FELICIANO NARRANDO. Mal volto a Palermo e o meu pai me faz voltar a casa do Marco Bonanno, ele é o diabo em forma de gente. Um homem que no lugar do coração tem um iceberg. Por conta dele, anos atrás o meu irmão mais velho perdeu um braço, isso porque foi acusado injustamente de traição. Ele começou aos poucos, tirando unhas, depois dedo por dedo e quando enfim decepou o braço do meu irmão chegou um dos seus soldados com a prova de que ele não tinha culpa. Meu irmão ficou 1 mês na uti entre a vida e a morte, mas enfim superou e hoje está livre desse nojo. Mas meu pai se diz muito devedor dele, então o que eu posso fazer se “mio padre” me pede para substituir o guarda costa da mulher dele por um mês. Todos sabem da minha fama de bom protetor, fiz vários cursos, fui guarda costas de várias pessoas famosas, mas não gosto de ficar em um só lugar. Vim para visitar a minha família e acabei caindo em uma armadilha. Fui a casa dele, aceitei tudo e no dia combinado chego cedo e sou c
ANA NARRANDO Estou achando o Marco tão estranho, misterioso, parece guardar segredos. Vi esses dias um envelope de uma clínica em cima da sua mesa no seu escritório, mas ele rapidamente pegou e guardou, será que ele está doente e não quer me contar. Estou aqui na piscina tomando um sol e o Feliciano encontra-se quase na minha frente parado feito um dois de paus, enfim só em pensar nesse nome pau e lembra do dele o meio das minhas pernas aquece. Passaram-se cerca de 4 semanas após aquele dia e não tem nada do que aconteceu sai da minha cabeça. Sinto uma saudade daquele corpo no meu, das suas mãos enormes a me pegar, me tocando e quase me virando ao avesso. Que noite foi aquela? Às vezes me dá vontade de jogar tudo para o alto, mas sei que não iria muito longe. Nascer no meio da máfia para muitos principalmente homens pode até ser um privilégio, pois o poder para alguns é fonte de prazer, mas para nós mulheres é um ônus muito grande a ser cobrado. Só nos resta aceitar tudo isso e
ANA NARRANDO Estou achando o Marco tão estranho, misterioso, parece guardar segredos. Vi esses dias um envelope de uma clínica em cima da sua mesa no seu escritório, mas ele rapidamente pegou e guardou, será que ele está doente e não quer me contar. Estou aqui na piscina tomando um sol e o Feliciano encontra-se quase na minha frente parado feito um dois de paus, enfim só em pensar nesse nome pau e lembra do dele o meio das minhas pernas aquece. Passaram-se cerca de 4 semanas após aquele dia e não tem nada do que aconteceu sai da minha cabeça. Sinto uma saudade daquele corpo no meu, das suas mãos enormes a me pegar, me tocando e quase me virando ao avesso. Que noite foi aquela? Às vezes me dá vontade de jogar tudo para o alto, mas sei que não iria muito longe. Nascer no meio da máfia para muitos principalmente homens pode até ser um privilégio, pois o poder para alguns é fonte de prazer, mas para nós mulheres é um ônus muito grande a ser cobrado. Só nos resta aceitar tudo isso e
FELICIANO NARRANDO Estava no meu posto quando fui chamado por dona Ângela, que a Ana queria falar comigo. Era bem difícil para mim depois daquele dia na cabana olhar para ela e não lembrar daquele corpo no meu. Pqp que mulher gostosa, não posso negar que cada vez que a vejo o meu pau fica querendo dar sinal e ela na piscina então é uma tentação dos diabos. Fui chamado para ir à farmácia comprar testes de gravidez, sério que ela está com suspeita de gravidez desse demônio? As minhas esperanças foram para o espaço. Sei que eu não tinha o direito de me apaixonar por ela, mas às vezes não se tem o que fazer. Entreguei à dona Ângela os testes e fui para o meu posto. Não demora muito e escuto o meu nome ser chamando aos gritos e corro para dentro da casa encontro a Ana desacordado nos braços de dona Ângela, a pego no colo e levo para o sofá e ela vai acordando. Ela então fala-me umas coisas quando pede para dona Ângela sair e em seguida diz que precisamos conversar, e o tom da voz d
ANA NARRANDO. Nem acredito que tive que sair da minha casa escondida no porta mala do carro, mas ou era isso, ou era arriscar a nossa vida de cara. Quando eu poderia imaginar que aquela transa poderia resultar em uma gravidez e para piorar o meu marido infértil? Mas tudo bem, não posso negar que mesmo com toda a adrenalina que passa nas minhas veias nesse momento eu estou amando a ideia agora de ser mãe. Depois de um certo tempo eu sinto o carro parar, o Feliciano abre então o porta malas e eu saí de lá. O carro tinha uma película bem escura que nos ajudava. A viagem foi entre o descanso e a ansiedade. Abandonamos o carro do Marco pelo caminho. Dormimos em um pequeno hotel. Na madrugada, pude sentir todo o amor dele em meu corpo e coração e aquilo foi fundamental para eu ter a certeza que o amava. Foi naquele dia que percebi que tudo valeria a pena. Sempre tive tudo o que quis da vida, mas já nasci com um destino traçado e aquilo me deixou desanimada com a vida. Des
MARCO BONANNO NARRANDO Chamo-me Marco Bonanno, sou o chefe da Máfia Constantine. Aprendi muito cedo a ser um homem implacável, nesse nosso negócio não existe espaço para homens fracos, então o meu pai me criou para ser o seu sucessor e com isso os ensinamentos dele foi o mais rígido possível, eu não poderia falhar caso contrário seria duramente castigado. Morei algum tempo em Roma e nessa época me formei para gerenciar melhor toda a fortuna que tínhamos. Fui prometido a Ana Marchetti, ela era 3 anos mais nova que eu e segundo se falava ela era linda. Na verdade eu não me apego a esse tipo de coisa, não estou casado por amor, mas para fazer negócios e constituir uma família e foi com isso em mente que segui. Voltaria para assumir a organização e casar. Volto para casa depois de 4 anos, já formado. Não posso negar que esse tempo longe aproveitei um pouco a vida, mas sem exageros afinal o meu pai não queria escândalos e eu jamais poderia desapontá-lo. Conheci a Ana pouco
ANA NARRANDO. Quando derrubaram a porta do andar de baixo, eu e Feliciano nos olhamos, nós já sabíamos o que estava por vir. — Juntos até o fim. — Ele fala me olhando parecendo haver dor em seu olhar. Por incrível que pareça eu não estava com medo do que estava para acontecer, o meu coração estava aliviado por Eliza não estar mais aqui e isso era o que mais importava para nós dois. — Eu te amo para sempre. — Respondo com os olhos marejados de lágrimas, por fim damos um beijo que poderia ser o nosso último. — Que coisa linda. — Marco entra no quarto batendo palmas. Feliciano e eu ficamos de pé, um ao lado do outro, de mãos dadas, o meu coração saltava em pulos e o medo tomava o meu corpo. — Então você trocou a vida de luxo que eu te dava por isso aqui, por tão pouco? — Marco fala e olha a casa com nojo e em seus olhos eu via ódio. — Não demore para fazer o que veio fazer Marco, nós já sabemos qual será o nosso fim, então não se demore e acabe logo com essa tortura
ELIZA PEREZ NARRANDO. Nem acredito que enfim acabei a minha residência, foram 9 longos anos entre a graduação em medicina e a residência em cirurgia geral. Estou extremamente feliz porque já fui selecionada para trabalhar em um dos maiores hospitais de Barcelona, cidade em que eu abracei como minha. Minha vida eu considero em parte como uma incógnita, fui levada por pela missionária Rose para um convento, e lá por ter ido muito novinha resolveram não me colocar para adoção porque acabei sendo adotada por todas as freiras, por sinal as quais amo de paixão. Cresci cercada de muito amor, mas quando eu tinha 18 anos a madre me chamou e falou que tinha algo a me contar. Fico lembrando do dia que isso aconteceu. Início flashback Bato a porta depois de ter recebido um recado para procurar a madre Maria Dolores que eu chamava carinhosamente de Tia Dodo — Pode entrar - Ela fala e eu abro a porta e ponto o meu rosto para ela me vê. — A senhora quer falar comigo? — Sim me