**Anya**Levanto o meu rosto do peito de Nico, e pelo canto do olho vejo um homem que deve ter aproximadamente cinquenta anos com cabelos grisalhos e um pouco rechonchudo, ele nos encara com raiva, eu diria até mesmo ódio.Sinto um arrepio de medo percorrer a minha espinha com seu olhar e também de vergonha pela situação constrangedora em que me encontro, e mesmo tentado disfarçar o Nico sentiu o meu corpo trêmulo, apertou seus braços com mais força ao redor de um forma protetora, que impede o homem de ver o meu rosto.— Quando a minha filha apareceu em casa trisre e desolada eu imaginei que tinha feito algo, quando me disse que vocês estavam passando por momento difícil eu pensei que ela tinha aberto seus olhos sobre você e seu mau-caratismo, mas vejo que é algo mais grave, você trocou a minha filha por cadela no cio e agora está se divertindo com ela como se fosse animal.Arregalo os meus olhos quando entendi suas palavras, ele acabou de me chamar de animal no cio? Ele estava i
** Anya ** Balanço a minha cabeça em negação enquanto calço o meu tênis, o que ele deve pensar sobre mim? Fiz sexo com ele no mesmo dia que o conheci, sexo oral é sexo, né? E para quem disse que não tinha casos, estou cada vez mais depravada, com Stefano foi em dois dias depois de conhecê-lo e com Nico no mesmo dia. Sinto o meu rosto quente de vergonha as pessoas da minha cidade vão me chamar de maginal se souberem disso, eles já dizem que eu seduzir o Nikolas e que não tenho vergonha nem pudor, não é engraçado alguns comentam isso pela cidade, mas ainda se surpreende por eu ter feito sexo com Stefano. Sinto a minha pele queimar e não preciso de muito para sabe que ele estava me observando, o meu estômago revira e sinto as tais das borboletas, o arrepio percorrer a minha espinha como choque elétricos. Eu mordi os meus lábios ao levantar da cama, eu não tenho como arranjar mais desculpas para fugir. Ao levantar o meu olhar para ele que estava com sorriso de lado e seu celular n
**Anya** Olho pela janela da lanchonete, suspiro enquanto observo a monotonia da cidade. Sunset Valley é uma cidade do interior do Texas, como muitas é um lugar e pacata, onde todos se conhecem. É o tipo de lugar onde as pessoas se cumprimentam na rua, as crianças brincam nas praças e as famílias se reúnem para eventos comunitários. A cidade tem um charme acolhedor, com ruas arborizadas, casas antigas e uma praça central que é o coração da comunidade. Mas apesar de todas essas qualidades Sunset Valley, é um inferno para pessoas introspectivas, todos sabem de tudo e falam sobre tudo. Não existe segredos, a nossa vida é um livro aberto e isso já me incomodava quando a minha vida não era o alvo das fofocas, mas o incômodo passou a ser infernal. Onde passo eu posso ouvir os sussurros sobre a minha triste desilusão. Ele a trocou pela prima, ouvir dizer que ela é uma megera, Nikolas livrou-se de um destino terrível ao lado dela, não resta dúvidas que Rina é a melhor escolha
**Anya** Reviro os meus olhos quando ela morde seus lábios e abaixa a cabeça como se fosse uma vítima inocente. Tento me soltar e ele apertou meu braço com mais força me fazendo gritar de dor. — Covarde! — Como eu não percebi antes que ele não vale nada. Os dois se merecem. — Me larga agora! Gritei, mas sabia que ninguém interferiria; afinal, Nikolas é influente na cidade e as pessoas tinham medo dele. Ou melhor tem medo do pai dele. — Por que você não pode se comportar, Anya? — O desdém escorre de seus lábios como veneno. — Em casa teremos uma conversa, eu não vou mais suportar seus escândalos e lamurias. — Por que você não pode me deixar em paz, idiota? — Sarcasmo escorria dos meus lábios. — E eu prefiro ter meus ouvidos sagrando ao ter que escutar suas mentiras e enganos. Ele apertou meu braço com mais força. Eu sabia que minha pele ficaria marcado. Mesmo com um tom dele pele bronze como o meu, um aperto tão forte deixaria hematomas de seus dedos. Era só isso que
**Anya**Ele disse, sem entrar em detalhes. Percebi que ele não queria que os outros ouvissem a conversa. Ergui as minhas sobrancelhas com curiosidade e estranheza. — Sério? Eu nem posso imaginar o que seria, mas é um prazer te conhecer, Stefano. Agradeço verdadeiramente a sua ajuda. — O prazer é meu! Você, não tem o que me agradecer. Isso é o mínimo que uma pessoa decente faria ao presenciar uma agressão como a que você estava sofrendo. — Ele suspirou afastando-se um pouco e passando as mãos pelo seu cabelo. — Olhe me desculpe, mas não pude deixar de ouvir sua conversa pelo telefone. Se você quiser, eu posso levá-la para casa, e se me permitir alguns minutos poderíamos conversar sobre o assunto que me trouxe aqui. Nikolas, indignado por ter sido deixado de lado, interveio. — Não, ela vai comigo para casa, não com um estranho. — Eu prefiro ir a pé até o Japão do que estar no mesmo ambiente que vocês dois. Eu respondi, olhando para ele e Rina. — Você conhece esse homem, pr
**Anya**Eu olhei para ele, que estava completamente molhado, percebendo que eu não devia estar em melhor estado. Seus cabelos castanhos estavam caídos em sua testa. Afasto-me um pouco dele, fazendo com que os braços dele caíssem ao lado de seu corpo. Passo as mãos pelos meus cabelos em uma tentativa de me organizar. — Você não teve culpa, só estava fazendo o seu trabalho. A notícia foi algo inesperado para mim, e por isso reagi daquela forma. Não se preocupe, eu estou bem. Então já pode ir, fez o seu trabalho de forma correta. Stefano já havia feito muito por mim, me protegendo de Nikolas. Não posso pedir mais nada dele. E eu tenho que resolver meus problemas sozinha, como sempre fiz. Ele pareceu indignado com minhas palavras, como se eu tivesse o ofendido. — Não vou deixar você sozinha! Venha comigo, vamos esperar o tempo melhorar e a chuva dar uma trégua para eu te levar para casa. Eu não sabia o que fazer. Estava tão cansada, e ele estava me tratando melhor do que
**Anya**Volto para o quarto pegando a xícara de chá quente e bebendo um pouco. Senti-me na cama apreciando o calor gostoso do chá. Stefano voltou e pega a outra xícara sentando em uma poltrona. — Anya, enquanto esperamos a chuva passar podemos falar sobre o assunto que me trouxe aqui? — Fecho os meus olhos, eu não queria voltar para esse assunto. — Sei que não quer falar sobre isso, mas peço que me escute. Quando ele movimento a sua mão, eu sinto aperto no meu coração ao ver o círculo dourado em seu dedo. Uma aliança? Mas é claro que ele deveria ser casado. — Tudo bem! Eu vou lhe escutar, mas não mudarei de ideia. Ele concorda com um movimento de cabeça. — Eu não posso entrar em detalhes sobre o testamento sem a presença de suas irmãs, mas posso te dizer que se uma das três não comparecer, todas perdem a herança e suas irmãs perderam também. Não é sobre você, tem muita coisa envolvida, Katherine a irmã do meio não teria onde morar se algo assim acontecer. Eu entendo e
**Anya**Acordo com uma sensação que há muito não experimento vou para banheiro faço a minha higiene pessoal, escovo dentes e tomo um banho. Pego uma roupa confortável, um short e uma camiseta e me preparo mentalmente para voltar a realidade depois de vivenciar um sonho. Conheci um homem que foi bom para mim, e mesmo ele sendo o mensagem do meu pai biológico, eu gostei de conhecê-lo. Será que ele é real ou não passa de uma realidade paralela que minha mente criou para fugir da minha triste realidade? Desci as escadas e dei de cara com minha mãe, meu padrasto e meu irmão me esperando, com olhares que vão de preocupados a aborrecidos, bem lá vamos nós outra vez. Eles estavam sentados á mesa de jantar, e tomavam o seu café da manhã, suspiro será melhor tomar o meu café na cozinha. A minha mãe não esperou nem mesmo que eu sente-se á mesa, antes de metralha-me de perguntas e julgamentos. — O que diabos aconteceu ontem tivemos uma conversa e pareceu que tínhamos chegado um entendim