— Fern sofreu um acidente... Eu gostaria de saber como ela está. — Sharon não pôde deixar de se preocupar quando soube que Fern havia caído de um cavalo. — Você quer matar nosso filho de fome? — Simon ergueu as sobrancelhas levemente. Foi ela quem disse que estava com fome. Sharon tossiu suavemente e disse: — Vou procurar entender a situação primeiro. Comerei mais tarde. O bebê não vai morrer de fome. — Simon já sabia que não havia como impedi-la, pois, sua atenção se voltou para o acidente de Fern. Naquele instante, apenas Eugene e a assistente de Fern estavam na frente da porta da sala de emergência. — Irmão, o que aconteceu? Não foram tomadas precauções durante a cena de cavalgada? Como ela caiu do cavalo? — Sharon perguntou, olhando para a luz acima da sala de emergência, desejando obter mais informações sobre a situação. Eugene se sentou no banco, com uma mão pressionando a testa, visivelmente preocupado. Talvez o ferimento de Fern fosse sério e ele não estivesse dis
Eugene ficou atordoado e sua mente ficou vazia. Ele umedeceu os lábios após um breve momento e questionou:— Ela ainda conseguirá andar normalmente? — — Ela não deverá enfrentar dificuldades para se recuperar e retomar a vida normal, mas pode não conseguir ficar de pé por um período considerável. Qualquer tentativa resultará em uma dor intensa na coluna. Portanto, é essencial que você fique de olho nela. — Fern foi levada por uma enfermeira enquanto o médico fazia essa afirmação. Eugene a observou e percebeu que ela ainda parecia dopada. Suas sobrancelhas estavam franzidas. ‘Ela ainda sente dor mesmo estando inconsciente?’ Seu coração se apertou intensamente. Se ele soubesse que algo assim aconteceria, ele jamais teria permitido que ela fosse para as filmagens, não importando o quanto ela discutisse ou o odiasse por isso. Fern foi encaminhada para o centro de terapia intensiva. Somente após passar completamente pela fase crítica, ela poderia ser transferida para um quarto comum.
Sharon conseguia compreender os sentimentos de Eugene. Ninguém estaria de bom humor se a pessoa que amasse estivesse na CTI após sofrer ferimentos graves. Por isso, ela colocou o almoço ao lado dele e disse: — Deixarei a refeição aqui. Não importa o que aconteça, você precisa comer. Caso contrário, quem cuidará de Fern quando ela acordar? — Eugene manteve a cabeça baixa, sem dizer uma palavra. Sharon repetiu: — Acho que você não terá tempo para cuidar de Rue agora. Vou levá-la para minha casa para brincar com Sebastian, por alguns dias. O que acha disso? — Eugene estava preocupado com a filha ficar sozinha em casa. Embora houvesse uma babá lá, ele costumava voltar para casa todos os dias e fazer companhia a ela. No entanto, seu coração estava totalmente voltado para Fern e ele não teria tempo nem condições de cuidar da filha. Seria uma boa ideia que Rue ficasse na casa de Sharon por alguns dias. — Não quero ser um incômodo. — Disse ele, com a voz áspera e seca. — Por que
Sharon ficou sem fôlego e não compreendeu o que Simon sugeria. — Como assim? O que estou admitindo? — Ela o questionou com um olhar furioso enquanto ele a beijava de surpresa novamente. — Você não está feliz por eu ter ido morar na mansão Zachary porque não queria ficar longe de mim, não é? — Ele perguntou, com um sorriso. Sharon encontrou seu olhar por alguns instantes e admitiu o que ele havia dito. — Sim, estou triste, mas mesmo assim fui te fazer companhia todos os dias. Queria que você me dissesse que voltaria para cá, mas você... — Ela deixou escapar. No entanto, ele parecia indiferente a ela. ‘Se eu não tivesse ido ver ele, ele nem teria se preocupado em me procurar... Colocou foi uns capangas pra me vigiar...’ — Agora você deve entender o quanto é difícil viver sem mim ao lado, não é? Olha Shar... — O magnata segurou suavemente o queixo dela e continuou — Sempre podemos encontrar uma solução para os nossos problemas, mas sempre em comum acordo. Nunca mais me empurre
Sharon já imaginava que Penélope apareceria e criaria um alvoroço. Afinal, Simon tinha passado alguns dias vivendo na mansão Zachary, como ela sempre quis, e agora voltava atrás em sua decisão. Como Penélope poderia estar disposta a deixá-lo partir tão facilmente? No entanto, optou por manter o silêncio, reconhecendo que a questão era entre Simon e a irmã. — Irmã, você veio cedo. Já tomou café da manhã? Que tal nos sentarmos juntos para comer alguma coisa, antes de conversarmos? — Sugeriu Simon, de maneira pausada e tranquila. A atitude dele perturbou Penélope, que explodiu, com raiva: — Eu vim aqui para saber o motivo de você ter abandonado a mansão de sua família, mais uma vez! Não vim fazer uma visitinha social... — — Eu não abandonei lugar nenhum. Você está exagerando... — Simon respondeu com indiferença. Confusa, Penélope franziu a testa e perguntou: — O quê!? — — A mansão Zachary é minha casa, assim como esta também é. Para ser mais preciso, esta é a casa onde moro
— Irmã, já basta! Se você for culpar Shar por tudo, então, por favor, saia! Essa criança não é apenas dela. A criança também é minha! — Simon estava exausto com a maneira como Penélope repreendia Sharon. — Concordo totalmente. Tia, você não acha que está sendo intrometida demais? Você está sendo realmente desagradável. É melhor ir embora. Não estrague o bom humor da minha mãe! — Disse Sebastian. Ele havia perdido a paciência há muito tempo. ‘Por que tia Penélope é tão barulhenta?’ Penélope olhou para os três, e a raiva continuou a crescer dentro dela. — Está bem, isso é problema da sua família. Se vocês tiverem um filho com problemas de saúde, são vocês que devem se preocupar, não eu! — A garganta de Penélope já estava seca de tanto falar, e ela não queria dizer mais nada. — Se quiser, pode deixar a mansão Zachary. Não posso controlar o que você faz. — Disse Penélope ao sair, com uma expressão sombria no rosto. Entretanto, aquela breve visita foi o suficiente para roubar a pa
Sharon percebeu que Rue estava um tanto desconfiada. Se Eugene estivesse mesmo em uma viagem a negócios, não seria necessário levá-la para lá. Então, delicadamente, ela puxou Rue para perto e acariciou os cabelos suaves da garota, ao mesmo tempo em que explicava: — Seu pai fará uma longa viagem de negócios desta vez. Ele apenas estava preocupado que a babá não pudesse cuidar de você adequadamente, então pediu que ficasse conosco. Sebastian está aqui para lhe fazer companhia tá? E fique à vontade para me chamar sempre que quiser conversar ou compartilhar algo, certo? Você está em casa. — — Está bem. — Rue se sentiu menos preocupada após ouvir as palavras de Sharon. — E sua mãe... está ocupada filmando, então provavelmente... — Quando Sharon mencionou Fern, percebeu uma hesitação no olhar da pequena, que rapidamente a interrompeu, docemente: — Eu sei. Meu pai me disse que ela está filmando nas montanhas, onde não há sinal de telefone. Portanto, não posso fazer videochamadas par
Fern continuou com o olhar fixo em Eugene, em silêncio. Posteriormente, Eugene tentou conter as emoções que cresceram dentro dele, mas, dominado por sentimentos ainda mais confusos, disse: — Você não está se sentindo bem? Vou chamar o médico! — O médico chegou prontamente e, após examiná-la, declarou: — Como a senhorita Thompson está acordada, significa que ela superou o estágio crítico. No entanto, seus ferimentos são graves. Será necessário observação por mais alguns dias antes de transferi-la para uma enfermaria comum. — — Então, agora ela está estável? — Começou Eugene. — Sim. Mas, deixe-a descansar um pouco e dê água para ela. Se ela desejar comer algo mais tarde, alimente-a com cuidado, evitando tocar em suas feridas. Está bem? — Instruiu o médico. Fern permaneceu em silêncio, absorvendo as informações sobre a gravidade dos ferimentos em seu corpo. Após a saída do médico, ela tentou falar, mas a voz estava áspera.Eugene a ouviu e imediatamente disse: — Beba um pou