MillaEstico os braços acima do meu corpo e sorrio lânguida, lembrando de tudo o que fizemos assim que passamos pela porta do quarto de hotel. Pedro esperou pacientemente que o empregado deixasse as nossas malas no canto de uma parede da sala e assim que ela fechou, ele parecia um animal no cio. O meu puto estava de volta!Pensei vibrando, quando ele me chocou contra a parede e começou a devorar a minha pele com a sua boca ávida e quente como o inferno, deixando a sua língua serpentear por ela.Nossa, gemi de prazer apenas com aquele gesto.No minuto seguinte já estávamos sem roupas e praticamente batizamos cada cantinho e móvel desse lugar com o nosso sexo intensamente gostoso e obsceno. Depois, estávamos dentro de uma banheira com água morna e espumas. O aroma delicioso de rosas se espalhou por todo o cômodo e na sequência, adormecemos agarradinho na imensa cama redonda.Acredite, eu dormi sorrindo com a promessa de sairmos para jantar assim que acordássemos... no caso agora. Salt
Milla— Não chore, Milla, não por ele — aconselho-me após sentar-me sofá em lágrimas. — Eu te disse que ele era um puto, não disse? Eu falei várias e várias vezes que ele não servia pra você. Mas você se ouviu? Não, você não se ouviu! — respiro fundo e me ponho a andar de um lado para o outro da sala. — Uma vez puto, sempre puto! — rosno e vou para o banheiro. Encaro-me firmemente no espelho da bancada e aponto um dedo em riste para mim mesma. — Milla Ferber, se você chorar por esse cafajeste, prometo que vou esbofetear a sua cara até você engolir o chorar! — Repreendo-me, sentindo a minha voz embargar e engulo o nó sufocante em minha garganta.Respiro fundo.O que eu vou fazer? Eu sabia que não devia ter cedido aos encantos daquele imbecil, gostoso e mandão do cacete!Tudo bem! Volto a puxar a respiração. Deve ter alguma explicação lógica, certo?Não, não tem.Ah, ele está estava diferente desde que saímos do Brasil. Lamento mentalmente. E quando chegamos aqui tudo só piorou. Respir
MillaEntrei em silêncio no carro do meu chefe e enquanto ele dirigia, eu me pus a olhar pela janela. Roma é realmente muito linda e no meio de toda essa neve se torna ainda mais romântica. Pensar nisso me dá vontade de chorar.Como exatamente tudo começou a dar errado na minha vida? Quais as chances de isso acontecer na vida de um único ser humano?Quer dizer, ele era todo amoroso em uma noite e no dia seguinte parecia distante. Aí você sai do quarto com toda uma doce vingança preparada e tudo desanda? Um vestido vermelho fatal transformou-se um vestido branco de...Olho rapidamente para o Matheus no banco do motorista.— O que veio fazer aqui em Roma mesmo? — Torno a perguntar. Ele me olha rápido e volta a se concentrar na estrada molhada.— Eu vim ajudar o meu irmão, ele me disse que eu estava causando problemas. — Arqueio as sobrancelhas.— Ele disse isso? — Ele faz sim com a cabeça. — Hum. — Volto a olhar pela janela e vejo que já não estamos na cidade. — Aonde estamos indo, Mat
Milla— Não estou gostando desse olhar! — Meu marido fala um tanto desconfiado, porém, sorrio. — E não estou gostando desse sorriso também.Bom, se tem uma coisa que eu aprendi com o Pedro Rios Dominador foi que, uma vez que você ameaça a sua vítima, o melhor a fazer é cumprir com a sua ameaça, caso contrário, você perde todo o poder. E após dizer sim diante do altar, depois daquela dança envolvente e do beijo pra lá de sensual, cada um seguiu o seu caminho – digo os convidados e tudo mais, mas o Pedro e eu viemos direto para o hotel.Claro que sim.O frio estava de matar e a recepção ficou para um outro dia, mas acredite, eu amei essa parte! Embora tudo que o meu puto fez ficou incrivelmente perfeito. E como não tinha como evitar, Pedro Rios mais uma vez me fez sentir como uma personagem de livro de romance. Enfim, vamos ao que interessa. Pedro ele me deve algumas explicações, certo? Portanto, aqui estou usando uma bota preta de couro, de cano longo que vai até a altura dos meus joel
Milla— Me diga, Senhor Rios, onde esteve durante toda a noite passada?— Isso é sério? — Pedro retruca surpreso. Em resposta, bato com o chicote na sua coxa e ele faz uma careta de dor. — Caralho, Milla!— Vamos fazer isso ficar mais interessante, Senhor Rios. Se me responder com jeitinho, você ganha um prêmio, mas se fizer birra, leva uma boa chicotada. O que acha?— Prêmio? Que tipo prêmio?— Do tipo que eu quiser dar.— Isso não é justo! — retruca outra vez.— É pregar ou largar. — O provoco, voltando a montá-lo e me mexo no seu colo. Seus olhos logo se acendem e ele rosna um caralho bem baixinho.— Ok, o que você quer saber?— Eu quero que me diga onde esteve na noite passada? O safado abre um sorriso largo e maroto.— Dentro do hotel. — Arqueio as sobrancelhas.— Dentro do... aonde exatamente? — exijo.Ele bufa.— Lojas de roupas femininas, salões de beleza, SPA... — Encolho os olhos e o encaro firmemente. — Depois me reuni com algumas pessoas para ter a certeza de que iria aos
MillaAlguns meses depois...— Acorda preguiçosa!Solto um gemido manhoso quando sinto os beijos nas minhas costas causando arrepios na minha pele e sorrio. A noite passada, Pedro foi um fenômeno da natureza e nem vou comentar a nova brincadeira desse meu dominador. O que eu posso dizer? Estou exausta, com preguiça e a minha vontade é de ficar aqui nessa cama quentinha, e macia, e dormir o dia inteirinho.— Vamos, Milla, o café da manhã já está servido.Ele insiste e o meu sorriso languido se enlargueceu um pouco mais. Portanto, me viro de frente para ele, espreguiçando-me em seguida e espero o próximo ataque do meu puto. No entanto, ele não vem. Pelo contrário, Pedro sai da cama e noto que ela já está pronto para sair. Frustrada, me sento na cama e o observo ajeitar a sua gravata diante do espelho.— Eu tenho uma reunião hoje cedo com o Matheus e o Lucian sobre a classe trabalhadora da empresa. Parece que o Matheus quer mudar algumas coisas no sistema de saúde dos nossos funcionários
MillaDevo dizer que é nessas horas que tenho vontade de largar todos os contraceptivos para ter um filho do Pedro, mas sinto que ele ainda não está preparado para ser pai.Se ele soubesse.Depois desse momento fofura e de uma manhã inteira jogando conversa fora Eloá resolve que já é hora de ir e ficamos apenas a minha irmã e eu.— Pronta para as compras? — indago quando ela se levanta do sofá.— Estou me sentindo uma bola de tão pesada, mas estou ansiosa para escolher o presente da Angel.— Preparei um itinerário bem curto para você não se cansar.— Isso é ótimo! O Arthur não está facilitando as coisas para mim ultimamente. Eu mal consigo dormir direito. — Ela resmunga quando saímos do seu AP e vamos direto para a garagem. — Sem falar que não consigo parar de comer, céus!— Não reclame do meu afilhado, Valentina, ele precisa se alimentar bem, não é bebê? — Faço um carinho na sua barriga protuberante e o meu sobrinho me respondo dando alguns chutes.— Estou de olho em vocês, hein? Já
Pedro— Acabamos? — Matheus pergunta ajeitando alguns papéis em cima da sua mesa.— Acho que sim. — Lucian responde fazendo o mesmo em uma pasta.— Ótimo! — falo me levantando da cadeira e vou até o bar de canto preparar uma pequena dose de uísque para mim. — Vocês aceitam? — indago erguendo o meu copo, mas eles meneiam a cabeça fazendo um não. — Que tal um almoço, só nós três? A Milla deve estar com a Valentina agora e eu não queria almoçar sozinho. — Meus irmãos dão de ombros.— Eu realmente não posso, Pedro. É aniversário da Angel e com certeza a minha mulher deve estar ficando maluca sem a minha presença lá. — Faço sinal de concordância e sorrio.— Estou louco para ver a minha garotinha. Ela está crescendo e logo não vai mais querer saber do tiozão aqui — resmungo. Matheus abre um sorriso orgulhoso de pai orgulhoso e se afasta da mesa.— Você é um exagerado, ela é só uma garotinha ainda. Vai demorar muito para esse dia chegar.— Você que pensa, o tempo voa mano — rebato.— Prepare