Conexão Explosiva.ValentinaDescobri a pior coisa da vida e acredite, não é uma gravidez inesperada, nem descobrir que você está sozinha para criar um filho sem pai, ou o fato de não ser correspondida pelo homem que você acaba de descobrir que está perdidamente apaixonada. Tudo isso é quase suportável, mas perder definitivamente a pessoa que ama, isso sim parece te rasgar ao meio e te faz sangrar por dentro, até que tudo na sua vida perca definitivamente o sentido.— Lucian? — sibilo quase sem voz, olhando para o sangue em sua camisa e para o corpo imóvel, caído no chão.Na minha frente tudo parece estar em câmera lenta. As pessoas correndo apavoradas de um lado para o outro, um homem sendo arrastado para fora dali enquanto grita por vingança e ninguém, exatamente ninguém para socorrer o homem da minha vida. — Por favor, Lucian! — Aproximo-me apavorada dele, enquanto as lágrimas embaçam a minha visão. — Por favor acorde! Não faz isso comigo, amor! — peço baixinho, sentindo a voz emb
Pedro Uma semana depois... — O que você pretende fazer comigo, Alex Fox? — Magno inquire. O modo como as suas mãos estão fechadas em punho e o seu olhar extremante rígido me diz que ele está cheio de raiva. — Vai fazer comigo o mesmo que fez com o meu pai? Estamos dentro de um galpão em um tipo de chácara abandonada que eu nunca tinha visto na vida. De onde estou, observo o meu pai usando um tipo de sobretudo de couro envelhecido e isso me faz viajar um pouco nas histórias que ele me contava. — Você não sabe do que está falando infeliz! — Desperto quando escuto o som da voz firme que sai da boca do meu pai e eu sei que nesse exato momento não é o Alex Fox quem está diante daquele homem. Marrento. Esse personagem havia se tornado uma lenda para mim e agora o vejo bem diante dos meus olhos. Tão perverso, frio e calculista quanto consigo me lembrar das suas histórias. Com alguns passos firmes ele se aproxima da sua vítima e parece não temer o que pode lhe acontecer com essa aproximaç
PedroA claridade invade o quarto me fazendo abrir os olhos e encontrar a escuridão diante de mim. O calor de Milla e o seu peso me diz que ela ainda está dormindo bem aqui do meu lado. O barulho da chuva caindo lá fora me faz puxá-la para mais perto de mim e no ato, beijo calidamente os seus cabelos. No entanto, estendo o meu braço para acender a luz do abajur e conferir as horas.Uau!Sibilo mentalmente ao perceber que apagamos por uma tarde inteira. A minha garota resmunga baixinho e se vira para o lado, aconchegando-se debaixo dos lençóis. Respiro fundo e decido ir tomar um banho rápido no meu quarto, deixando-a no quarto de jogos. Minutos depois estou na cozinha preparando um jantar para nós dois. Uma sopa de legumes que eu amo e que aprendi a fazer com a Anita. Enquanto corto os legumes penso em uma maneira de mantê-la aqui comigo definitivamente. Mas eu sei que ela vai bater o pé feito uma criança birrenta como faz sempre faz quando quer alguma coisa e vai querer voltar para aq
Milla— Pelo amor de Deus, Milla, para que tanta pressa? — Valentina resmunga mal-humorada diante do espelho.— Porque estamos atrasadas, Val. Já estão todos nos aguardando lá na sala. — Ela sorri e se olha no espalho, passando a mão pela sua barriga ainda sequinha.Sorrio. Estou feliz que finalmente eles se acertaram e que a minha irmã ficará bem aqui pertinho de mim.— Já disse que não precisa fazer isso, o apartamento do Lucian é praticamente todo mobiliado e ele está empolgado em ir comprar o que precisarmos. — Ela volta a resmungar sem tirar os olhos do seu reflexo.— Sabe muito bem como é a tia Filomena, não é? Ela não abre mão do chá de panelas da família. Além do mais, o chá é de lingeries e agora vamos! — insisto, fazendo-a bufar para finalmente se afastar do espelho. No entanto, a minha irmã me estende a sua mão e eu a seguro, puxando-a para mais perto de mim. Saímos do quarto de hóspedes da casa dos Rios de mãos dadas. Do alto da escadaria é possível ouvir os murmúrios da f
MillaEstico os braços acima do meu corpo e sorrio lânguida, lembrando de tudo o que fizemos assim que passamos pela porta do quarto de hotel. Pedro esperou pacientemente que o empregado deixasse as nossas malas no canto de uma parede da sala e assim que ela fechou, ele parecia um animal no cio. O meu puto estava de volta!Pensei vibrando, quando ele me chocou contra a parede e começou a devorar a minha pele com a sua boca ávida e quente como o inferno, deixando a sua língua serpentear por ela.Nossa, gemi de prazer apenas com aquele gesto.No minuto seguinte já estávamos sem roupas e praticamente batizamos cada cantinho e móvel desse lugar com o nosso sexo intensamente gostoso e obsceno. Depois, estávamos dentro de uma banheira com água morna e espumas. O aroma delicioso de rosas se espalhou por todo o cômodo e na sequência, adormecemos agarradinho na imensa cama redonda.Acredite, eu dormi sorrindo com a promessa de sairmos para jantar assim que acordássemos... no caso agora. Salt
Milla— Não chore, Milla, não por ele — aconselho-me após sentar-me sofá em lágrimas. — Eu te disse que ele era um puto, não disse? Eu falei várias e várias vezes que ele não servia pra você. Mas você se ouviu? Não, você não se ouviu! — respiro fundo e me ponho a andar de um lado para o outro da sala. — Uma vez puto, sempre puto! — rosno e vou para o banheiro. Encaro-me firmemente no espelho da bancada e aponto um dedo em riste para mim mesma. — Milla Ferber, se você chorar por esse cafajeste, prometo que vou esbofetear a sua cara até você engolir o chorar! — Repreendo-me, sentindo a minha voz embargar e engulo o nó sufocante em minha garganta.Respiro fundo.O que eu vou fazer? Eu sabia que não devia ter cedido aos encantos daquele imbecil, gostoso e mandão do cacete!Tudo bem! Volto a puxar a respiração. Deve ter alguma explicação lógica, certo?Não, não tem.Ah, ele está estava diferente desde que saímos do Brasil. Lamento mentalmente. E quando chegamos aqui tudo só piorou. Respir
MillaEntrei em silêncio no carro do meu chefe e enquanto ele dirigia, eu me pus a olhar pela janela. Roma é realmente muito linda e no meio de toda essa neve se torna ainda mais romântica. Pensar nisso me dá vontade de chorar.Como exatamente tudo começou a dar errado na minha vida? Quais as chances de isso acontecer na vida de um único ser humano?Quer dizer, ele era todo amoroso em uma noite e no dia seguinte parecia distante. Aí você sai do quarto com toda uma doce vingança preparada e tudo desanda? Um vestido vermelho fatal transformou-se um vestido branco de...Olho rapidamente para o Matheus no banco do motorista.— O que veio fazer aqui em Roma mesmo? — Torno a perguntar. Ele me olha rápido e volta a se concentrar na estrada molhada.— Eu vim ajudar o meu irmão, ele me disse que eu estava causando problemas. — Arqueio as sobrancelhas.— Ele disse isso? — Ele faz sim com a cabeça. — Hum. — Volto a olhar pela janela e vejo que já não estamos na cidade. — Aonde estamos indo, Mat
Milla— Não estou gostando desse olhar! — Meu marido fala um tanto desconfiado, porém, sorrio. — E não estou gostando desse sorriso também.Bom, se tem uma coisa que eu aprendi com o Pedro Rios Dominador foi que, uma vez que você ameaça a sua vítima, o melhor a fazer é cumprir com a sua ameaça, caso contrário, você perde todo o poder. E após dizer sim diante do altar, depois daquela dança envolvente e do beijo pra lá de sensual, cada um seguiu o seu caminho – digo os convidados e tudo mais, mas o Pedro e eu viemos direto para o hotel.Claro que sim.O frio estava de matar e a recepção ficou para um outro dia, mas acredite, eu amei essa parte! Embora tudo que o meu puto fez ficou incrivelmente perfeito. E como não tinha como evitar, Pedro Rios mais uma vez me fez sentir como uma personagem de livro de romance. Enfim, vamos ao que interessa. Pedro ele me deve algumas explicações, certo? Portanto, aqui estou usando uma bota preta de couro, de cano longo que vai até a altura dos meus joel