Parte 3...— Não acho - Diogo segurou sua mão — Nicolau tem razão. Não dá pra dizer se foi apenas uma maldade avulsa ou se tem algo por trás disso.— Leve-a com você - Nicolau empurrou Joane para Diogo — Seu apartamento é muito confortável.Dominique segurou o sorriso. A cara da amiga era engraçada. Joane estava sem saber o que dizer. E essa era quase uma novidade. Gostou da ideia dele. Ficaria mais tranquila se a amiga estivesse bem.— Não quero me impor - Joane disse — Minha casa é ao lado. É só fechar tudo direitinho e pronto.— Não. O Nico tem razão - Dominique interviu — Eu vou ficar mais calma sabendo que você não está sozinha depois disso. Vai com ele, por favor!Joane torceu a boca, mas no fundo ela até estava gostando. Assim poderiam ficar sozinhos por mais tempo. Concordou com a cabeça.— Pegue algumas coisas que queira usar - Diogo disse.— Ok. Vou fazer uma muda de roupa. Nicolau conversou um pouco com Diogo e depois enviou uma mensagem para Giles, avisando que procurasse
Parte 1...Dominique sabia que fazia parte do plano participar do encontro na casa dos tios dele, mas não estava cem por cento calma. Sabia que seria observada por todos e principalmente pelo primo dele, Mike.O closet estava cheio de roupas novas que ela ainda nem mesmo havia retirado a etiqueta da loja. Além do que ela mesma tinha comprado quando usou o cartão dele, Nicolau mandou que fossem trazidos vestidos e mais coisas só para ela, direto da mão e uma compradora profissional.Ele mostrou a mulher uma foto sua, disse como era seu estilo e depois mandou que fizesse um guarda-roupa completo. E ela nem mesmo chegou a ver nada. Seria a primeira vez.De um lado tinha uma arara de ferro com vários vestidos pendurados, bolsas e alguns acessórios. Na verdade qualquer um ali ficaria bem para o jantar. Essa era uma profissão que atendia aos mais ricos. E dava muito dinheiro. Ela lembrava bem que a mãe tinha um rapaz que fazia isso para ela e que depois do início das fofocas, desapareceu s
Parte 2...É claro que a casa dos tios dele tinha que ser uma propriedade tão grande quanto a dele. Pelo jeito a família toda gostava de demonstrar que tinha riqueza. O que não era errado também.Ela mesma viveu em luxo por muitos anos antes de cair o padrão e não achava ruim morar em uma casa onde tudo era bem feito, organizado, espaçoso e bonito. O problema não é esse.Existem casos e casos e cada um deve ser avaliado de modo individual, para não se cometer o erro de colocar todo mundo no mesmo nível. No caso da família dela, após acordar para o modo como o pai conseguiu a maior parte de sua fortuna, ela entendeu que isso foi errado. Gostava de ter uma vida tranquila financeiramente, mas por sorte ela não agiu como a mãe e os irmãos, que acharam melhor tirar a vida do que apenas ter que trabalhar.Ela não iria fazer um julgamento precipitado da família dele apenas porque havia uma rixa no caso dele com o primo. Estava ao lado de Nicolau, achava que ele tinha razão no que demandava,
Parte 3...— E deve ser um amor muito forte mesmo - eles ouviram Mika falar ao se aproximar — Para fazer um mulherengo como meu primo, largar as muitas mulheres com quem anda, deve ser de outro mundo - sentou próximo de Dominique — Você deve ser muito especial para conseguir esse feito, Dominique.Ela não gostou do modo como ele a olhou e nem como insinuou que havia algo errado. Mas se conteve e fez seu papel.— Bem, se ele teve muitas mulheres antes de mim, eu não me importo - olhou para Nico — Mas agora ele é só meu e eu não o divido com ninguém.— E está certa, filha - Carlota respondeu.— Mas me diga seu segredo - Mike roçou o dedo no braço dela — O que fez para que meu primo se casasse com você?— Mike! - o pai dele o olhou sério — Não seja inconveniente com nossa convidada - fez um gesto com a cabeça — Que agora faz parte da família também.— Só estou curioso, nada mais.A cara cínica dele aborreceu Nicolau, mas ele deixou que Dominique desse a resposta.— Então... Eu apenas fui
Parte 4...Ouvir a mulher chamar o apelido dele, isso a fez esquecer um pouco que deveria ficar calada.— É que o tipo de mulher com quem ele se envolvia antes, era muito vulgar... Mulheres comuns, como muitas que se encontra em cada esquina... - olhou direto para Lívia — Como aquelas que trabalham na horizontal.A cara de todas mudou, mas a expressão de Lívia foi impagável. Ela certamente não esperava ouvir uma resposta assim.— Eu não entendi - apertou os lábios.— Ah, não? - Dominique fez uma cara bem irônica — Eu vou explicar melhor, então - cruzou as pernas e se virou para a mulher. Viu de canto de olho que Nicolau se aproximava — Antes, meu marido estava perdido... Ele andava com muitas que não valem nem mesmo a metade de uma... - a cara de Carlota foi engraçada — Por isso que ele era um solteirão mulherengo... Todas eram iguais - abanou a mão com desprezo — Não valia a pena se comprometer com algo comum, mais do mesmo... Sem conteúdo, entende? - ela viu que a convidada prendeu
Parte 1...Dominique sabia bem que o encontro com Lívia foi uma armação do primo dele, mas ainda assim, isso a aborreceu um pouco. Não dava para separar tão rápido as coisas. — Dominique, você ainda não falou mais que duas palavras comigo, desde que saímos da casa de meus tios - ela apertou o volante.— Eu sei disso - ela cruzou os braços — Só estou chateada com o que aconteceu lá - apertou os lábios — Seu primo foi bem sacana ao convidar sua amante para o jantar.— Ex amante - ele afirmou.Ela olhou para ele. O perfil bonito que estava já se acostumando a observar, em especial quando ele não estava atento.— Eu mudei de ideia.Ele virou o rosto para ela franzindo a testa.— Com relação a que?— Sobre não me importar com suas amantes - mordeu o lábio — Enquanto estivermos casados para que receba sua herança, eu não quero que tenha outras.Ele apertou os lábios contendo o sorriso.— Mas eu já disse que não vou ter mais ninguém - encolheu os ombros — Não tenho culpa se Lívia ainda insi
Parte 2...Ouviu a porta se abrir. Nicolau deitou ao lado dela, mas não disse nada. Isso continuou por alguns minutos e ele estava ficando ansioso. Se virou para ela.— Eu pensei que a gente não ia dormir com raiva.Dominique suspirou e se virou. Realmente ela tinha dito isso antes para ele.— Eu não estou com raiva de você... Desculpe ter sido grossa, mas foi um reflexo de situações do meu passado.— Você estava certa - a puxou para ficar pertinho — Eu deveria ter sido mais firme também, logo que ela surgiu. E depois deveria ter tido uma conversa séria com o Mike.— É... Deveria mesmo.— E já tive - ela ergueu o rosto para ele — Aproveitei enquanto você tomava banho e liguei para ele - torceu a boca — E disse algumas coisas que ele precisava ouvir e que eu já deveria ter dito a mais tempo.— Acho que seu primo vai dar trabalho mesmo.— Pode ser que sim, mas vamos ver o que Giles me diz amanhã. Ele me pediu para falar sobre as escutas amanhã cedo.— Acho bom mesmo. Vai ser um alívio s
Parte 3...Ela foi levada para a outra sala, onde um deles a ameaçou de prisão, se não deletasse o pai. Mas ela realmente não fazia ideia dos negócios do pai. Vivia como qualquer outra filha de rico, iludida em sua vida confortável, com tudo pago, tudo fácil.— Você é filha dele, não tem como não saber das armações que seu pai - o homem disse com um sorriso nojento — É melhor que você nos diga o que ele anda fazendo ou vai junto para a prisão e toda sua família em seguida.Para ela foi um dia horrível. Passou momentos de muito medo, nervosismo e estresse. Os homens queriam que ela conseguisse provas de alguns acordos que o pai havia feito. Ainda por cima ameaçaram prender a mãe dele no dia seguinte.Dominique se sentiu pressionada e perdida. Jamais imaginara que tal coisa pudesse acontecer. Os homens queriam obrigá-la a entregar o pai. Algo que ela jamais faria, mesmo que soubesse de algo. O pai teria que acertar as contas, com certeza, mas ela jamais seria a responsável por sua prisã