Passamos os dias na casa do Victor. Eu ajudava no que conseguia junto com a Sidrid e Luriel. Já os rapazes, faziam o trabalho um pouco mais pesado. Pelo o que parecia, Victor estava reformando alguns cômodos da casa, então ia muitas vezes para a cidade, pegar mais madeiras e matérias necessários. Eu queria muito conhecer melhor aquele lugar.
A casa do Victor fica meia hora longe do centro do vilarejo deles. Notei depois de alguns dias, que dizer cidade, vilarejo ou vila, aqui era quase a mesma coisa o significado. O que era engraçado para mim.
Depois de ter lido o bilhete que o Victor me entregou, dizendo sobre mim, analisei melhor e acreditava que a letra deveria pertencer a Athelas, era delicada e firme. Me perguntava, porém, como eles sabiam a onde eu estava. Lembro de ter perdido ajuda a Skyla por um assobio, mas achei que ela iria vim até ao meu encontro, de certo modo ela veio. Mas achou melhor esperar em um
Depois de ter dito algumas palavras, ela devolveu aos noivos que beberam tudo em um gole só. Os dois se levantaram e fizeram uma prece de mãos dadas, mais uma vez um laço foi colocado neles, dessa vez enrolados em suas mãos. Continuaram a prece até que o laço se desfez entre eles e assim a cerimônia foi terminada.Todos assobiaram e bateram palmas, à musica voltou a tocar de um modo mais agitado e a praça foi tomada por dançarinos. Eu chorei de felicidade pelo casal, a cerimônia diferente e ao mesmo tempo linda e muito profunda. Nada chegava a algo parecido com aquilo.Casamentos são um comprometimento tão lindo e magico, que quem consegue se casar e ter um casamento feliz e eterno, tirou a sorte muito grande.Senti Troy me abraçar pelos ombros.— Você sempre chora em casamentos — murmurou em meu ouvido e limpou as lagrimas que escorriam em mi
A calmaria se alojou em meu corpo, a felicidade não parecia ter fim. Por um breve momento, esqueci toda a dor, toda preocupação. Apenas alegria dominava, em um pedaço de felicidade que é estar com Troy, sendo sua noiva. Um sonho de adolescente que estava se realizando, o começo de uma nova vida.Abracei Troy pela cintura, sem querer separar essa paixão e bondade que fluía entre nós dois. Como pude me deixar esquecer como é estar loucamente apaixonada por ele? Meu melhor amigo, minha metade. Meu noivo.Noivo. Como essa palavra é estranha e perfeita ao mesmo tempo. Nunca achei que estaria noiva de alguém aos meus dezenove anos, em minha defesa, porém, também não achava que estaria em outra galáxia a essa idade ou em qualquer outra. Eu não achava muita coisa nessa nova vida, porém parte dela, ainda podia ser boa.Caminhamos pela margem do la
A voz da mulher ressurge, murmurando como um vento batendo em uma cortina.— A serpente se enrola nas melhores intenções. A rosa nasce nos piores solos.Do mesmo jeito misterioso que ela apareceu para nós, ela desapareceu. Minha cabeça gira e meu estomago se embrulha, aquilo não visões do futuro, parecem mais com presságios. Desejo que sejam apenas presságios.Olhei para o chão e no montinho de terra que ela jogou, nasceu uma rosa branca cheia de espinhos. Virei para ver o Troy, ele estava com o rosto pálido, quase branco quanto as mãos da Vidente. Seus olhos estão lacrimejados e arregalados.— Meu amor, você está bem? — perguntei preocupada, colocando a mão no seu rosto gelado. — O que ela te mostrou?Ele estava em outra dimensão, viajando. Seus olhos com uma expressão de vazio e tão azuis que n&atild
Ele voltou até a frente e desamarrou o cavalo, nos olhamos pela última vez antes de cavalgar para longe daquilo tudo. o vento cortava como navalha o meu rosto, meu coração ficou para trás, junto com o Troy.Praguejei durante todo o caminho, tudo estava indo tão bem, as coisas haviam começado a se encaixar, faltava tão pouco para reencontrar meus amigos e sair daqui. Mas coloquei tudo isso a perder e coloquei mais pessoas em perigo. Sentia que dessa vez não conseguiríamos escapar, não venceríamos.Cheguei na casa do Victor e tudo estava apagado, nenhum barulho eu conseguia ouvir, nem o barulho das folhas, do vento, de nada. Desci do cavalo com cautela. Tudo quieto e escuro. A única coisa que se ouvia era a batida do meu coração, que batia como um tambor forte, ecoando pelos meus ossos.Que nada de mau tenha acontecido com os meus amigos, desejei. Mesmo sentind
Tahea começou a andar pela cozinha, quase saltitante. O que Thryee era de seriedade e disciplina, Tahea possuía a loucura e a criancice.— É melhor a gente se sentar, o que acha? — falou depois de um tempo. Puxou uma cadeira com os dedos no ar e me jogo para cima dela, me obrigando a sentar. — Vamos conversar, sinto que seremos grandes amigas. Você não acha?— Com certeza... que não.— Ah, mas por que? — perguntou com uma voz tristonha, sentando de frente para mim. — É por que eu dormi com os seus dois namorados? Não seja egoísta, você tem dois, tem que aprender a dividir.— Vai para o inferno! — trovejei.— E você beija a sua mãe com essa boca? Ah é, ela está morta!Ameacei me levantar, só que não conseguia, mesmo assim minha reação pareceu assusta-la.&
Depois de ficar muito tempo abraçada com a Nat, acabando com a saudades. Me desvencilhei dela e corri de encontro a Athelas e a puxei para um abraço.— Muito, muito, muitíssimo obrigada — agradeci apressada ao abraça-la.— Que isso flor, estamos aqui para mantê-la em segurança — assegurou, me abraçando de forma carinhosa. — Desculpa ter demorado tanto para encontrá-la.— Não temos tempo para abraços, temos que ir — apressou Pierre atrás da Athelas. Ao ouvi-lo falar, abri um enorme sorriso.— Admita, você sentiu a minha falta — provoquei sorridente, indo em sua direção.— Você é alguém importante para a nossa causa que resolveu ir de boa vontade com o Thryee, que é o oposto da nossa causa — respondeu carrancudo e com os braços cruzados. — Você c
Thryee agora estava diferente, suas roupas eram completamente pretas, quase podia se passar pela escuridão da cela. Sua marca no rosto se mostrava maior e suas orelhas pontudas dessa vez ficaram a amostra, por causa que seu cabelo estava amarrado para trás.Com apenas um olhar duro na minha direção, me senti obrigada a me mover. Ele estava usando magia.— Boa garota — murmurou com ironia. Caminhamos para fora da cela e observei que não estávamos mais no castelo da divisa do Thryee, eu teria reconhecido o corredor.Passei dias andando por eles, mapeando em minha mente. Estamos em outro lugar.— Olha, vou admitir que não foi fácil encontra-los — voltou a falar enquanto segurava meu braço. — A nossa briga me desgastou um pouco e aquelas flechas do Troy... jogada inteligente. Treinei ele quase a minha semelhança, com certeza iria ser um ótimo soldado.
A tortura durou por horas. Thryee fez coisas que eu nem pensei que eram humanamente possível ou sequer sobrenatural. Troy berrou até ficar sem voz, desmaiou muitas vezes por causa da dor. Thryee bateu, cortou, amarrou, pendurou de cabeça para baixo, afogou e mais mil coisas de tortura com o Troy. Ele pareceu gostar de tudo aquilo.Nessa hora eu enxerguei a verdadeira face do Thryee, o quão perverso, louco, insano e demoníaco ele realmente é.— E se a gente secasse você, hein? — sugeriu Thryee de repente, sentando na escada. Ele torturava Troy jogando pequenas adagas nele, acertando os joelhos e os braços. — Você é um mestiço da água e todos nó sabemos que o corpo tem bastante água. Já imaginou o que acontece se eu faço isso aqui? — sua mão se ergue em direção ao Troy. Como se ele tivesse um ima na mão, o corpo