Laila
Estava conversando com alguns funcionários da Alcântara, quando vi o Henrique se aproximar de onde estávamos, sua postura rígida. Tive certeza de que algo tinha acontecido. Pedi licença e fui ao encontro do meu amigo, já me sentindo apreensiva.
- O que aconteceu? - Perguntei assim que estávamos próximos o suficiente.
- Por que você acha que aconteceu alguma coisa? - Ele falou, tentando sorrir de maneira descontraída, mas sem sucesso.
- Para de me enrolar e fala logo.
- Vamos até a varanda. - Ele chamou, me deixando ainda mais curiosa.
Quando estávamos distantes do salão onde estava concentrado o maior número de pessoas, ele parou e me olhou, parecendo querer me passar uma tranquilidade que nem mesmo ele parecia estar sentindo.
- Fala logo, Henrique! – Falei, quand
Nicolas- Não entendo por que a senhora convidou a Alicia Guimarães. – Questionei a minha mãe.- Você sabe que seu pai tem negócios com os Guimarães e eu não podia deixar de convidá-los. – Minha mãe justificou.- Essa garota é muito arrogante e não gosto dela nenhum pouco. – Deixei claro, mais uma vez.- Não gosto de falar das pessoas pelas costas, mas preciso concordar com você, ela é insuportável. – Minha mãe falou, fazendo uma careta ao ver que a própria estava se dirigindo até onde estávamos conversando.- Preciso saber o nome da empresa de eventos que organizou sua festa, Veronica. – Alicia falou, em seu tom de superioridade de sempre.- Você gostou, Alicia? – Minha mãe perguntou, cheia de expectativa.Todos sabia
LailaQuando o Henrique se aproximou de onde estávamos, não entendi a sua cara de irritação, mas acreditei que algo havia acontecido para que ele estivesse assim, uma vez que ele era normalmente simpático de estava sempre de bom humor.Mas então lembrei da minha mãe na festa e fiquei tensa, aguardando que ele me falasse algo, uma vez que eu ainda não a havia visto. Eu tinha até mesmo chegado a pensar que ela tinha ido embora, mas agora fiquei temerosa.- Como vai, Jonas? – Henrique cumprimentou, estendo a mão para um aperto.- Tudo bem e você? – Jonas respondeu, arqueando a sobrancelha.- Ótimo! – Apesar das palavras, ele estava com a mandíbula pressionada. – O que está achando da festa?- Estou gostando. Ainda mais agora que encontrei a minha
NicolasAcordei no dia seguinte a festa de aniversário da minha mãe me sentindo completamente indisposto. Não tinha nem mesmo vontade de ir para a empresa, porém, a recordação de que eu estava cada dia mais parecido com o Ricardo, me deu forças para me arrumar e ir me juntar a minha família à mesa de café da manhã.Iria para a construtora, nem que fosse apenas para implicar com a Helen, pensei fazendo uma careta.- Bom dia, família. - Cumprimentei ao sentar à mesa.- Bom dia. - Todos responderam ao mesmo tempo, a disposição para o início de um novo dia aparente em suas vozes, ao contrário de mim.- Marquei uma reunião do Conselho para hoje à tarde. - Meu pai avisou, fazendo com que eu me sentisse automaticamente com o ânimo renovado. - Pretendemos votar as mudanças
LailaEstava sentada em minha mesa, quando o Henrique veio até a porta que ligava a sua sala à minha, ficando parado no vão da porta, com um olhar interrogativo.Voltei a olhar para o computador, pois a vontade de rir da sua cara era muito grande e eu não queria me entregar tão facilmente. Tentei manter uma expressão séria.- Você está franzindo os lábios. – Ele comentou, ainda no mesmo lugar.- O que isso quer dizer? – Perguntei sem olhar para ele, fingindo digitar algo.- Fala logo, o que aconteceu entre você e o Nicolas? – Perguntou de forma direta. – Ainda estão vivos, pelo que posso constatar. – Brincou.- Encerramos a reunião, simples assim.Eu não estava mentindo, no fim das contas. Nós realmente encerramos a reunião, pensei de forma mal
NicolasEu não estava querendo acreditar o quanto fui idiota, ao ponto de ter casado com a Natasha, quando nem mesmo grávida ela estava! Seria o cúmulo da falta de bom senso, mas eu acredito que foi exatamente isso que aconteceu.- Você vai acabar com o tapete. - Laila falou da cadeira em que estava sentada em minha sala, de frente para a minha mesa. – Parece um animal enjaulado, andando assim, de um lado para outro.Quando a Natasha saiu há alguns minutos atrás, após soltar aquela sujeira em nosso colo, nós dois entramos em minha sala, sendo acompanhados por meu irmão.- Estou tentando me acalmar, para não tomar uma atitude precipitada. – Expliquei o meu comportamento.- Mais uma, eu diria. - Henrique fez questão de salientar, com certeza se referindo ao meu casamento precipitado. – Mas antes de entrar de verdade ne
LailaA semana após o aniversário da Veronica passou voando. Mas os dias costumavam passar rápido, quando estávamos felizes, era normal, pensei com um grande sorriso no rosto, enquanto enviava o último e-mail do dia, ansiosa pelo o final do expediente daquela sexta-feira.O Nicolas me deixaria em casa, como vinha fazendo todos os dias, não apenas ao final do expediente, mas também pela manhã, para me levar para a construtora.Nós estávamos muito felizes juntos e eu me sentia muito segura, não apenas dos seus sentimentos por mim, mas também do meu lugar ao seu lado, uma vez que ele fizera questão de deixar claro para todos, que nós estávamos juntos.Eu também havia deixado claro que agora estava mais madura, mais consciente da minha força, pois desde o primeiro dia em que fi
NicolasOlhei para a Laila ao meu lado e, ao sentir-se observada, ela olhou em minha direção, abrindo um grandioso sorriso. Nós estávamos felizes, e era visível para todos que nos cercavam.- Ansioso pelo fim do jantar. – Comentei baixinho, para que as pessoas ao nosso redor não ouvissem.- Você está muito assanhado, senhor Nicolas. – Laila respondeu, dando um leve tapa em meu braço.- Você parece uma senhora de setenta anos falando, Laila. – Henrique brincou.- Você conseguiu ouvir? – Laila perguntou, horrorizada.Não consegui me conter, e ri da sua expressão. A Laila estava sentada entre eu e o meu irmão, e acredito que apesar de ter ouvido as palavras dela, as minhas não foram ouvidas, eu tinha certeza. Caso contrário, também estaria fazendo graça sobre i
Laila Estava no banheiro do quarto do Nicolas, quando senti que a porta foi aberta. Abri os olhos, que tinha fechado, pois estava lavando os cabelos e vi que se tratava do Nicolas, como eu havia imaginado. Sorri, e me virei de costas, para continuar a minha tarefa. Presumi que ele desejava usar o banheiro, e pensei em dar maior privacidade, tanto a ele, quanto a mim mesma, uma vez que o box era de vidro transparente. Mas ele abriu a porta do box e entrou, me surpreendendo ao pegar as minhas mãos e afastá-las do meu cabelo, substituindo-as pelas suas. Ele começou a massagear meu couro cabeludo com pericia, me deixando apenas aproveitando o momento de intimidade. Quando se deu por satisfeito, ligou novamente o chuveiro, e massageou novamente, até sair toda a espuma. Repetiu o processo com o condicionador, e depois que já estava com meus cabelos completamente limpos e cheirosos, ele encostou seu corpo no m