Sharon não conseguiu voltar para casa e acabou ficando na mansão Zachary. Quando acordou no dia seguinte, Simon já havia terminado de escovar os dentes e, ao sair do banheiro, viu que ela tinha uma expressão desagradável: — Ainda chateada? — Ele olhou para Sharon com um sorriso indiferente. — Eu disse que queria voltar pra casa, mas você insistiu... — Ela fez uma pausa e acrescentou — Eu não voltei pra casa ontem à noite, e agora me pergunto: como Sebastian está? — — Ah, ele está com Claude. Nada vai acontecer de ruim... — Simon já havia planejado tudo com antecedência. Ao observar a expressão despreocupada de Simon, Sharon fez uma careta e comentou: — Você é tão insensível... —— Quê!? — Simon sorriu, divertido. ... Simon não tinha certeza se Sharon estava feliz ou não. Pois, após passar uma noite na mansão Zachary, ela não o acompanhou mais na reabilitação e não passou mais tempo com ele como antes. Em vez disso, ela retornou ao laboratório e mergulhou no trabalho. S
Riley notou que a expressão de Sharon mudou para pior e perguntou: — Você quer que eu te acompanhe até o hospital para fazer um check-up? — Sharon voltou a si e balançou a cabeça, negando: — Não, não é necessário. Eu posso ir sozinha. — Foi só então que ela percebeu que não menstruava há mais de um mês. — Tem certeza de que não quer minha companhia? — Riley continuava preocupada com Sharon. Sharon sacudiu a cabeça, demonstrando determinação: — Você deve ficar em casa e descansar. — Sharon estava perturbada e não sabia como lidaria com a situação se o exame confirmasse a gravidez. Portanto, ela não hesitou e foi imediatamente para o hospital. Chegando lá, após a coleta e algumas horas de espera, recebeu a confirmação que mais temia: — Parabéns, você está grávida de cinco semanas! — A médica entregou o resultado do exame enquanto falava. De repente, Sharon sentiu como se um temporal tivesse desabado em um dia ensolarado. Ela ficou tonta e quase não conseguiu ficar de
Quando Sharon voltou a si, lágrimas brotaram de seus olhos e, em voz baixa, pediu desculpas mais uma vez à criança. A cena a tocou profundamente, deixando-a um tanto inquieta. Sem perceber, sua mão se ergueu e afagou a barriga. Neste momento, Riley estendeu a mão e segurou a de Sharon, dizendo: — Sharon, não precisa fazer isso se estiver com medo. Veja, mesmo que Sebastian tenha herdado o gene da loucura, ele está bem, não está? — Ela não queria que Sharon sofresse daquela maneira. Sharon demonstrou um lampejo de hesitação, mas respondeu rapidamente: — Não, não posso arriscar. Estamos falando de uma vida. Se eu der à luz uma criança com problemas de saúde, eles só ficarão ressentidos comigo no futuro. — Riley abriu a boca, mas as palavras de aconselhamento ficaram presas, temendo dar orientações precipitadas. Se ela convencesse Sharon a ter o bebê e a criança acabasse não sendo saudável, ela se sentiria culpada por ter incentivado a amiga. As duas aguardaram por um momento
Sharon e Simon permaneceram imóveis por um momento. Então, a enfermeira se viu obrigada a perguntar: — Vocês têm a intenção de prosseguir com a cirurgia? Caso contrário, preciso deixar a próxima pessoa entrar. — — Sim, irei prosseguir. — Sharon respondeu prontamente. Simon encarou a enfermeira com frieza e advertiu: — Não se atreva. — A enfermeira estava perdendo a paciência. Diante da expressão gélida de Simon e da aura que denotava seriedade e importância, ela sugeriu: — Que tal vocês dois voltarem e discutirem essa questão? Vocês podem retornar depois de tomar uma decisão. Não queremos atrasar as pessoas que estão esperando, certo? — Riley também aconselhou Sharon em voz baixa: — Talvez seja melhor você pensar mais sobre isso. Afinal, é a vida de uma criança está em jogo. — Simon olhou para Sharon e propôs: — Se você está preocupada, irei com você ao médico. Se, ao final, ele confirmar que a criança pode não nascer saudável, respeitarei sua decisão. O que acha? —
— Se você não está zangada, por que estava me evitando? — Simon tentava entender os pensamentos de Sharon. Vendo o magnata a pressionando por uma resposta, ela continuou a evitar o contato visual. ‘Simon é muito observador... Ele sabe que estou de mau humor, então por que simplesmente não para de me importunar? O que ele espera que eu diga? Que estava agindo assim para ver se ele tinha se acostumado a não me ter por perto ou se iria me procurar?’ — Eu estava trabalhando. Além disso, te fiz companhia por vários dias... Não posso simplesmente deixar todo o meu trabalho de lado, não é? — Ela sabia que aquela desculpa não era convincente. Ela própria não acreditaria nela, então como ele poderia? — Você não disse que sou mais importante que o seu trabalho? — A pergunta de Simon interrompeu suas próximas palavras. — Eu... — Então, Sharon de repente pensou em algo e, erguendo as sobrancelhas, lançou a ele um olhar de esguelha — Qual é o problema? Sentiu minha falta? — — Eu só estava
— Fern sofreu um acidente... Eu gostaria de saber como ela está. — Sharon não pôde deixar de se preocupar quando soube que Fern havia caído de um cavalo. — Você quer matar nosso filho de fome? — Simon ergueu as sobrancelhas levemente. Foi ela quem disse que estava com fome. Sharon tossiu suavemente e disse: — Vou procurar entender a situação primeiro. Comerei mais tarde. O bebê não vai morrer de fome. — Simon já sabia que não havia como impedi-la, pois, sua atenção se voltou para o acidente de Fern. Naquele instante, apenas Eugene e a assistente de Fern estavam na frente da porta da sala de emergência. — Irmão, o que aconteceu? Não foram tomadas precauções durante a cena de cavalgada? Como ela caiu do cavalo? — Sharon perguntou, olhando para a luz acima da sala de emergência, desejando obter mais informações sobre a situação. Eugene se sentou no banco, com uma mão pressionando a testa, visivelmente preocupado. Talvez o ferimento de Fern fosse sério e ele não estivesse dis
Eugene ficou atordoado e sua mente ficou vazia. Ele umedeceu os lábios após um breve momento e questionou:— Ela ainda conseguirá andar normalmente? — — Ela não deverá enfrentar dificuldades para se recuperar e retomar a vida normal, mas pode não conseguir ficar de pé por um período considerável. Qualquer tentativa resultará em uma dor intensa na coluna. Portanto, é essencial que você fique de olho nela. — Fern foi levada por uma enfermeira enquanto o médico fazia essa afirmação. Eugene a observou e percebeu que ela ainda parecia dopada. Suas sobrancelhas estavam franzidas. ‘Ela ainda sente dor mesmo estando inconsciente?’ Seu coração se apertou intensamente. Se ele soubesse que algo assim aconteceria, ele jamais teria permitido que ela fosse para as filmagens, não importando o quanto ela discutisse ou o odiasse por isso. Fern foi encaminhada para o centro de terapia intensiva. Somente após passar completamente pela fase crítica, ela poderia ser transferida para um quarto comum.
Sharon conseguia compreender os sentimentos de Eugene. Ninguém estaria de bom humor se a pessoa que amasse estivesse na CTI após sofrer ferimentos graves. Por isso, ela colocou o almoço ao lado dele e disse: — Deixarei a refeição aqui. Não importa o que aconteça, você precisa comer. Caso contrário, quem cuidará de Fern quando ela acordar? — Eugene manteve a cabeça baixa, sem dizer uma palavra. Sharon repetiu: — Acho que você não terá tempo para cuidar de Rue agora. Vou levá-la para minha casa para brincar com Sebastian, por alguns dias. O que acha disso? — Eugene estava preocupado com a filha ficar sozinha em casa. Embora houvesse uma babá lá, ele costumava voltar para casa todos os dias e fazer companhia a ela. No entanto, seu coração estava totalmente voltado para Fern e ele não teria tempo nem condições de cuidar da filha. Seria uma boa ideia que Rue ficasse na casa de Sharon por alguns dias. — Não quero ser um incômodo. — Disse ele, com a voz áspera e seca. — Por que