MARCO NARRANDO — ALGUNS DIAS DEPOIS DA MORTE DE ANA. Eu não me arrependi de ter matado Ana, aliás eu faria quantas vezes fosse preciso, ela me traiu e eu amava aquela desgraçada. Sentado aqui na cadeira do escritório, bebendo a minha terceira dose de whisky eu lembro de como matei os dois, ela sofreu em me ver matando o seu amado. Por mais que eu fosse um homem frio, eu a amava. Mais é claro que eu poderia ter feito ela gerar um filho, eu tinha chance, mesmo que poucas, eu me dispus a fazer um tratamento e mesmo assim ela não foi fiel a mim. Ainda me lembro do choro e do sofrimento dela, mas mesmo assim eu só conseguiria me dar por satisfeito quando a minha vingança tivesse 100% concluída apesar do amor por ela, a minha cede de vingança era o que me aumentava, não o amor.. ANOS DEPOIS.. Tantos anos depois e eu ainda não consegui esquecer o mal que Ana me causou, eu tive diversas pistas sobre a sua filha Eliza mais eram todas falsas. A minha guerra com o Fernando, nã
ELIZA NARRANDO. Meu Deus, eu grito e o carro freia em cima de mim. Fecho os olhos e o motorista desce Moça você está bem? Mas pelo amor de Deus vou não olhou o sinal vermelho? Sorte sua que vinha devagar. — Perdão moço, eu não vi. - olha para frente na direção que achei que vi o Tom, mas não vejo mais ninguém. Meu coração tá na boca, foi por muito pouco. — Quer ajuda?. - Poxa bem atencioso, coisa tão difícil hoje em dia. O trânsito é sempre tão caótico e as pessoas muitas vezes atropelam e se quer, param pra socorrer. — Não obrigada, eu trabalho aqui nesse hospital. Vou entrar e tomar uma água — Ok então. Bom dia. - Ele sai e volto a minha visão para o local e nada da pessoa. Volto para meu consultório e (nome da secretaria) está entretida no computador. —Tá TD bem dra Eliza? —Quase fui atropelada. Por muito pouco. — Muitas pessoas hoje em dia estão cada vez mais imprudentes no trânsito. — Mas não foi culpa dele, foi minha mesma. Fui atravessar rá
TOM NARRANDO. Não posso mentir que estar dentro desse avião, saindo da Espanha me causa um certo alívio pelo acidente em si, mas algo parece que me prendeu aqui, e eu não consigo explicar. Encosto a cabeça no banco do avião e fecho os meus olhos para tentar pegar no sono. Quando o avião pousou, eu respiro fundo o ar da minha cidade, que saudade... O motorista já estava nos esperando, ele pegou as poucas malas que tinha e colocou no porta malas, fomos em silêncio no carro até chegar em casa, quando chegamos lá a minha mãe estava na sala, quando me viu ela levantou e veio na minha direção. — Meu filho. — Ela fala e abraça forte e para mim é o melhor abraço do mundo, parece que cabe o mundo nele. — Oi mãe. — Eu respondo braço dela causa-me dor devido à dor. — O que aconteceu com você? O que são esses machucados? — Ela fala passando a mão pelo meu rosto, sem entender nada, porque poupamos ela de saber de tudo, afinal eu e ela somos muito ligados e sou filho único. Eu
ELIZA NARRANDO — Olá Dra, quanto honra receber a sua ligação. - Aquela voz sempre me rouba o ar e eu preciso evitar isso. Ele não merece qualquer tipo de sentimento que eu possa estar sentindo, mesmo que não seja o gostar em si, que seja apenas uma atração, ele não merece isso pelo homem que ele é. — Ola Tom, bom eu estou te ligando por um motivo muito simples, mas bem sério. - Antes que eu continue ele me interrompe. — Ah, já imagino o porquê. - Acho que vou me arrepender disso, mas assim mesmo irei fazer a pergunta. — Porque então acha que eu estou te ligando?. - Fico quieta só esperando vir dele a empáfia que ele ostenta com muita propriedade. E isso infla o seu ego de tal forma que tem momentos que acho que ele se sente um verdadeiro pavão, se acha todo de tudo. — Deve ser por dois motivos, o primeiro é que você deve está ligando para agradecer o pequeno presente que eu te deixei, o segundo eu acho que no fundo você deve está com saudades. - E ele dá um sorriso
TOM NARRANDO Sério que a Eliza está me ligando? sabia, eu não passaria imune a ela, ela fez aquele tipinho marrenta, mas no fundo ela viu que sou demais para ela, mas até que para uma boa foda ela serve, porque vamos combinar ela é simplesmente linda. Atenda a ligação e solto umas gracinhas, mas ela parece que não está sujeita a conversar. Simplesmente barra as minhas falas e me atropela todas as vezes que eu quero falar e não dando por satisfeita, ela simplesmente DESLIGA NA MINHA CARA! QUEM ESSA MULHER PENSA QUE É PARA DESLIGAR NA CARA DE TOM DENARO. Pego o telefone e jogo na parede derrubando tudo no chão da sala que estava na minha mesa. A minha secretária entra na com uma cara preocupada. — Dr Tom, o senhor está bem? - Eu estava andando de um lado para o outro na sala colocando as mãos no rosto sem acreditar que uma mulher fez isso comigo. Nunca nehuma teve a ousadia de fazer comigo. — O que você faz aqui? por acaso chamei você. Falei alto com ela, afinal não mand
DON FERNANDO NARRANDO. Eu convivia com o passado dentro de mim, aquele maldito espalhou pelos quatro cantos da cidade a forma que a matou, mesmo ela casada com ele, sim ainda nutria os mesmos sentimentos da juventude. E por mais que eu convivesse tranquilamente com a Márcia, a qual tenho muita admiração e respeito pela família que criamos juntos, mas o meu coração sempre teve apenas uma dona e essa dona era a Ana Costello Bonanno. Mas só em lembrar que ela carregava o sobrenome desse maldito o dia já me deixa bem estressado. Preciso trabalhar e deixar de pensar nessas coisas. Mas uma coisa não me agrada, soube que ele anda à caça da filha dela, e segundo se fala ele quer matá-la, porque ela é a prova da sua traição. Espero que ele nunca a encontre. Bom, estou pronto para uma reunião com os outros chefes da Máfia, tínhamos uma nova missão e iríamos trazer para a cidade um novo pó chamado Ouro branco. Isso vai nos render mais dinheiro do que eu imaginava. Saí do meu escr
ELIZA NARRANDO. Depois do meu desabafo ao telefone com aquele idiota me sentir muito melhor, mas ao mesmo tempo alguma coisa não me fazia bem nesse sentido. Confesso que Tom Denaro é o tipo de homem que eu mais abomino nessa vida, mas não vou negar que ele me atrai aquele inferno de homem. E não eu não posso pensar em me apaixonar por uma pessoa assim. Estou aqui no laboratório olhando para a minha tese que eu acabei de mandar encadernar. Nem acreditando que daqui a 2 dias eu estarei defendendo o meu tão sonhado doutorado. Estou sozinha perdida em pensamentos quando o meu orientador chega. — Preocupada com a defesa Dra Eliza. meio que levo um susto quando ele chega de fininho perto de mim. — Não Dr. Lenzi, estou pensando na grandeza desse sonho. O senhor sabe da minha luta entre as residências e o doutorado. — Sei sim minha filha, foi muita luta, afinal você escolheu duas profissões que exigem demais da gente. — Verdade, mas eu não me arrependo de nada, de não sair p
TOM E ELIZA NARRANDO. Depois do que aconteceu com o meu pai eu não tive mais coragem de viajar, pedi a Antonella que ligasse para Barcelona que eu só iria viajar daqui a dois dias. Volto para o escritório e passo o dia em reuniões ‘online’ com as pessoas de New York . O meu dia foi muito corrido, não tive tempo para nada, depois o meu pai vai para a minha sala e em seguida fomos para sala de reuniões traçarmos planos com o pessoal da segurança, para tentarmos achar quem fez essa emboscada com ele, não tínhamos ideia. No fundo, eles pareciam querer dar um aviso, mas aviso de quê? O que pensei é que eles poderiam dizer que estamos muito vulneráveis e que a qualquer momento o aviso poderia ser um ataque em massa e não sobrar ninguém. Passamos boa parte da tarde e início da noite nisso. Voltei para casa com meu pai. De repente lembrei que não avisei a Eliza que não poderia ir. Vou deixar uma mensagem., ah quer saber, daqui a dois dias eu chego lá e falo com ela, não tenh