carregada nos olhos porém de maneira mais dramática e a pele está mais suave orna com a cor naturalmente avermelhada de sua boca coberta por um gloss que dá volume aos lábios. O que mais chama a minha atenção é em como seu vestido distoa de suas roupas habituais no quesito caimento, ela veste um vestido preto de mangas longas que assentua bem sua cintura fina e no momento, também seus seios que estão enormes devido a gravidez e a barriga levemente protuberante, os saltos abertos de tiras de couro combinando e é possível ver
Ele está fazendo isso para te causar ciúme, Lana. Está tentando te manipular pelos sentimentos, para que se descontrole e proíba ele de se aproximar de Morgana, ele espera que você reaja porque a sua reação vai dar a ele a confirmação que ele precisa, que ele é desejado por você.- E o que espera que eu faça? - Me arrumo no sofá, colocando uma almofada sobre o colo. - Você já está fazendo o que eu espero que faça, está matando com o próprio veneno. Está deixando ele cair na própria armadilha e cada vez que ele se debate fica mais preso a ela, ele que vai acabar surtando por não ter reação sua e vai se cansar, vai implorar por você de volta e aí sim você o terá na sua mão de vez. E isso é ótimo, só assim ele vai dar crédito a sua mudança, meu amor. Ele vai ver que não está mais lidando com uma adolescente rebelde e explosiva, agora ele tem uma mulher, você é mãe agora e isso te torna mil vezes mais forte.- E para ele não importa se eu sou mãe, ele prefere a Morgana. Talvez seja aquel