Capítulo 405
Do outro lado da linha, um silêncio profundo.

Eu temia que, ao ouvir o meu nome, Bruno ficasse desanimado, que ele não quisesse mais falar comigo.

Levantei-me e caminhei até Gisele.

— Eu falo com ele.

Estendi a mão em direção ao celular de Gisele.

Ela me olhou por um momento e, com um gesto suave, se despediu de Bruno.

— Irmão, vou passar o celular para a Ana, vocês podem conversar.

O coração de Bruno disparou, descompassado, ao saber que Ana queria falar com ele.

Ele até tentou sorrir, forçando os cantos dos lábios para cima, mas o efeito dos remédios que tomava para estabilizar suas emoções já havia feito com que ele perdesse a capacidade de sorrir de verdade.

— Bruno. — Chamei-o.

— Sim. — Ele tentou controlar a agitação no peito, respondendo com uma voz calma.

Fiquei em silêncio por um instante. A frieza em sua voz não me surpreendeu, mas o contraste era inegavelmente grande.

Levantei um pouco o canto dos lábios, com um tom irônico, e perguntei, tranquila:

— Quando você volta para C
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