Saindo do carro a noite parece ter se tornado mais fria, o que faz com que eu me agarre mais ao sobretudo. Ele envolve minha cintura e eu o acompanho.Andamos por um longo tempo até chegar em uma ponte e não muito ao longe me impressiono quando vejo um enorme castelo. - Carcassone, é aqui que vamos ficar. - Só um pouco extravagante...mas eu gostei... muito. Acima de todas as minhas expectativas, fico feliz com isso porque parece que ele se lembrou do quanto eu amo castelos e toda a história por trás deles. Ele abre as portas do castelo e é ainda mais impressionante por dentro. Nós subimos andares de escadas até chegar em um corredor pelo qual ele me guia, meu coração bate rápido em expectativa. Quando chegamos a uma porta dupla, ele a abre revelando o quarto mais chique que já vi na vida. Tenho quase certeza que esse lugar não se alugava...não até Alexander Petrov aparecer e conseguir esse feito único...com dinheiro e poder se consegue qualquer coisa, inclusive mobiliar um castel
PARIS, 18:15A cidade de Paris já está parcialmente isenta de luz natural, mas ainda há um parte do céu ao longe que não está escura e sim pintada de um roxo intenso que vai se tornando gradativamente azul escuro. O clima está frio, não tanto quanto na Rússia, diria até que um frio agradável. O tempo não está nublado, pelo contrário, o céu está limpo e as estrelas são bem visíveis. Um tanto clichê dizer isso mas Paris é lindo, e muito romântico, e mais clichê ainda escolher um lugar tão óbvio para passar a lua de mel, porém, é inegavelmente perfeito. Minha mão direita está aquecida pela de Alexander enquanto andamos com elas cruzadas, seu toque é firme e como era de se esperar, também possessivo. Seu corpo anda bem próximo ao meu e todo olhar que vem até mim rapidamente se desvia ao encontrar a feição mortal e ameaçadora dele, reparei isso nos últimos minutos de caminha pela cidade. Um sorriso involuntário se coloca em meu rosto. Esses dias tem sido muito felizes ao lado dele, dormi
Acordo novamente mas desta vez já estamos no carro, e só me lembro disso quando olho pela janela. Ao observar, vejo que não estamos indo no caminho da minha casa e nem da dele, não tenho tempo de perguntar antes de ver um enorme portão preto e dourado, tão dourado que suponho que seja banhado de ouro, se abrindo. É aí que eu entendi tudo. - Está pronta para sua nova vida, Senhora Petrov? - Pergunta ansioso com um sorriso no rosto enquanto o portão de fecha atrás de nós no carro que vai adentrando a propriedade. Passamos por um enorme jardim apenas de gramado, extremamente verde e bem cortado. - Espero que sim...Ele sai do carro, dando a volta e abrindo a porta para mim, estendendo sua mão para me ajudar a sair. - Antes de irmos, se livra daquele perfume na sua mala, não deixa ele entrar na minha casa nova ou eu vou vomitar. - Mando parar de fabricar em uma hora. Dou risada para ele até a hora que meu olhar desvia para a faixada da enorme mansão que me deixa boquiaberta. Só d
A porta de madeira pesada e polida em um tom escuro, quase preto, faz um leve ranger quando eu a abro lentamente na curiosidade de ser o que tem por trás dela. Tirei o dia para explorar minha casa nova, já que Alexander voltou ao trabalho e eu não estudo mais, mesmo que eu pretenda fazer faculdade, enquanto carrego o pequeno e indesejado ser dentro de mim. Não tão pequeno...minha barriga já está protuberante. Olho para dentro do cômodo, está completamente vazio, o que faz parecer ainda maior. É o quarto mais próximo do meu com Alexander, a porta seguinte para ser mais específica, acho que é o melhor lugar para colocar a coisinha...eu chegaria em um segundo se chorasse. O que você acha? Pergunto mentalmente mesmo me sentindo uma idiota e quando olho para baixo, vejo que minha mão está sobre a barriga. Saindo se algo tivesse se mexido dentro de mim e meus olhos até se apertam pela pontada de dor. Talvez tenha sido um sim. - Ótimo, então é aqui que você vai dormir. - digo em voz alta
Dias depois...O barulho que ecoa da minha garganta enquanto eu vômito sem parar praticamente todo meu café da manhã, ajoelhada em frente a privada é tenebroso. Lavo a boca e escovo os dentes, levantando o rosto e encarando meu reflexo no espelho. A gravidez sem dúvida está acabando comigo, eu pareço completamente cansada, como se um obsessor estivesse sugando minha alma. Os enjoos perduram o dia todo, mas pela manhã ele é trinta vezes pior, o sono tenta me derrubar o dia todo e meu corpo está sempre exausto. Respiro fundo, encarando meu reflexo e vendo como meu rosto está mais inchado, mal estou usando maquiagem ultimamente, no momento estou sem nenhuma, até porque nem saio de casa. Não quero ver ninguém, vez ou outra minha mãe vem me visitar com meu pai, e Kate também vem aqui. Stefan vem quando é para falar com Alexander, troca algumas palavras breves comigo e nada mais. Yuri nunca mais veio, e do mesmo jeito que eu acho melhor assim, fico triste que nossa amizade tenha tomado e
Abro os olhos lentamente, piscando diversas vezes até abrir os olhos e ter a pílula incomodada pela claridade, a qual tampo parcialmente com a palma da mão acima do rosto. — Como a senhora está se sentindo?- Ouço a voz de Maura antes de ver seu rosto. — O que aconteceu? - falo meio alheia a situação.— A senhora desmaiou na cozinha, Estevan estava tomando café e disse que a senhora abaixou e acabou tendo um desmaio. Deve ser queda de pressão, precisa se alimentar melhor e tomar as vítaminas no horário correto durante a gravidez. Quer que eu chame um médico?— Não precisa, eu já estou melhor. Obrigada, Maura. — Tem certeza, senhora? O senhor Petrov vai se zangar com esse descuido da senhora com a saúde. — Está tudo bem, não se preocupe. Eu me resolvo com Alexander. — Eu tive que ligar para ele para avisar, caso contrário ficaria muito furioso comigo e acredito que com a senhora também. Então acredito que o próprio esteja pensando em chamar um médico.Penso em dizer várias coisas
HANNA DEVANAndo até o hall com um sorriso no rosto que se desfaz assim que vejo Lana com os olhos inundados de lágrimas. - Meu amor, o que aconteceu? - ando até ela, a acolhendo em um abraço apertado, afogando suas costas enquanto ela retribui com urgência, as lágrimas molhando meu colo. - Não aguento mais! Não aguento...- diz com a voz abafada, ainda no abraço. - Por que vocês fizeram isso comigo? Por quê?!Acaricio seu cabelo sem resposta. Com certeza foi algo com Alexander...- Minha filha...- a afasto um pouco do abraço mas seguro seus braços enquanto a olho nos olhos com atenção. - O que aconteceu com Alexander?- Ele me bateu! De novo...vocês me jogaram para os tigres sem nem se importar e agora eu tenho que viver assim para o resto da vida! Me colaram nessa situação apenas por status, dinheiro...- Vocês estavam tão bem...- balanço a cabeça.- É, as vezes estamos mas nunca sabemos por quanto tempo! Até o próximo surto, até a próxima agressão! - diz com raiva. - E não sabe o
Atravesso o corredor do segundo andar da casa a caminho do meu quarto, o qual desde ontem eu tenho tido só para mim, já que joguei apenas algumas roupas de Alexander para fora e me tranquei, não permitindo que sequer ele tentasse se aproximar. Durante vários momentos do dia ele tentou, bateu na porta, socou e ameaçou arrombar já que eu, espertamente havia tomado para mim todas as cópias guardadas. No fim, ele não teve outra opção a não ser respeitar isso, até agora, assim que me vê no corredor já enlaça meu braço. O encaro com o olhar erguido, em desafio, sem desviar e sem sinal de tristeza ou submissão.- Nós vamos conversar. - Decreta e deixo que ele me arrasta escada abaixo para o escritório. Era exatamente este momento que eu estava esperando hoje, tudo como o planejado.O olho em silêncio quando ele fecha a porta, sem demonstrar intenção nenhuma de ter algum diálogo com ele. Ao ver que eu, como de costume, não comecei com um questionamento ou algum ataque, fica impaciente e dá