Pedro — O que me diz de uma rapidinha agora e a noite podemos programar um jantar a dois, hum? — Hélia pergunta se afastando e volta a caminhar pelo meu escritório parando bem na minha frente. A sua mão atrevida segura o meu membro duro por cima do tecido da minha calça social, deixando um leve aperto lá. Respiro fundo tentando afastar de mim toda essa prazerosa tentação e para a minha surpresa olho firme bem dentro dos seus olhos.— Me desculpe, querida, mas não vai rolar. Eu preciso ir ver as novas peças que acabaram chegar e a nova frota também. Matheus disse que estava faltando alguns números e preciso ter certeza... — Paro de falar quando ela leva o seu indicador para a minha boca e a sua unha comprida, e pontuda raspa levemente pela pele sensível.— Tudo bem, querido, vamos fazer o seguinte. Eu faço um boquete como prêmio de consolação e podemos comemorar log mais a noite, o que acha? — Puxo mais uma respiração profunda e não consigo evitar de abrir um sorriso maldoso.— Já par
Cinderela às avessas.Milla— Claro, querida, esteja linda para mim! — Escuto o meu chefe dizer ao telefone assim que abre a porta do escritório.— Eu preciso desligar, val. Tchau, um beijo! — Encerro a minha ligação também e me ponho de pé encarando o meu chefe que tem um olhar especulativo sobre mim.— Você ainda está aqui? — Ele pergunta o óbvio e só então me dou conta de que o meu horário já acabou.— Pois é, eu estava falando com a Valentina ao telefone e não vi a hora passar — minto. A verdade é que ainda estou desestabilizada com o ataque gratuito de Hélia contra mim. Quer dizer, eu já sofri bullying antes por causa da minha cor e até mesmo dos meus cabelos, mas confesso que isso nunca me afetou de verdade, até porque eu me amo exatamente do jeito sou, amo a minha essência, a cor da minha pele, o meu cabelo crespo. Ser apontada pelos outros nunca foi um problema para mim. Pelo menos não até hoje. Tem algo em Hélia que me causa arrepios. Aquela garota é dissimulada e eu posso se
Milla — Não precisa dizer nada, só não permita que isso volte a acontecer. — Matheus pede, dando a pequena reunião por encerrada.— Eu prometo. — Confirmo e ele simplesmente nos dar as costas, saindo do escritório em seguida.— Você está bem? — Eloá procura saber, envolvendo os meus ombros com as suas mãos. Eu só consigo menear a cabeça em resposta. — Ótimo, agora vamos para casa, certo? Não demora e logo estamos dentro do elevador, com exceção do presidente que foi direto para a sua sala.— Amanhã é o aniversário de casamento dos nossos pais, vocês já compraram seus presentes? — Cecília questiona um tanto animada e eu dou graças a Deus por esse clima pesado se dissipar apenas com essa indagação.— Eu com certeza. — Eloá fala igual animação.— Eu não vejo a hora de ver a vovó Anita, ela sempre vem nos visitar nessa data.— Eu também, estou morrendo de saudades dela! — Lucian comenta com palpável alegria e enquanto os irmãos conversam entre si, penso que também sinto saudades de casa,
Jogo de sedução. Milla Ferber. — Bom, eu ainda acho que um alisamento cairia muito bem. — A garota diz enquanto olho deslumbrada para o meu cabelo e a maquiagem perfeita no meu rosto. — Não mesmo, eu simplesmente amei do jeito que ele está! — falo admirando a tiara prateada bem no topo da minha cabeça e os meus lindos cachos caem pela lateral do meu rosto como belos cachos de uvas descaçando no meu ombro direito. Animada, me levanto da cadeira e o tecido do vestido branco com alguns lindos e marcantes detalhes pretos escorre pelas minhas pernas alcançando o chão e cobrindo o salto muito alto. Puts, pareço uma grande e elegante dama da alta sociedade agora. Penso embasbacada. A porta do meu quarto se abre e eu me viro para olhar para a minha irmã, que abre um sorriso largo assim que vir. — Uau, Milla, você está... uau! — Sorrio amplamente. — Eu preciso ir, ou vou me atrasar — aviso me afastando da penteadeira para pegar a minha bolsa de mão largada em cima da minha cama. — Vai l
Milla — Entendi. — E o que você está fazendo, Milla? — É a vez da Senhora Rios perguntar. — Administração. — Eu tenho aproveitado bastante dela nesses dias. — Matheus fala. — Garanto que sou eu a aproveitar, Matheus. O Senhor tem me ensinado muito. — Ah, me desculpe, mas o Alex e eu precisamos dar uma palavrinha com os nossos convidados. — A senhora Rios avisa, levando-se com educação e os meus olhos se fixam em um gesto que me deixa encantada. São trinta e quatro anos de casamento e eles ainda agem como se fossem namorados. Solto um suspiro sonhador. — Vem, Milla preciso que conheça uma pessoa muito especial para nós. — Cecília pede de repente e assim que ela fica de pé e eu fico também. No ato, a minha chefe segura na minha mão e praticamente ela me carrega para o outro lado do jardim, parando bem próximo de um casal mais velho. — Milla eu quero que você conheça a Anita, ela é como a mãe de coração tanto do meu pai quanto da minha mãe. Portanto, ela é a nossa avó. — Mãe de c
Pedro Rios— Tem uma festa lá fora, Pretinha e como você mesma disse eu preciso da sua permissão para continuar com isso. — Solto um grunhido de desagrado. Como eu pude soltar uma dessas?— Pedro? — Lucian me chama assim que saio de dentro da casa. Impaciente reviro os olhos e mudo de direção. — Pedro? — Ele insiste vindo logo atrás de mim. Bufo audivelmente contrariado.— Agora não, Lucian! — ralho um tanto irritadiço.Do jeito que as coisas estão indo com essa garota sinto que vou pirar o cabeção. Essa brincadeira de gato e rato com a Milla está nitidamente acabando com o meu psicológico e a dor nas minhas bolas está de enlouquecer. A filha da mãe de alguma forma mexe comigo, ela me tira da minha zona de conforto e mesmo sem saber me tem aos seus pés. Deu para perceber o esforço sobrenatural que eu tive que fazer para não a erguer no chão e sentá-la em cima daquele balcão, para tomá-la ali mesmo?— Que droga, Pedro está na hora! — Lucian retruca me fazendo parar e respirar profundam
Pedro— Você está tudo bem? — A garota pergunta tocando receosa no meu ombro. Faço um sim com a cabeça, mas a minha ereção se foi e qualquer desejo libidinoso foi-se junto com ela.— Estou — falo buscando os seus olhos. — Você precisa ir embora — aviso repentino, porém, com palpável tom seco na voz.— O que? Por quê? O que eu fiz de errado?— Você não fez nada de errado, ok? Só... Veste a sua roupa e vai em bora. — Tento me afastar, mas ela para bem na saído do cômodo me impedindo.— Clama! Respira! Que tal se eu fizesse uma massagem deliciosa...— Você é surda, garota? Eu quero que você vá embora agora! — rujo rispidamente fazendo-a sair do meu caminho.— É que... Nossa, eu sempre quis ter essa chance com você e de repente... — bufo audivelmente.— Não é um momento, k, Ana? Quem sabe na próxima? — Aponto impaciente para saída. Ela revira os olhos e começa a catar as suas roupas pelas chão.— Você tem certeza disso? Olha eu posso...— Só se manda daqui e não esquece de bater à porta q
Pedro... Bom dia, Pedro!... Bom dia!... Bom dia, Senhor Rios!Bom dia. O que há de bom nesse dia? Resmungo mentalmente mal-humorado assim que ponho os meus pés dentro da Wash Car e tudo isso por quê? Porque eu passei o pior final de semana da minha vida inteirinha. Sério, as oportunidades bateram literalmente na minha porta e eu simplesmente disse não para cada uma delas. Loiras, morenas, altas, baixas, lindas e gostosas.Eu não estou me reconhecendo!... Fala, Pedrão tem uma festa na casa da Duda e aí, bora?Minha resposta? Eu passei mais essa e o carinha do outro lado da linha não acreditou. Sério, ele pensou que era uma pegadinha. Definitivamente eu não reconheço esse personagem caseiro que vivi por dois longos e solitários dias.— Oh, vê por onde anda... Ah, Senhor Rios, me desculpe! — A moça pede um tanto acanhada após esbarrar fortemente em mim, fazendo uma chuva de documentos cair sobre a minha cabeça. Trinco o maxilar.Acho que estou perdendo a minha essência, só pode ser i