“Martim Monterrey”Eu estava em uma situação bastante difícil, eu entendia que a Abigail e o Emiliano eram grandes amigos, mas me incomodava saber que ela tinha sentimentos por ele. Ela estava comigo, nós estávamos nos dando bem e ela estava realmente interessada em mim. Mas eu não conseguia esquecer que ela o amava e quando ele falou dos problemas que estava tendo com a Camila, o que eu senti foi medo, medo que a Abigail tivesse esperança de conquistar o Emiliano, medo de que ela desistisse do que estava acontecendo entre nós.Mas parece que ela percebeu todos os meus medos e fez o meu coração se acalmar quando me garantiu que a pulseira não sairia do seu pulso. Eu a beijei, não apenas porque eu precisava senti-la, mas porque eu queria que o Emiliano visse que ela era minha e porque eu queria saber se ela recuaria porque ele estava ali diante de nós. Ela não recuou! Ela me beijou com a mesma intensidade, com o mesmo desejo.Eu começava a me dar conta de que eu queria ser mais para a
“Letícia Oliveira”A situação não estava boa para o meu lado desde que surgiu a notícia de que o Martim se casaria com a Abigail. Mas porque aquela estúpida tinha que atravessar o meu caminho? Eu precisava dar um jeito de resolver essa situação.- Câmi, você tem que me ajudar! Como eu vou atrapalhar aqueles dois se eu não posso entrar naquela empresa? – Era a décima vez que eu pedia para a Camila me ajudar, mas aquela vaca se negava.- Letícia, minha filha, será que você ainda não entendeu que, por causa da sua idéia estúpida da tinta no casamento, o Emiliano está chateado comigo? Eu estou pisando em ovos! – Eu já estava cansada dela ficar dizendo isso. O Emiliano estava exagerando.- Mas, Camila, ela me ligou! E ela está uma fera comigo. Você sabe o que significa? Ela vai me tirar tudo, Camila, e eu não quero voltar para aquela vidinha que nós tínhamos você sabe onde, não! – Eu bati o pé. – E também eu já estou cansada de viver naquela casa com os meus pais. Desde que eu voltei, eles
“Martim Monterrey”Eu estava concentrado na tela do computador quando a Abigail entrou em minha sala bastante séria.- Tem um minutinho, Martim? – Ela parecia preocupada.- Depende, para a minha coelhinha ou para a minha insuportável? – Eu me recostei na cadeira e a encarei.- E elas não são a mesma pessoa? – Ela me olhou confusa.- Sim, mas são duas personalidades completamente diferentes. – Eu sorri. – Não sei de qual eu gosto mais.- Mas é um bobo mesmo. – Ela riu e caminhou para em minha direção, parando bem em minha frente.- Quantas, Martim? – Ela me perguntou e eu não entendi a que ela se referia.- Quantas? – Eu a olhei desconfiado. – Quantas o quê, Abi?- Quantas mulheres aqui nessa sala? – Ela perguntou e eu entendi o que ela queria saber e já fiquei preocupado.- Não vá por um caminho que não vai te deixar feliz, Abi! – Eu respondi.- Eu quero saber. Quantas? – Ela insistiu e subiu no meu colo, apoiando um joelho de cada lado do meu corpo.O seu vestido subiu o suficiente p
“Abigail Zapata Monterrey”Eu tinha ido à sala do Martim só para implicar com ele. Eu o peguei com mulheres diferentes ali algumas vezes, mas eu nunca me esqueceria da primeira vez. E eu realmente queria que ele se esquecesse de todas as mulheres que haviam estado ali.Mas o nosso momento foi interrompido pelo Emiliano com uma proposta indecorosa. E depois que o Emiliano saiu da sala do Martim, o telefone dele tocou e eu acabei voltando para a minha sala sem concluir o que eu havia ido fazer lá.Agora eu estava aqui, sentada nesse restaurante italiano, esperando a Camila, que tinha sido a autora convite, chegar. E ela estava atrasada vinte minutos.- Eu estou com fome e vou fazer o meu pedido! – Eu informei, já sentindo o mau humor da fome me pegar.- Abi, só mais um minuto, por favor? – O Emiliano pediu e eu o encarei já impaciente.- É muita falta de respeito ela se atrasar assim. E o pior é que a criatura nem trabalha, fica em casa o dia inteiro à toa. – Eu reclamei, mas esperei.-
“Martim Monterrey”No fim do dia a Camila ainda não tinha aparecido e eu estava grato por isso. Aquelas duas conseguiram acabar com o bom humor da Abigail, que não quis mais almoçar e se trancou em sua sala depois que voltamos do restaurante. Eu tentei de todas as formas fazê-la baixar a guarda, mas ela estava irredutível. Nem o lanche que eu mandei entregar abrandou o coração dela. Eu já sabia que quando ela se fechava assim, dificilmente se acalmaria.Mas eu estava preocupado, afinal nós ainda receberíamos a sua madrasta em casa à noite e essa, pelo que eu já sabia, tinha potencial para despertar a fúria da Abigail só com a sua presença.- Posso entrar? – Eu abri apenas uma fresta da porta da sala dela.- Pode. – Ela respondeu, fria e sem levantar a cabeça.- Vamos pra casa, coelhinha. – Eu chamei calmamente.- Eu vou terminar isso aqui. – Ela respondeu quase que automaticamente, parecia que nem estava ali.Eu criei coragem e me aproximei, me abaixei ao lado da sua cadeira e comecei
“Abigail Zapata Monterrey”Eu estava rindo da gracinha que o Martim fez e olhando para ele, pensando se ele estava só me fazendo rir ou se estava me fazendo uma promessa, eu abri a porta mais por um ato mecânico, mas eu ainda estava presa nos olhos brincalhões dele.- Ah, mas se eu soubesse que você ficaria tão feliz em me receber eu teria vindo antes, Abigail! – Eu ouvi a voz da Magda e o meu sorriso se fechou imediatamente. Eu simplesmente bati a porta na cara dela, por mim, que fosse embora. E o Martim riu ainda mais.- Coelhinha, você realmente bateu a porta na cara da inconveniente? – O Martim tinha um sorriso lindo quando ele sorria assim, tão leve e despreocupado, parecia que ele sorria até com os olhos.- Ah! Bati? Nem percebi! – Dei de ombros e ele esticou a mão e girou a maçaneta, abrindo a porta.Eu virei e vi de pé em minha frente a chata da Magda, o filhinho idiota dela e o Tony. Eu não estava muito feliz com o Tony por me fazer receber essa mulher e achava bom que essa v
“Martim Monterrey”Eu estava achando que havia me preocupado à toa, a Abigail sabia lidar com as cobras muito bem. A forma debochada e direta com que ela tratava a madrasta e o filho era divertida, deixando claro que não os suportava e que eles estavam incomodando. Mas ela estava cutucando a fera e eu talvez precisasse ficar atento para protegê-la. Essa tal Magda realmente não era boa coisa.- Senta, mamãe, pensa na herança. – O tal de Enrico falou no ouvido da mãe, mas todos nós ouvimos muito bem.- Muito bem, vamos ver quantos absurdos eu terei que suportar. – A Magda limpou a garganta e se sentou engolindo o desaforo.- Não é nenhum absurdo, Magda! Não seja dramática. – O Tony chamou sua atenção. – Vou lembrar aos quatro que o juiz concordou com esse termo de condutas que deverá ser seguido por vocês. Vamos lá, primeira coisa, a Magda e o Enrico vão dividir o quarto.- Isso é alguma piada? Olha o tamanho dessa casa, com certeza tem mais de dois quartos aqui. – A Magda reclamou.- A
“Abigail Zapata Monterrey”Eu ainda estava me deliciando com a diversão que o Martim me proporcionou. Eu não sabia do que tinha gostado mais, do acordo, das câmeras ou dos meus cunhados aqui conosco, porque conhecendo a Pilar, a Magda iria se arrepender dessa ideiazinha estapafúrdia de vir me atormentar.- Ai, Martim, você merece um prêmio! – Eu pulei em seu colo e passei minhas pernas pela sua cintura quando ele trancou a porta do nosso quarto.- Mereço é? – Ele me olhou de um jeito safado, como se já soubesse o que pedir.- Merece. Eu jamais teria pensado em tudo isso! Sinceramente, quando você quer ser mau você é ótimo! – Eu olhei para ele animada.Ele me segurava em seu colo e tinha um sorriso sedutor.- Qualquer coisa por você, coelhinha. – Ele me beijou rapidamente e caminhou comigo até a cama, se sentando e me mantendo presa a ele. – Não se esqueça que temos que falar baixo. – Ele sussurrava em meu ouvido. – Me desculpe por trazer os meus irmãos sem te avisar.- Está brincando?