9: Cidades estranhas, gente estranha
A viagem de Liriel, Perryk e Agrur levou bons três dias através das terras ao leste de Yongard, cruzando rios e charcos, lagoas e nascentes. O ar era frio, mas agradável debaixo do sol quente das manhãs e das tardes. Havia poucos viajantes ao redor daquelas terras, com vilarejos espalhados e pontilhados pelas planícies feito pontinhos distantes, ou assim pareciam, quando os três subiam algumas das grandes colinas que apareciam no caminho. Em dado momento, Agrur sumiu, deixando Liriel e Perryk sozinhos no acampamento, certa noite. Quando ele voltou, em sua forma na10: Seguindo um mapa e um sonho Ficou decidido que fariam compras para a viagem ao local destinado no mapa e para a volta, pois pretendiam viajar o caminho todo de volta a Sazzadrav, atravessando as terras de lagoas de Labrengard onde se encontravam e a Zimbrar sem muito atraso. Talvez tivessem de caçar, acampar, mas não faria mal: desde que estivessem em movimento, estaria bom. Os dois compraram muito pão, sal, temperos em pó para ensopados, alguns utensílios para cozinhar, pederneiras, cobertores novos, além de comida seca como carnes e cereais que podiam cozinhar com água, cantis grandes que guarda
11: Pequenos altares nos trouxeram até aqui Perryk não sabia o que esperar do fim da estrada. Em seu sonho, ele vira a imagem de uma grande árvore, como uma enorme sequoia ou um carvalho excepcionalmente grande e velho, tão alto quanto uma torre média do castelo de Yongard. Ele meditava em silêncio enquanto guiava Granner pela estrada que Agrur lhes mostrava em meio ao mato e à lama, achando a menor quantidade de buracos possíveis, e Liriel ficava apenas olhando à frente em silêncio, as mãos pequenas apoiando o rosto delicado numa expressão de tédio. Pudera, a paisagem dificilmente mudava do panorama comum: algumas colinas, algum
12: A descoberta, a fuga prossegue Noite, três dias depois da fuga da depressão do “Templo de Brakhan”, como Agrur decidiu chamar o lugar depois que Perryk lhe explicou os acontecimentos no local. Parecia estranho, realmente inusitado, e o ratagarto teimava em acreditar que acontecera, e pedia constantemente para ver a esfera. Sempre que Perryk a pegava, ela parecia mais brilhante e quente do que antes de passar para as mãos de Agrur, esfriando e ficando menos brilhante. Mas, em qualquer mãos que estivesse, a esfera brilhava suas linhas e desenhos vermelhos de um jeito pulsante, parecendo um c
13: Finalmente, o calor de uma cidade no deserto Makrin não sabia como compensar a idiotice daqueles soldados. Por três dias os soldados não enviavam notícias nem relatórios sobre a caçada e captura. O cristal de comunicação não funcionava, pois sempre que o feiticeiro utilizava o objeto, o outro lado mostrava apenas escuridão, silêncio, e nada mais. E àquela altura, ele não podia dispor de mais um grupo de caça e perserguição para enviar ao local do templo de pedra, uma vez que, na ausência da rainha, ele era como um regente local para Yongard. E isso não poderia deixá-lo mais estr
14: Primeiro os livros e um mapa. Depois, o castelo cor de areia Perryk estava ocupado no quarto da estalagem quando Liriel saiu. Não se importou muito em saber onde ela iria, parecia óbvio que ela faria as compras de que precisavam. E Agrur lhe disse que ficaria de olho nela antes de sumir por uma das janelas. Dando de ombros e resmungando, o rapaz mal respondeu antes de ser deixado sozinho no quarto, entretido que estava com suas anotações. No entanto, sua concentração estava longe de ser por pura diversão ou apenas um planejamento modesto. Não, suas anotações estavam focadas no pesadelo mais rec
Parte 3: Voo flamejante 15: Uma viagem para o deserto depois de sequestrar a realeza As ruas de Yongard não eram mais seguras. Quase um mês se passou desde a fuga da princesa e de seu “fiel escudeiro”, e a população acreditava que fosse um sequestro por bandidos errantes que vieram disfarçados na caravana viajante. Por causa dessa ocorrência, guardas e mais guardas patrulhavam as ruas dos distritos e dos pequenos bairros próx
16: Uma saída de um templo nos leva a uma nova caravana Phradan não podia estar mais incomodado. A primeira coisa que lhe ocorreu naquele dia quando o príncipe não saíra de seu quarto era que ele talvez estivesse cansado demais da viagem, e depois por ter atendido um rapaz qualquer que lhe fizera um serviço tão importante. A segunda era que ele talvez estivesse enfiado nos jardins do castelo, e ele procurou pelo sobrinho por vários minutos, até sentir que devia ir ao quarto. E ao chegar lá, ele bateu nas portas várias vezes antes de chamar dois guardas para arrebentarem-nas. E lá dentro, estava tudo vazio. Muitas coisas estavam fora de lugar ou mexidas, e Phradan mandou os g
17: Laços mais estreitos, confusão entre motivações Yongard estava em chamas. A cidade sofrera um ataque de um feudo que ficou insatisfeito com a situação da cobrança incessante que o castelo fez nos últimos dias do mês. E quando os invasores chegaram, foram massacrados e capturados quase todos com vida. O feudo foi invadido por todos os soldados disponíveis e, nos dias que se passaram, Makrin ordenou a lei marcia do país para quaisquer feudos que ainda quisessem ficar com bons termos com Yongard, sob as ordens da rainha Aggrive. Ninguém sabia dizer se o rei aprovava aquilo, ma