Malena sentiu o movimento, imperceptível no início, e depois a intuição do perigo a fez reagir.-Johny, Kurt, temos algumas aves de rapina na entrada oeste. Um está em uniforme de segurança de hotel e o outro está vestido como garçonete. Vá dizer olá.Ela avistou Angelo imediatamente, por mais que ele se movesse, conversando, bebendo ou rindo com seus amigos, ela nunca o perdeu de vista. Ele estava a cinco metros de distância, na piscina, acompanhado por Sebastian.Mas não era com ele que ela estava preocupada. A três metros de distância, perto de uma ilha no meio da piscina, estava Francesca, olhando para ele com um gesto determinado, avaliando a oportunidade.-Ma'am? - A voz de Kurt veio stentorian na outra ponta do interfone.Malena se inclinava para frente em seu assento, descansando seus cotovelos sobre os joelhos.-Fale mais alto!-Neutralizado. Informante confirmado.-Quem?-Número de telefone da célula: sete dois dois seis, dois sete oito, três nove cinco.-Bolas! - Malena exc
Desta vez, ao vê-la dançar com Sebastian, Angelo conseguiu deixar de lado seus ciúmes. Primeiro porque a expressão de Malena era alegre e divertida, completamente desprovida da sensualidade premeditada com que ela havia conseguido subjugar Vicenzo Fiori, e segundo porque desde a noite anterior, de alguma forma, ele sabia que as respostas do corpo dela eram somente dele.A noite começou a passar rapidamente entre taças de champagne e canções. Todos pareciam estar se divertindo, mas toda vez que Angelo olhava para Malena, além dos sorrisos ele descobria seus olhos ávidos e seus ouvidos atentos.-Vai ficar assim a noite toda? - Ele colocou uma mão na dela e a acariciou de forma tão sedutora que Malena tremeu.-Sinto muito. Faz parte do trabalho. John e Kurt estão do lado de fora, portanto o salão é minha responsabilidade.-Mas está tudo bem. -Não está?-Sim, está tudo bem... com licença, tenho que ir... só um momento. - ela disse, sabendo que correr para o banheiro era a única maneira de
Malena sentiu como se o calor daquela mão pudesse derreter sua pele, e suas pernas tremeram tanto que Angelo se sentiu plenamente justificado em envolvê-la em seus braços.-Não creio que seja uma boa idéia. - Ela sussurrou, chocada com a proximidade do corpo masculino, ela não podia negar que os dois últimos dias tinham significado uma mudança substancial na maneira como ela o via.-Por que, Malena? - Ele deslizou as palmas das mãos abertas sobre as costas dela, apertando-lhe as costas, avaliando suas reações e tentando controlar sua própria excitação que ameaçava ferver: "Por que isso não é uma boa idéia? Você ainda vai insistir que não gosta de mim?-Vocês acreditariam em mim?Ele baixou a cabeça ansiosamente e agarrou a boca dela, puxando-a para dentro de um beijo cheio de desejo reprimido. Malena sentiu o calor da noite antes de voltar a rastejar pelas pernas, espalhando-se ao longo da barriga até ficar completamente fraca, sem defesas para recusar os lábios possessivos de Angelo.
-Deus, é tão pequeno! - Angelo não pôde deixar de dizer.Aquele lugar delicioso que levou a Malena à beira do êxtase, uma e outra vez, quase não era visível, então o italiano a explorou com sua língua, fazendo com que a Malena a arqueie de costas, buscando-a, pedindo por ela. Ela precisava dele, precisava senti-lo, precisava de seu peso e força sobre ela para se sentir completa.Angelo beijou o interior de suas coxas e começou a arrancar suas meias em um movimento extremamente erótico, traçando seus lábios até aqueles pezinhos descalços, e Malena se perguntou como era possível que ela se sentisse assim mesmo com o menor dos toques dele.Ela chamou-o, procurou-o até que ele se deitasse em cima dela. Ele acariciou os seios dela novamente, sugando até ficarem sensíveis e ainda mais eretos, se isso fosse possível. Ele deslizou seus dedos para o sexo dela, contornando as pequenas dobras enquanto Malena gemia em desespero.-Você está tão molhado! - ele sorriu com êxtase, trazendo os dedos à
Angelo acordou sorridente, cansado e mais feliz do que jamais havia sido em sua vida, estendeu a mão para procurar Malena, mas não conseguiu encontrá-la. Seu lado da cama e seu travesseiro ainda estavam quentes, então ele deve ter se levantado há apenas alguns minutos. Ela olhou para o chão pelo canto do olho e viu com alívio suas roupas, pelo menos ela não tinha fugido.Seu vestido estava lá, mas a camisa que ele havia usado na noite anterior não estava. Ângelo fechou os olhos novamente, deleitando-se em imaginar como Malena ficaria sexy com sua camisa vestida, apenas com sua camisa vestida. Mas o som de vozes furiosas fora da sala o assustou.Ele se sentou com velocidade quase felina e puxou calças de ganga que haviam sido deixadas no topo de sua mala aberta no dia anterior.Fora uma das vozes tinha vindo gritar enquanto a outra tentava acalmá-la. Mas quem...?-Francesca. - Angelo murmurou para si mesmo, reconhecendo em um instante o grito escandaloso do modelo.-Você está cometendo
-Olá, minha linda, você não vai acordar? - A voz doce e risonha de uma mulher arrastou-a de volta à realidade como se tivesse sido um nó de forca ao redor de sua consciência, e quando ela abriu os olhos, a imagem de uma senhora gorda e alegre, que deve ter uns sessenta e cinco anos, trouxe um sorriso em seu rosto.Ela parecia uma fada-madrinha, do tipo que você vê nas histórias infantis, e Malena se perguntava se, depois dos pesadelos horríveis que teve, ela estava acordada ou morta.-Onde...? - ela queria perguntar onde estava, mas sua boca estava seca e sua garganta estava dolorida.-Água? - pediu à senhora, levantando um pouco a parte de trás da cama para acomodá-la e trazendo-lhe um copo de água.Malena bebeu um pouco, agradecida, e sentiu as coisas ao seu redor começarem a tomar forma, especialmente a dor. Uma dor lancinante e esgotante em seu peito.-Estamos no hospital, não estamos? - ela perguntou, olhando para aqui e para acolá.-Sim, querida.Eu estava em um quarto particula
Os olhos de Malena haviam se enchido de lágrimas quando ela viu a pequena Samantha correndo na sua direção. Já havia passado quase um mês desde o incidente com Francesca, um mês em que a dor lancinante no peito dela havia gradualmente diminuído, um mês em que Angelo não havia saído de seu lado por um único segundo.A italiana havia anunciado um visitante especial durante toda a manhã, mas ela nunca imaginou que seria Ryan e Samantha. Embrulhada em um pequeno vestido azul fluente, a garota, de olhos risonhos, quase quatro anos de idade, tinha subido em suas pernas no enorme sofá da sala de estar e não tinha de forma alguma concordado em deixar seu lado "da tia Malena".Eles tinham tido uma tarde maravilhosa. Angelo não só tinha sido o anfitrião perfeito, mas seu humor relaxado e sincero tinha feito com que todos se sentissem como família.Ryan havia lhes falado entusiasticamente de seu novo emprego. Uma companhia de dança novata havia lhe oferecido um emprego como coreógrafo, o salário
-O que tem sido, um mês e meio agora? - Lia perguntou, ajudando-a a sentar-se em um dos bancos da ilha da cozinha.-Sim", respondeu Malena, "eu já deveria estar totalmente recuperado, mas a verdade é que ainda me sinto fraco e tonto".Lia e o irmão de Angelo os haviam convidado para jantar. No dia seguinte, eles estavam voando para os Estados Unidos por alguns meses e queriam compartilhar com eles sua última noite em Milão.Enquanto os Di Sávallo's trocavam algumas impressões sobre os negócios do Império no escritório de Ian, as meninas estavam conversando na cozinha. Lia estava preparando um prato tradicional mexicano, mas assim que descobriu o guisado, Malena colocou uma mão no estômago e a outra na boca.- Você está bem?Malena só podia balançar a cabeça, certa de que se ela falasse, a pressão no topo de sua garganta seria liberada sem remédio.Lia a levou pela cintura e a guiou com um passo confiante até seu banheiro pessoal. Ele a dobrou sobre a pia e a segurou ternamente enquant