Fiquei atônita por um momento. Antes que pudesse sequer olhar o luxo da sala privada, minha visão foi completamente tomada pelo homem à minha frente.
Eu e Bruno estávamos colados um ao outro, nossos rostos tão próximos que eu conseguia ver claramente a barba por fazer surgindo logo acima de seus lábios, um tom ligeiramente azulado sob a luz estranha.
O cheiro de cigarro que emanava dele era forte, nada mais lembrava o perfume que eu costumava gostar. Estendi a mão para empurrá-lo, mas ele rapidamente segurou meus pulsos, puxando-me para mais perto, enquanto sua boca invadia a minha com ainda mais força...
Minhas pálpebras ficaram úmidas sem que eu percebesse, e ao piscar, uma sensação fria percorreu meu corpo. Meu coração também pareceu esfriar aos poucos, até que ele me roubou o último fio de ar dos pulmões e, só então, ergueu a cabeça lentamente.
Seus olhos estavam vermelhos enquanto me encarava fixamente.
— Você quer que eu faça isso com outra pessoa também? — Ele apertou minhas