Era por volta das nove da noite, Lídia queria dormir cedo, não por cansaço, mas sim para ter um jeito de se afastar de tudo. Gostava dos sonhos que tinha com seus colegas de trabalho, seus amigos e sua filha. Sonhava com os dias no hospital sem nenhuma perda ou emergência, via sua menina no sofá da sala e as duas comendo brigadeiro de frente para a TV.
Lídia queria poder dormir mais, ficar ali por quantas horas seu coração pedisse, mas sempre acordava e se situava."Perdi meu trabalho, meus amigos, sou uma traidora procurada e minha filha me odeia."
Alguém bate na porta, Lídia se senta na cama lamentando por nem ter tido a chance de fechar os olhos.
- Entra.- Lídia diz aborrecida, não se pr
Por um minuto, Sophie se sentiu arrependida e se sentiu uma babaca no minuto seguinte por seu único arrependimento ter sido não ter tomado banho quando estava na pousada. Ela ficou escondida no alto de uma colina observando a cidade logo abaixo e ficou fazendo tranças no cabelo de Vitor.O príncipe/rei continuava dormindo, já faz dez horas que ele está assim. Sophie ficou com medo de ter matado ele, mas Vitor continuava respirando, sem garantia de que ficaria bem depois, mas respirando. Ela também não sabia o que fazer no caso dele acordar, então o prendeu fundindo o metal das algemas feitas com ferramentas encontradas no carro com o próprio carro.Sem nada para fazer além de ficar no carro, planejando o que fazer e dizer para sua avó na próxima ligação, Sophie passava o tempo olhando suas redes sociais antigas, ouvindo m&uac
"Um dos protagonistas dessa história já morreu há muito tempo e não veria problema nela ser contada porque acreditava que tudo foi por uma causa maior. O outro tinha treze anos quando aconteceu e não gosta de falar dessas histórias, de lembrar delas nem que comentem sobre elas. Nem a esposa dele sabe sobre isso. Ele não te mataria se soubesse que você leu, mas faria você se arrepender se espalhasse por aí, principalmente se contasse às irmãs dele."Tyr saiu do Campo sozinho, Onúris matou aula e saiu mais cedo. Eles faziam isso juntos de vez em quando, mas ele não fazia com tanta frequência por gostar do ambiente do Campo. No portão, o garoto vê seu pai esperando ao lado do carro. O motorista não estava.O jovem Zander vai até o pa
Foram quase três dias desde que o irmão de Lídia desligou na cara dela, ela não sabia o que esperar até que sua mãe mostrou nos jornais. Sophie destruiu quase vinte carros e, por pouco, não matou três ex-policiais. A imprensa deixou claro que foram os Zander que fizeram isso, mas não especificaram qual. Magnólia disse que era Sophie por um motivo que fez Lídia querer desabar.Aqueles três monstros torturaram sua bebê.Lídia queria ela mesma matar aqueles desgraçados, Magnólia ensinou a ela várias maneiras de matar uma pessoa de forma agonizante e dolorosa, fazendo a pessoa sentir dor até mesmo nos últimos segundos de vida, Lídia Zander sabe como fazer alguém sofrer.
Ela tentou ir atrás dele, com Éden a seguindo, soldados do lado de dentro batiam continência para o pai de Cori em respeito, mas ele ignorava. Diferente dos outros esconderijos, aquela era uma base subterrânea, com corredores de concreto pintados em branco e cinza com tubulações passando pelo teto sem nada para escondê -los.Depois que Sophie foi presa, Magnólia e tia Lídia ficaram discutindo sobre o que devia ser feito, tio Onúris, tia Héstia e Imene sumiram. Cori não se importava onde eles estavam, tinha que contar ao pai o que descobriu, uma chance deles se verem livres de Magnólia, ou tentar enfrentá-la.- O que houve, Cori?- Seu pai pergunta subindo as escadas, mas sem se virar para a filha.
Ninguém apareceu, só os primos Zander estavam ali. Éden estava com a cabeça sobre os joelhos, abraçando as próprias pernas. Seu rosto estava escondido, mas Sophie podia ouvir seus soluços. Cori estava sentada em um banco com as mãos soltas sobre o colo, seu olhar era terrivelmente vazio.Imene estava sentada no chão com os cotovelos apoiados nos joelhos e enrolando os dedos nos cabelos. Sophie estava de pé apoiada em uma parede, ainda formulando o que aconteceu naquela base. O tio Tyr morto, tia Dani também, a mãe de Sophie tentando salvar o irmão mais velho a todo custo, todo mundo esquecendo que tinham que segurar Magnólia para que pudessem prendê-la e eles desaparecendo.Ela estava levantando lentamente, os soldados da Imperatriz e
Eu não acredito que eu consegui terminar isso.Terminar Coroas de Aço foi muito… nossa. Uau. Nunca pensei que conseguiria, mas aqui estou. Eu escrevi umlivro, meu deus.Quero agradecer a algumas pessoas aqui: minhas amigas Joyci, Maria e Sofie com f (ela que fez a capa e o booktrailer da Lídia, aliás. SofieBJ no wattpad). Enchi a paciência delas falando sobre essa história toda hora, agradeço por terem me aturado. Elas estavam comigo quando as primeiras ideias dessa história nasceram nessa zona que é a minha cabeça e me apoiaram sempre.Quero agradecer também ao meu pai, que não faz a menor ideia de como é ess
Escarion era o que podia ser considerado uma terra mitológica que existia apenas nas teorias de alguns estudiosos ou na imaginação das crianças, mas era tão real quanto a luz do dia e as estrelas da noite. Um reino onde o povo que lá vivia era ainda mais incomum do que as lendas que rodeiam sua terra, com a aparência peculiar e habilidades que poucos conseguiam entender. Não eram monstros, queriam apenas viver em paz e respeitavam suas fronteiras de um modo que poderia servir de exemplo para outros líderes seguirem.O reino era governado pela família Minori, uma família incomum até entre eles, mas respeitada e admirada pelo povo. Os Minori andam por aquele país há quase quinhentos anos, uma das três famílias mais antigas da história de Escarion. As outras duas são a família Febe e a família Zander. As três se mantiveram unidas e leais umas às outras ao longo dos anos, vários de seus membros entraram para a história por seus grandes feitos em nome do reino que construíram. Os
Lídia estava voltando para casa enquanto conversava com sua filha pelo telefone. A jovem tinha se mudado recentemente e ligava para a mãe com frequência para conversar sobre tudo o que via. Essas conversas se tornaram rotina na vida de Lídia, depois do trabalho já tinha seu celular em mãos, pronta para atender e ouvir como foi o dia de sua filha.A calçada por onde andava era larga, revestida em tijolos vermelhos claros, era bem movimentada e muitas pessoas passavam por lá. Todas voltando de um dia de trabalho, voltando para casa, ou saindo para se divertir. As ruas eram largas e poucos carros passavam, a maioria antigos e bem conservados. Lídia sentia o metal dos carros passando vibrando contra sua pele, mas ela não tomava os metais para si, o deixava fluir e seguir para onde seus motoristas queriam.- Boa noite. Vá fazer a sua janta e não se esqueça que tem que ser s