Parte 4...Ouvir a mulher chamar o apelido dele, isso a fez esquecer um pouco que deveria ficar calada.— É que o tipo de mulher com quem ele se envolvia antes, era muito vulgar... Mulheres comuns, como muitas que se encontra em cada esquina... - olhou direto para Lívia — Como aquelas que trabalham na horizontal.A cara de todas mudou, mas a expressão de Lívia foi impagável. Ela certamente não esperava ouvir uma resposta assim.— Eu não entendi - apertou os lábios.— Ah, não? - Dominique fez uma cara bem irônica — Eu vou explicar melhor, então - cruzou as pernas e se virou para a mulher. Viu de canto de olho que Nicolau se aproximava — Antes, meu marido estava perdido... Ele andava com muitas que não valem nem mesmo a metade de uma... - a cara de Carlota foi engraçada — Por isso que ele era um solteirão mulherengo... Todas eram iguais - abanou a mão com desprezo — Não valia a pena se comprometer com algo comum, mais do mesmo... Sem conteúdo, entende? - ela viu que a convidada prendeu
Parte 1...Dominique sabia bem que o encontro com Lívia foi uma armação do primo dele, mas ainda assim, isso a aborreceu um pouco. Não dava para separar tão rápido as coisas. — Dominique, você ainda não falou mais que duas palavras comigo, desde que saímos da casa de meus tios - ela apertou o volante.— Eu sei disso - ela cruzou os braços — Só estou chateada com o que aconteceu lá - apertou os lábios — Seu primo foi bem sacana ao convidar sua amante para o jantar.— Ex amante - ele afirmou.Ela olhou para ele. O perfil bonito que estava já se acostumando a observar, em especial quando ele não estava atento.— Eu mudei de ideia.Ele virou o rosto para ela franzindo a testa.— Com relação a que?— Sobre não me importar com suas amantes - mordeu o lábio — Enquanto estivermos casados para que receba sua herança, eu não quero que tenha outras.Ele apertou os lábios contendo o sorriso.— Mas eu já disse que não vou ter mais ninguém - encolheu os ombros — Não tenho culpa se Lívia ainda insi
Parte 2...Ouviu a porta se abrir. Nicolau deitou ao lado dela, mas não disse nada. Isso continuou por alguns minutos e ele estava ficando ansioso. Se virou para ela.— Eu pensei que a gente não ia dormir com raiva.Dominique suspirou e se virou. Realmente ela tinha dito isso antes para ele.— Eu não estou com raiva de você... Desculpe ter sido grossa, mas foi um reflexo de situações do meu passado.— Você estava certa - a puxou para ficar pertinho — Eu deveria ter sido mais firme também, logo que ela surgiu. E depois deveria ter tido uma conversa séria com o Mike.— É... Deveria mesmo.— E já tive - ela ergueu o rosto para ele — Aproveitei enquanto você tomava banho e liguei para ele - torceu a boca — E disse algumas coisas que ele precisava ouvir e que eu já deveria ter dito a mais tempo.— Acho que seu primo vai dar trabalho mesmo.— Pode ser que sim, mas vamos ver o que Giles me diz amanhã. Ele me pediu para falar sobre as escutas amanhã cedo.— Acho bom mesmo. Vai ser um alívio s
Parte 3...Ela foi levada para a outra sala, onde um deles a ameaçou de prisão, se não deletasse o pai. Mas ela realmente não fazia ideia dos negócios do pai. Vivia como qualquer outra filha de rico, iludida em sua vida confortável, com tudo pago, tudo fácil.— Você é filha dele, não tem como não saber das armações que seu pai - o homem disse com um sorriso nojento — É melhor que você nos diga o que ele anda fazendo ou vai junto para a prisão e toda sua família em seguida.Para ela foi um dia horrível. Passou momentos de muito medo, nervosismo e estresse. Os homens queriam que ela conseguisse provas de alguns acordos que o pai havia feito. Ainda por cima ameaçaram prender a mãe dele no dia seguinte.Dominique se sentiu pressionada e perdida. Jamais imaginara que tal coisa pudesse acontecer. Os homens queriam obrigá-la a entregar o pai. Algo que ela jamais faria, mesmo que soubesse de algo. O pai teria que acertar as contas, com certeza, mas ela jamais seria a responsável por sua prisã
Parte 1...Dominique contou a Nicolau o que tinha acontecido na clínica e não achou ruim quando ele foi até a direção e fez uma reclamação pesada em cima da equipe que cuida de Daniele.Depois ele a chamou para conversarem do lado de fora, no jardim que ficava no centro, para não serem ouvidos por mais ninguém e ela ficou surpresa, mas não muito, de saber que Giles já tinha uma pista de quem havia mandado grampear seu celular.Ela só não pensava que poderia ser algo assim tão fácil, mas Nico explicou que tudo era contato. O homem que entrou na casa e espalhou as escutas, já tinha trabalhado para a polícia por muitos anos e tinha facilidade e experiência em fazer isso.— Vou mandar que ele faça uma geral no quarto de sua irmã também.— Mas será que poderia fazer isso aqui? Na clínica?— É difícil, mas não é impossível.Dominique mordeu o dedo, pensando no que fazer. Não queria ter que reviver o passado, tendo que lidar com gente abusiva querendo descobrir sobre sua vida. Ele percebeu q
Parte 2...Joane ficou séria, olhando a cara dela de susto e depois começou a rir.— Ai, pelo amor de Deus... É só isso? - ela abanou a mão — Vai em uma farmácia e pede um anticoncepcional e pronto.— Acontece que nós já transamos, o comprimido é para antes e não depois.— Mas não precisa ficar nervosa, isso se resolve fácil - encheu de novo a colher — E não é só transar que já vai ficar grávida... É difícil de acontecer nas primeiras vezes.— Difícil não é impossível, Joane - disse preocupada.— A gente sai daqui e passa em uma farmácia, tá bem? Eu conheço uma farmacéutica muito legal. A gente explica e ela indica qual o melhor a comprar - deu de ombro — E depois você marca um ginecologista e faz um exame completo. Não esquenta.— Não sei como você consegue ficar de boa com isso - ela balançou a cabeça — Deus me livre ficar grávida. Eu não tenho o menor jeito pra ser mãe.— Ah, também não é assim, né amiga - riu.— É claro que é assim. Eu tenho a Daniele pra cuidar, esqueceu? Isso é
Parte 1...Dominique comentou com Nico que ela tinha ido à farmácia e estava tomando anticoncepcional, mas insistiu que ele também usasse proteção.— Mas se você já cuidou dessa parte, eu não preciso.— Não seja como a maioria dos homens, Nico - ela apontou para ele — Não quero perder a admiração que tenho por você.Ele sorriu e a puxou para o colo. Estavam no avião em direção à casa da irmã dele.— Então você me admira?— Ah, um pouquinho - ela mostrou com os dedos e eles riram — Mas não seja machista. Os dois precisam se cuidar, não só a mulher. Essa coisa de homem ter liberdade para fazer tudo e a mulher tem que se cuidar sempre, é errado.— Eu sei, mas não acho que eu seja machista - ele franziu o nariz — Ou talvez seja, mas só um pouquinho.Ela riu e o beijou. Estava um pouco nervosa de ir conhecer a irmã dele, mas se sentia mais aliviada depois de ter começado a tomar anticoncepcional para não ocorrer novamente em um erro. Mesmo que ele dissesse que tudo entre eles ficaria bem,
Parte 2...— Não tem problema agora, eu já recebi a chamada - Nico explicou — Para evitar que eu recebesse o título ele teria que ter algo muito sério contra mim ou sobre minha conduta e não vai achar nada. Vai ter que se conformar com isso e nem deveria estar querendo receber, já que é meu de direito - apontou para o cunhado — E você tem culpa nisso.— Eu? - ele deu risada — Mas como isso?— Se você já tivesse engravidado minha irmã, ela poderia receber o título no meu lugar e eu não me importaria se fosse para ela - gesticulou — Você é lento.Nattália começou a rir e Dominique olhou para o marido sem entender essa forma de pensar.— Jesus, meu irmão... - ela bateu as mãos — Que pensamento mais atrasado é esse? - riu mais — Então eu sou o que? Uma máquina que tem que trabalhar produzindo? No caso bebês?Dominique balançou a cabeça discordando dele.— Eu sabia que dentro de você havia um machista escondido, mas não pensei que fosse tanto - ela disse e eles riram.— Não é por isso - el