Sidrid se encontrava na pia lavando a louça, olhando pela janela. Pigarrei para lhe chamar a atenção, ela se virou e sorriu.
— Oi, o que posso fazer para ajudá-la? — se ofereceu.
— Nada, na verdade, quero saber o que eu posso fazer — pronunciei com determinação. — Tenho um pai cozinheiro, achei que poderia te ajudar. Depois de tudo o que seu marido fez por nós, é o mínimo. E não deve ser fácil cozinhar para tanta gente, ainda mais pessoas como nós que estamos a dias sem comer.
Depois de uma relutância, Sidrid deixou eu ajuda-la. A comida era diferente aqui, bem mais apimentada, que me lembrava comidas baianas deliciosas. Os ingredientes são parecido com os da Terra, apenas mudam um pouco as cores e as texturas dos sabores. mesmo quando se está longe de casa, qualquer semelhança com ela é bem-vinda.
— A q
Começamos a comer quando o sol começou a se por. Meu grupo devorava os pratos com ferocidade. Ficar dias no deserto, dava nisso. Mesmo com a comida sendo apimentada, ninguém fez desfeita, todos na mesa comeram e beberam cerveja e vinho. Menos Etyel, lhe ofereci um suco feito de laranja com as quais Victor trouxe mais cedo.Os amigos do Victor não ficavam para trás em relação a comer rápido e muito. Suas companheiras também trouxeram pratos e travessas de comida e acabou virando um grande banquete. Eles eram bem articulados, fazendo várias perguntas de como havíamos chegado, da onde éramos e para onde estamos indo. Não me deram tempo de falar uma resposta, felizmente eles também falavam fae e elf. Por isso todo o nosso grupo pode participar da conversa.A mesa era longa, Sidrid sentou em uma ponta e Victor na outra, a filha dos dois se sentou com a mãe, comeu r&aacut
Revirei os olhos com a sua tentativa de flerte. Coloquei a mão em seu braço que prendia o meu pescoço e dei uma mordida com toda a minha força. Ele gritou e me soltou, logo me virei e lhe dei uma cabeçada, que derrubou ele novamente. Dessa vez ficando longe dos seus pés, apontei a espada em seu pescoço.— É porque você nunca conheceu uma mulher tão forte quanto eu, cachinhos dourados — respondi e mordi o ar, rindo.Antes que pudesse responder, Victor nos interrompeu, batendo palmas.— Bravo, bravo! Você precisa parar de arrumar briga onde não há necessidade, High — aconselhou.Finquei a espada no chão e estendi a mão para ajudá-lo a se levantar. Highatan aceitou e levantou-se, antes de dar um puxão em meu braço, me obrigando a me aproximar mais dele.— Há certas brigas que valem a pena luta
Passamos os dias na casa do Victor. Eu ajudava no que conseguia junto com a Sidrid e Luriel. Já os rapazes, faziam o trabalho um pouco mais pesado. Pelo o que parecia, Victor estava reformando alguns cômodos da casa, então ia muitas vezes para a cidade, pegar mais madeiras e matérias necessários. Eu queria muito conhecer melhor aquele lugar.A casa do Victor fica meia hora longe do centro do vilarejo deles. Notei depois de alguns dias, que dizer cidade, vilarejo ou vila, aqui era quase a mesma coisa o significado. O que era engraçado para mim.Depois de ter lido o bilhete que o Victor me entregou, dizendo sobre mim, analisei melhor e acreditava que a letra deveria pertencer a Athelas, era delicada e firme. Me perguntava, porém, como eles sabiam a onde eu estava. Lembro de ter perdido ajuda a Skyla por um assobio, mas achei que ela iria vim até ao meu encontro, de certo modo ela veio. Mas achou melhor esperar em um
Depois de ter dito algumas palavras, ela devolveu aos noivos que beberam tudo em um gole só. Os dois se levantaram e fizeram uma prece de mãos dadas, mais uma vez um laço foi colocado neles, dessa vez enrolados em suas mãos. Continuaram a prece até que o laço se desfez entre eles e assim a cerimônia foi terminada.Todos assobiaram e bateram palmas, à musica voltou a tocar de um modo mais agitado e a praça foi tomada por dançarinos. Eu chorei de felicidade pelo casal, a cerimônia diferente e ao mesmo tempo linda e muito profunda. Nada chegava a algo parecido com aquilo.Casamentos são um comprometimento tão lindo e magico, que quem consegue se casar e ter um casamento feliz e eterno, tirou a sorte muito grande.Senti Troy me abraçar pelos ombros.— Você sempre chora em casamentos — murmurou em meu ouvido e limpou as lagrimas que escorriam em mi
A calmaria se alojou em meu corpo, a felicidade não parecia ter fim. Por um breve momento, esqueci toda a dor, toda preocupação. Apenas alegria dominava, em um pedaço de felicidade que é estar com Troy, sendo sua noiva. Um sonho de adolescente que estava se realizando, o começo de uma nova vida.Abracei Troy pela cintura, sem querer separar essa paixão e bondade que fluía entre nós dois. Como pude me deixar esquecer como é estar loucamente apaixonada por ele? Meu melhor amigo, minha metade. Meu noivo.Noivo. Como essa palavra é estranha e perfeita ao mesmo tempo. Nunca achei que estaria noiva de alguém aos meus dezenove anos, em minha defesa, porém, também não achava que estaria em outra galáxia a essa idade ou em qualquer outra. Eu não achava muita coisa nessa nova vida, porém parte dela, ainda podia ser boa.Caminhamos pela margem do la
A voz da mulher ressurge, murmurando como um vento batendo em uma cortina.— A serpente se enrola nas melhores intenções. A rosa nasce nos piores solos.Do mesmo jeito misterioso que ela apareceu para nós, ela desapareceu. Minha cabeça gira e meu estomago se embrulha, aquilo não visões do futuro, parecem mais com presságios. Desejo que sejam apenas presságios.Olhei para o chão e no montinho de terra que ela jogou, nasceu uma rosa branca cheia de espinhos. Virei para ver o Troy, ele estava com o rosto pálido, quase branco quanto as mãos da Vidente. Seus olhos estão lacrimejados e arregalados.— Meu amor, você está bem? — perguntei preocupada, colocando a mão no seu rosto gelado. — O que ela te mostrou?Ele estava em outra dimensão, viajando. Seus olhos com uma expressão de vazio e tão azuis que n&atild
Ele voltou até a frente e desamarrou o cavalo, nos olhamos pela última vez antes de cavalgar para longe daquilo tudo. o vento cortava como navalha o meu rosto, meu coração ficou para trás, junto com o Troy.Praguejei durante todo o caminho, tudo estava indo tão bem, as coisas haviam começado a se encaixar, faltava tão pouco para reencontrar meus amigos e sair daqui. Mas coloquei tudo isso a perder e coloquei mais pessoas em perigo. Sentia que dessa vez não conseguiríamos escapar, não venceríamos.Cheguei na casa do Victor e tudo estava apagado, nenhum barulho eu conseguia ouvir, nem o barulho das folhas, do vento, de nada. Desci do cavalo com cautela. Tudo quieto e escuro. A única coisa que se ouvia era a batida do meu coração, que batia como um tambor forte, ecoando pelos meus ossos.Que nada de mau tenha acontecido com os meus amigos, desejei. Mesmo sentind
Tahea começou a andar pela cozinha, quase saltitante. O que Thryee era de seriedade e disciplina, Tahea possuía a loucura e a criancice.— É melhor a gente se sentar, o que acha? — falou depois de um tempo. Puxou uma cadeira com os dedos no ar e me jogo para cima dela, me obrigando a sentar. — Vamos conversar, sinto que seremos grandes amigas. Você não acha?— Com certeza... que não.— Ah, mas por que? — perguntou com uma voz tristonha, sentando de frente para mim. — É por que eu dormi com os seus dois namorados? Não seja egoísta, você tem dois, tem que aprender a dividir.— Vai para o inferno! — trovejei.— E você beija a sua mãe com essa boca? Ah é, ela está morta!Ameacei me levantar, só que não conseguia, mesmo assim minha reação pareceu assusta-la.&