Pedro — Fala sério! Você realmente acha que o Matheus e a Milla... ah qual é, Pedro todo mundo sabe que o Matheus é louco pela Laura e pela Angel. Ele nunca faria isso com a sua família! — Lucian retruca e parece indignado com as minhas suspeitas. Encosto-me na cadeira no meu escritório e bebo um pequeno gole da minha bebida.— Não sei não, Lucian, eles estão sempre próximos. A maneira como conversam e riem. Por duas vezes entrei na sala dele e a Milla, ela parece ficar meio sem jeito. Sem falar que eles param de falar sempre que notam a minha presença. Agora me diz, isso é ou não é quando eu estranho? — inquiro desconfiado. No entanto, meu irmão caçula me lança um olhar especulativo.— Falou com ele sobre isso? — Faço sim com a cabeça.— Falei.— E? — Dou de ombros e me levanto da cadeira, largando o copo em cima da minha mesa.— Ele ficou irritado com a minha pergunta. Disse que era um absurdo eu pensar assim dele, mas não confirmou e nem negou. — Na parte final dessa frase, fecho
Pedro— Faculdade de administração, hein? — cantarolo para a morena que mantém o seu habitual comportamento rígido. — Eu não fazia ideia.— O que há demais nisso, senhor Rios?— De verdade, nada, mas estou orgulhoso de você.— Obrigada! Quando eles virão? — Ela indaga impaciente olhando para o relógio no seu pulso.— Calma, Ludmila, eles chegarão logo.— Hum. — Ela diz com descaso e enfia a cara nos papéis. A minha língua coça de vontade de puxar mais conversa com ela. Na verdade, eu estou curioso. Eu não sei exatamente nada sobre Ludmila Ferber. De onde ela veio, quem ela é realmente e a pergunta que não quer calar: O que eu tenho a ver com isso, porra?! Desde quando Pedro Rios procura saber sobre a vida das mulheres? Respiro fundo e me arrependo no mesmo instante, afastando-me do seu perfume que invade as minhas narinas e faz coisas que eu não consigo entender com o meu sistema. Portanto, aproximo-me de uma parede de vidro transparente e fito a cidade. — Espero que saiba o que está
Milla— Não é possível! Como pude permitir que ele chegasse tão perto? — questiono a mim mesma, encarando-me no espelho retangular da bancada do banheiro feminino. Com uma respiração alta, abro a torneira e molho cuidadosamente o meu rosto, sentindo um formigamento nos meus lábios. — Que droga, Milla, você não deixar isso acontecer de novo! — resmungo soltando outra respiração pela boca.... Ah que delícia, minha pretinha!— Droga de voz sussurrada! — retruco irritada. — E esse apelido, de onde ele tirou isso? — bufo encostando-me no balcão e tento relaxar. Eu preciso relaxar. Ele não pode perceber que mexeu comigo apenas com essa droga de beijo. Respira, Milla. Respira e ergue a sua cabeça. Não se esqueça que ele é um puto e que só quer brincar com você. — Ok! — sibilo fechando os meus olhos e começo a fazer um exercício de respiração. — Não penso no charme, nem naquele olhar safado e menos ainda naquele sorriso incrivelmente sexy. Ah, o som da sua voz rouca. Reviro os olhos apertand
Milla— Como puderam perceber, a família Fox tem se empenhado todos esses anos em aprimorar e melhorar o nosso trabalho.— Sim, estamos bastantes satisfeitos. As coisas melhoraram mais de cem por cento desde que Alex Foz entregou as indústrias nas mãos dos seus herdeiros. E olha que eu sempre fui um fã do seu trabalho.— Obrigado, Senhor Pedroso! Pedro tem um jeito peculiar de falar com as pessoas. Ele envolve e as convence. As faz sonhar com algo tão grande que nem é palpável ainda e mesmo assim cada um aqui na sala de reuniões consegue se apegar as promessas desses sonhos. Quando a reunião finalmente termina começo a ajeitar as pastas e cada papel em seu devido lugar, enquanto o Senhor Rios conversa com o senhor Hélio alvarenga um dos nossos maiores sócios dessa empresa. Digo de passagem que é exatamente agora que eu tenho que aproveitar para sair correndo daqui. Portanto, termino de arrumar os papéis, jogando-os de qualquer jeito dentro das pastas, pego a minha bolsa e me preparo
Pedro Quente. Ah, ela tinha uma pele macia e muito febril. E confesso que nunca foi tão delicioso provocar alguém cm fiz com ela. E aquele gemido? É claro que ela gemeu e estava gostando do que faz ali bem cima daquela mesa. Como ela pode negar isso na cara dura? Deus, como ela é... deliciosa! E foi por pouco, foi por muito pouco que não a tive para mim outra. Puxo uma respiração profunda e quase que sonhadora quando penso que isso novidade para mim. Eu nunca fui de suspirar por uma mulher antes. Até isso essa felina selvagem conseguiu de mim. Desperto quando alguém bate à porta tirando-me dos meus devaneios mais lascivos e então me ajeito em cima da cadeira, percebendo o meu membro saltar dentro das minhas calças. Respiro fundo outra vez, puxando alguns papéis para perto de mim, e me aproximo mais da mesa para esconder o pervertido lá embaixo.— Entre! — ordeno com uma voz firmes e logo os meus irmãos invadem a sala.— Soubemos da aprovação da exposição na Grécia e decidimos comemor
Pedro — O que me diz de uma rapidinha agora e a noite podemos programar um jantar a dois, hum? — Hélia pergunta se afastando e volta a caminhar pelo meu escritório parando bem na minha frente. A sua mão atrevida segura o meu membro duro por cima do tecido da minha calça social, deixando um leve aperto lá. Respiro fundo tentando afastar de mim toda essa prazerosa tentação e para a minha surpresa olho firme bem dentro dos seus olhos.— Me desculpe, querida, mas não vai rolar. Eu preciso ir ver as novas peças que acabaram chegar e a nova frota também. Matheus disse que estava faltando alguns números e preciso ter certeza... — Paro de falar quando ela leva o seu indicador para a minha boca e a sua unha comprida, e pontuda raspa levemente pela pele sensível.— Tudo bem, querido, vamos fazer o seguinte. Eu faço um boquete como prêmio de consolação e podemos comemorar log mais a noite, o que acha? — Puxo mais uma respiração profunda e não consigo evitar de abrir um sorriso maldoso.— Já par
Cinderela às avessas.Milla— Claro, querida, esteja linda para mim! — Escuto o meu chefe dizer ao telefone assim que abre a porta do escritório.— Eu preciso desligar, val. Tchau, um beijo! — Encerro a minha ligação também e me ponho de pé encarando o meu chefe que tem um olhar especulativo sobre mim.— Você ainda está aqui? — Ele pergunta o óbvio e só então me dou conta de que o meu horário já acabou.— Pois é, eu estava falando com a Valentina ao telefone e não vi a hora passar — minto. A verdade é que ainda estou desestabilizada com o ataque gratuito de Hélia contra mim. Quer dizer, eu já sofri bullying antes por causa da minha cor e até mesmo dos meus cabelos, mas confesso que isso nunca me afetou de verdade, até porque eu me amo exatamente do jeito sou, amo a minha essência, a cor da minha pele, o meu cabelo crespo. Ser apontada pelos outros nunca foi um problema para mim. Pelo menos não até hoje. Tem algo em Hélia que me causa arrepios. Aquela garota é dissimulada e eu posso se
Milla — Não precisa dizer nada, só não permita que isso volte a acontecer. — Matheus pede, dando a pequena reunião por encerrada.— Eu prometo. — Confirmo e ele simplesmente nos dar as costas, saindo do escritório em seguida.— Você está bem? — Eloá procura saber, envolvendo os meus ombros com as suas mãos. Eu só consigo menear a cabeça em resposta. — Ótimo, agora vamos para casa, certo? Não demora e logo estamos dentro do elevador, com exceção do presidente que foi direto para a sua sala.— Amanhã é o aniversário de casamento dos nossos pais, vocês já compraram seus presentes? — Cecília questiona um tanto animada e eu dou graças a Deus por esse clima pesado se dissipar apenas com essa indagação.— Eu com certeza. — Eloá fala igual animação.— Eu não vejo a hora de ver a vovó Anita, ela sempre vem nos visitar nessa data.— Eu também, estou morrendo de saudades dela! — Lucian comenta com palpável alegria e enquanto os irmãos conversam entre si, penso que também sinto saudades de casa,