Conexão Explosiva.Lucian— Ok, tente entrar no sistema dos computadores da granja, desligue a cerca elétrica, destrave os portões e deixe o resto conosco. — Vô Danilo pede com um tom sério. O homem parece ter incorporado o agente 007. Devo dizer que estou bem surpreso com isso, pois apesar de escutar todas aquelas histórias de resgates e de sequestros quando eu era bem pequeno, só o presenciei em momentos de extremo carinho com a minha avó.Como me pediu, abro o computador em cima do capô do carro e começo a dedilhar no teclado, abrindo um sistema nada complexo. Do tipo fichinha mesmo e segundos depois, os homens têm seus passes livres para invadir o local. Depois que saímos do presídio, Pedro e eu tínhamos um plano para pegar o infeliz de surpresa no seu esconderijo e finalmente levá-lo as autoridades, mas a Milla precisou dele e parecia algo bem urgente. Portanto, estou aqui com o meu avô e a sua equipe, prontos para iniciarmos uma guerra se for preciso.— Está feito! — aviso dando
Conexão explosiva.ValentinaO meu maior sonho era vir morar na cidade grande, me formar, ter um bom emprego, namorar um homem mais velho, me casar com ele, ter um filho com ele e ser feliz para sempre. Um típico sonho americano.O que deu errado?Eu vou dizer pra vocês onde eu errei. O meu erro foi ter me metido com um garoto afoito, que mesmo sem saber me conquistou e me fascinou de um jeito que eu não podia raciocinar. Eu simplesmente não conseguia pensar no que era certo ou errado quando ele chegava perto com aquele olhar de menino, com aquela boca avermelhada que pedia para ser beijada e com aquele cabelo bagunçado que de longe, muito longe dizia que ele era um nerd.— Está pronta? — Meu pai me pergunta despertando-me dos meus tormentos.E pensar que aquele garoto mudou radicalmente durante esses poucos dias na minha presença, e o pior é que eu o moldei do meu jeito. Aquele garoto inconsequente transformou-se em um homem romântico. O pirralho que adorava brincar com seus brinqued
Conexão Explosiva.ValentinaDescobri a pior coisa da vida e acredite, não é uma gravidez inesperada, nem descobrir que você está sozinha para criar um filho sem pai, ou o fato de não ser correspondida pelo homem que você acaba de descobrir que está perdidamente apaixonada. Tudo isso é quase suportável, mas perder definitivamente a pessoa que ama, isso sim parece te rasgar ao meio e te faz sangrar por dentro, até que tudo na sua vida perca definitivamente o sentido.— Lucian? — sibilo quase sem voz, olhando para o sangue em sua camisa e para o corpo imóvel, caído no chão.Na minha frente tudo parece estar em câmera lenta. As pessoas correndo apavoradas de um lado para o outro, um homem sendo arrastado para fora dali enquanto grita por vingança e ninguém, exatamente ninguém para socorrer o homem da minha vida. — Por favor, Lucian! — Aproximo-me apavorada dele, enquanto as lágrimas embaçam a minha visão. — Por favor acorde! Não faz isso comigo, amor! — peço baixinho, sentindo a voz emb
Pedro Uma semana depois... — O que você pretende fazer comigo, Alex Fox? — Magno inquire. O modo como as suas mãos estão fechadas em punho e o seu olhar extremante rígido me diz que ele está cheio de raiva. — Vai fazer comigo o mesmo que fez com o meu pai? Estamos dentro de um galpão em um tipo de chácara abandonada que eu nunca tinha visto na vida. De onde estou, observo o meu pai usando um tipo de sobretudo de couro envelhecido e isso me faz viajar um pouco nas histórias que ele me contava. — Você não sabe do que está falando infeliz! — Desperto quando escuto o som da voz firme que sai da boca do meu pai e eu sei que nesse exato momento não é o Alex Fox quem está diante daquele homem. Marrento. Esse personagem havia se tornado uma lenda para mim e agora o vejo bem diante dos meus olhos. Tão perverso, frio e calculista quanto consigo me lembrar das suas histórias. Com alguns passos firmes ele se aproxima da sua vítima e parece não temer o que pode lhe acontecer com essa aproximaç
PedroA claridade invade o quarto me fazendo abrir os olhos e encontrar a escuridão diante de mim. O calor de Milla e o seu peso me diz que ela ainda está dormindo bem aqui do meu lado. O barulho da chuva caindo lá fora me faz puxá-la para mais perto de mim e no ato, beijo calidamente os seus cabelos. No entanto, estendo o meu braço para acender a luz do abajur e conferir as horas.Uau!Sibilo mentalmente ao perceber que apagamos por uma tarde inteira. A minha garota resmunga baixinho e se vira para o lado, aconchegando-se debaixo dos lençóis. Respiro fundo e decido ir tomar um banho rápido no meu quarto, deixando-a no quarto de jogos. Minutos depois estou na cozinha preparando um jantar para nós dois. Uma sopa de legumes que eu amo e que aprendi a fazer com a Anita. Enquanto corto os legumes penso em uma maneira de mantê-la aqui comigo definitivamente. Mas eu sei que ela vai bater o pé feito uma criança birrenta como faz sempre faz quando quer alguma coisa e vai querer voltar para aq
Milla— Pelo amor de Deus, Milla, para que tanta pressa? — Valentina resmunga mal-humorada diante do espelho.— Porque estamos atrasadas, Val. Já estão todos nos aguardando lá na sala. — Ela sorri e se olha no espalho, passando a mão pela sua barriga ainda sequinha.Sorrio. Estou feliz que finalmente eles se acertaram e que a minha irmã ficará bem aqui pertinho de mim.— Já disse que não precisa fazer isso, o apartamento do Lucian é praticamente todo mobiliado e ele está empolgado em ir comprar o que precisarmos. — Ela volta a resmungar sem tirar os olhos do seu reflexo.— Sabe muito bem como é a tia Filomena, não é? Ela não abre mão do chá de panelas da família. Além do mais, o chá é de lingeries e agora vamos! — insisto, fazendo-a bufar para finalmente se afastar do espelho. No entanto, a minha irmã me estende a sua mão e eu a seguro, puxando-a para mais perto de mim. Saímos do quarto de hóspedes da casa dos Rios de mãos dadas. Do alto da escadaria é possível ouvir os murmúrios da f
MillaEstico os braços acima do meu corpo e sorrio lânguida, lembrando de tudo o que fizemos assim que passamos pela porta do quarto de hotel. Pedro esperou pacientemente que o empregado deixasse as nossas malas no canto de uma parede da sala e assim que ela fechou, ele parecia um animal no cio. O meu puto estava de volta!Pensei vibrando, quando ele me chocou contra a parede e começou a devorar a minha pele com a sua boca ávida e quente como o inferno, deixando a sua língua serpentear por ela.Nossa, gemi de prazer apenas com aquele gesto.No minuto seguinte já estávamos sem roupas e praticamente batizamos cada cantinho e móvel desse lugar com o nosso sexo intensamente gostoso e obsceno. Depois, estávamos dentro de uma banheira com água morna e espumas. O aroma delicioso de rosas se espalhou por todo o cômodo e na sequência, adormecemos agarradinho na imensa cama redonda.Acredite, eu dormi sorrindo com a promessa de sairmos para jantar assim que acordássemos... no caso agora. Salt
Milla— Não chore, Milla, não por ele — aconselho-me após sentar-me sofá em lágrimas. — Eu te disse que ele era um puto, não disse? Eu falei várias e várias vezes que ele não servia pra você. Mas você se ouviu? Não, você não se ouviu! — respiro fundo e me ponho a andar de um lado para o outro da sala. — Uma vez puto, sempre puto! — rosno e vou para o banheiro. Encaro-me firmemente no espelho da bancada e aponto um dedo em riste para mim mesma. — Milla Ferber, se você chorar por esse cafajeste, prometo que vou esbofetear a sua cara até você engolir o chorar! — Repreendo-me, sentindo a minha voz embargar e engulo o nó sufocante em minha garganta.Respiro fundo.O que eu vou fazer? Eu sabia que não devia ter cedido aos encantos daquele imbecil, gostoso e mandão do cacete!Tudo bem! Volto a puxar a respiração. Deve ter alguma explicação lógica, certo?Não, não tem.Ah, ele está estava diferente desde que saímos do Brasil. Lamento mentalmente. E quando chegamos aqui tudo só piorou. Respir