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Milla

Sinto um calor infernal envolver o meu corpo e um peso que não me permite mexer. Abro uma brecha de olho e noto que estou no meu quarto. Tento mais uma vez me mexer, mas o peso não me deixa fazer isso. Então encontro a luz do dia lá fora, o sol, apesar do inverno já está bem alto. Meus olhos correm imediatamente para o despertador em cima da mesinha do abajur, ao lado da minha cama e eu pulo bruscamente, tentando me sentar no colchão.

— Puta que pariu Milla! Quer me matar do coração? — Pedro resmunga com a voz rouca de sono ao meu lado na cama.

— Mas que merda, Pedro você ainda está aqui? — rosno baixinho, porém exasperada.

— Estou e confesso que dormir com você nessa acama minúscula é a melhor coisa dessa vida. — Ele diz com um sorriso gigante no rosto.

— Mas não foi isso que combinamos. — Volto a retrucar, saltando para fora da cama e pego um sobretudo de ceda para cobrir a minha nudez. Ele sai da cama em seguida e veste a sua cueca, depois a calça e em seguida ele me olha.

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