Se passou mais de quinze horas até que o sol resolveu ir embora, dando espaço para a noite fresca chegar. Caminhamos por mais tempo depois que a noite caiu, olhei para o céu e o ar fugiu por um momento dos meus pulmões quando olhei para cima.
Uma cortina espessa de estrelas espalhadas, milhares e milhares de constelações pairando sob o céu, cobrindo tudo, com apenas algumas nuvens suaves atravessando a imensidão. Nesse planeta, apenas uma lua brilhava gigante no céu, enquanto no castelo do Thryee, podia se ver duas grande luas douradas. Nesse mundo, a lua era vermelha alaranjada, brilhava tanto que conseguia até formar um pouco das nossas sombras no chão.
Assim que o sol se despediu de nós, a temperatura também abaixou bruscamente, só quando a lua surgiu, a temperatura ficou agradável, formando o perfeito equilíbrio. A noite era linda, um milagre maravilhoso.
— Uma tempestade de raios — respondeu Troy, me ajudando com as coisas. Um clarão cortou a escuridão do céu iluminando tudo por alguns breves segundos.Um raio cruzou o céu até o chão, fazendo ele tremer, logo o barulho invadiu nossos ouvidos e tudo ficou mais assustador.— Precisamos correr, Ella! — gritou, me pegando pela mão e a mala na outra. Tudo ocorria rápido demais. No meio de uma tempestade que iria engolir todos nós, não parava de cair raios, um atrás do outros, nos perseguindo bem pertos. Muitos caindo metros próximos a nós. Disparavam como armas, o deus do trovão poderia estar brincando de acertar alvos em movimento.Por um segundo parei de correr, percebendo a verdade. Não era algum deus com tal maldade. Era um falso deus, um falso rei.— Thryee — murmurei perplexa. Só podia ser ele.Como se
Ficamos nós cincos sentados em um círculo perto do Troy, o que nos fez conversar e bolar um plano melhor. Lhes informei que assim que chegássemos em um algum local com pessoas, eu poderia tentar entrar em contado com o Pietro e informa onde estávamos. Que se estivéssemos no mundo certo, poderíamos tentar chegar em Queyie Jhogy ou em Renoka.Perguntei se eles iriam querer ir conosco ou prefeririam seguir seus caminhos diferentes, tentar voltar para suas casas, suas famílias.— Makaí, zekiki dreneerei — não tenho mais casa — respondeu Etyel com um olhar vago. — Bjor yesmin jaris — seguirei você.Lhe dei um sorriso grato, compartilhando de sua dor. Devia ser horrível não ter mais um lar para qual voltar, ter tudo o que você conhecia ser tirado de você e destruindo por inteiro. Todo aqueles que você um dia conheceu e amou, se fo
Era isso! Uma ideia brotou em minha cabeça. Eu precisava entrar em contato com a Skyla, ela poderia nos ajudar! Pietro me disse que nosso luer sempre nos encontrar, não importa o lugar. Afinal, foi assim que Brar conseguiu me encontrar naquele castelo de alguma forma e ele nem era meu luer. Skyla conseguiria com certeza, nossa conexão é ainda maior, mais poderosa.Com o pouco de força que ainda possuía, tentei assobiar. Não foi um assobio alto ou sequer bonito, mesmo assim torcia para que a Skyla pudesse sentir e vim até mim.— Preciso de você, garota — murmurei em direção ao vento.Momentos depois, com o sol já começando a ir embora, Troy se aproximou de mim. Ele já se sentia melhor para conseguir andar sozinho, isso me fez sentir um pouco mais feliz, ver ele se recuperando. Não conversamos, apenas demos um sorriso fraco um para o outro e demos as
No meio do dia, conseguimos finalmente avistar algumas arvores ao longe. Aquilo animou a todos, graça aos deus estamos chegando perto!— A onde você acha que estamos? — perguntou Troy fraco, assim que achamos as árvores.— Em qualquer lugar do universo — lhe respondi com um sorriso fraco nos lábios. — Estando juntos...— É o que importa — completou.Levamos apenas mais algumas horas, até chegar na pequena floresta. Ao encontrar uma sombra debaixo da primeira árvore que avistei, me sentei entre as raízes que brotavam grossas do chão. Como é bom ter uma sombra depois de dias sendo castigada com os raios de sol. Eu já considerava isso aqui o Paraíso.Enquanto os outros também se sentavam de baixo das árvores, Troy foi um pouco mais adiante. Passando as mãos pelos troncos de árvore.— Luri
Fiquei em silencio, olhando para ele. Eu o amava, certo? Tinha que ama-lo. Porém, eu ainda quero voltar para casa, mesmo que isso não fosse possível, só que ele não. Já tinha se conformado com a ideia de que não iria mais voltar.Lembre-se Mikaella, ele está aqui a mais de cinco anos, não alguns meses igual a você, uma voz em minha cabeça me alertou. Talvez fosse a razão me dando um puxão de orelha.Mesmo se fosse o caso, vivi dois anos na Itália, conheci ótimos lugares. Presenciei coisas lindas e aprendi muitas coisas por lá, que eu não aprenderia nunca em Wishfells e no fundo, eu ainda gostaria de voltar para casa, mesmo com a dor que ela causava ainda em mim. Acima de tudo, era o meu lado, onde minha família está.— Você será feliz aqui, mesmo se não conseguirmos voltar para casa? — falei
Victor estava com a razão. Não demoramos mais do que duas horas para chegar na sua cidade, que era pequena. O aspecto de um vilarejo que ia crescendo bem e prospero. Cheio de vida e movimento pelas ruas. As casas espalhadas por cercas de madeira em cima de colinas e morros bem verdes com seus gramados aparado e cheio de flores que perfumavam o local. As estruturas das casas variam uma da outra, algumas feitas de madeiras e outras de concreto. A maioria apenas com dois andares e algumas com varanda no segunda andar. A pequena cidade se alojava perto de um riacho e um lago estendido, o sol refletia na água cristalina e dançava. Olhei para o meu grupo e sorri, conseguimos finalmente encontrar algum lugar.Segurei a mão do Troy e apertei com carinho.— Até que enfim — murmurou perto de mim. Lhe dei um beijo rápido na bochecha e caminhei até o Victor.Era ele que liderava o grupo, com o arco na
Os quatros olharam para mim confusos.— Tem certeza? — perguntou o pequeno Etyel.— Sim! Como agora — respondi euforia. — Você consegue me entender perfeitamente?— Sim — concordou,— Uau, isso é o máximo! — pulei de felicidade. Conseguia entender todas as línguas agora, como se fossem uma só.— Mas você se entendem entre si?Os quatros se entreolharam.— Não — responderam em conjunto.— Hm... acho que apenas eu sou capaz, então.Todos concordaram.O grupo do Victor havia se dissipado um para cada lado, ficando só nos do lado de fora da casa dele.— Então, e agora? — perguntou Luriel, sentada na grama.— Bem, não sei — falei com franqueza. — Talvez possamos achar uma pousada ou algo do tipo.— Com que dinhei
Sidrid se encontrava na pia lavando a louça, olhando pela janela. Pigarrei para lhe chamar a atenção, ela se virou e sorriu.— Oi, o que posso fazer para ajudá-la? — se ofereceu.— Nada, na verdade, quero saber o que eu posso fazer — pronunciei com determinação. — Tenho um pai cozinheiro, achei que poderia te ajudar. Depois de tudo o que seu marido fez por nós, é o mínimo. E não deve ser fácil cozinhar para tanta gente, ainda mais pessoas como nós que estamos a dias sem comer.Depois de uma relutância, Sidrid deixou eu ajuda-la. A comida era diferente aqui, bem mais apimentada, que me lembrava comidas baianas deliciosas. Os ingredientes são parecido com os da Terra, apenas mudam um pouco as cores e as texturas dos sabores. mesmo quando se está longe de casa, qualquer semelhança com ela é bem-vinda.— A q