ROMEU NARRANDO Quanta gente incompetente eu juntei, puta que pariu e agora o que eu vou fazer se eles começarem a juntar as peças? Acabei de sair do velório da Márcia Denaro, e que delícia vê o Fernando sofrendo daquele jeito, isso é para ele nunca mais me fazer de besta, mas ainda vai ter mais, basta eu não ser pego. De repente o meu celular toca e quando vejo é o Joaquim. — Oi Joaquim, o que me conta?? — Chefe o cerco está apertando, segundo algumas informações pegaram o Tomás e um policial. - Porra, e agora? só me resta sair daqui. — E você acha que eles vão abrir a boca? - Pergunto apreensivo — O policial não sabia quem era o senhor, mas o Tomás sabe, ele me falou que jamais iria abrir a boca, mas nunca se sabe chefe, esse povo se vende por pouco. — Mas ele não vai se vender seu idiota, ele jamais sairá vivo de lá Fernando e o Tom, nunca que vão deixar. Mataram a esposa e a mãe. Por muito menos eles fazem um estrago imagina com a esposa. — O senhor sabia que
FERNANDO NARRANDO Ver meu filho sofrendo desse jeito tem me deixado muito ruim, são muitas sensações experimentadas em tão pouco tempo. A primeira e bem dolorosa foi a morte da Márcia, ela não merecia morrer daquele jeito e mais ainda morrer por causa de um doente invejoso. Saber que esse tempo todo ela estava doente e nós não conseguimos observar isso foi um tiro no meu peito. Qual o meu sentido então nessa família? Era a minha obrigação prezar pelo bem estar de todos, no entanto por muito tempo eu vivia envolta da minha dor e não via o sofrimento dela que no fundo me pedia socorro e eu só achava que ela fazia birra. Ver o Tom chorar daquele jeito e se lamentar por tudo me contava o coração, queria muito tirar aquela dor do meu filho e passar tudo para mim, ele é a força que me mantém de pé e por ele eu mato e morro, e sim Márcia vai em paz, porque cuidarei dele como você sempre cuidou você sempre foi uma mãe que se doou muito. A volta a me unir ao Marco posso dizer
PAOLA NARRANDO Não foi fácil abdicar do que tanto amo fazer. Mas não estava sendo bom para mim encontrar o Fernando quase todo dia, porque ele sempre vai ao hospital. Foram anos nutrindo esse amor, quando eu pensei que poderia enfim esquecê-lo com alguém aconteceu aquela desgraça toda onde quase morro e sofri demais. Passei muito tempo até encontrar o Renato, amei o Fernando desde sempre. O Renato morreu e vim cair nas redes do Fernando novamente e isso só ferrou comigo, eu precisava me afastar um pouco. Chego em casa para contar a meus pais. — Oi filha, já em casa? - a minha mãe fala achando estranho porque eu a essa hora sempre estaria no hospital. Dou um beijo nela e no meu pai e sento. — Então, eu resolvi sair de lá. - Eles me olham surpresos. — Mas como filha, você ama aquilo ali. — É pai, mas eu quero ficar um pouco sozinha, quero tirar umas férias e vou para Paris para casa da Tia Rose. — Tudo bem amor, quando você pretende ir? — Daqui a dois dias.
TOM NARRANDO. Esses dias tem sido temerosos na minha vida, eu confesso que se não fosse a Liza eu teria desabado mais do que eu já estou. Perder a minha mãe foi e está sendo uma dor tão imensa que eu não consigo suportar sozinho. O meu pai e ela têm sido fundamentais. A Liza vem se tornando uma mulher tão madura nas suas posições em como agem diante de situações tão difíceis. Ela quando tudo aconteceu não perdeu a fé que eu ia acreditar, sei que por momentos eu pisei em falso e acabei duvidando, até o meu pai me dá um choque de realidade. Tudo que veio subsequentemente foi foda, a descoberta de tudo que envolveu o assassinato dela, está me doendo até agora, porque é uma pessoa do nosso convívio, é uma pessoa que estava acima de qualquer suspeita e agiu por ganância eu acho, Aida precisamos descobrir o porque disso tudo. Hoje a Liza descobriu que o Marco é o pai dela, que reviravolta foi essa? de caçador ele foi caçado, porque está totalmente rendido à luz que ela ema
MARTINA NARRANDO Incrível, passei a vida toda sob a sombra de uma mulher, não posso negar que em dados momentos a odiava, porque a sua “presença” no fundo ainda se fazia presente. Meu casamento era um fracasso contínuo, meu marido só me olhava quando estava na cama. Fora isso eu me sentia como móvel de uma sala que era inerte, muitas vezes ninguém notava. Mas não fiz esse sentimento ruim pela Ana algo que fosse o centro da minha . Era difícil eu tomar a atenção dele para mim, a não ser que o assunto fosse o Vittorio e ao Francesco, então aconteceu um milagre, ele me levou para Milão e o encontro com a Eliza fez surgir um novo homem, um homem atencioso, melhor pai, isso ele sempre foi, mas ele nunca parava para escutar os filhos e hoje em dia não, ele consegue escutar os dois, um amante incrível, eu nao sei como mas a paixão que sempre nutri por ele reacendeu com uma força maior que eu, e hoje estamos muito felizes. A possibilidade que a Eliza fosse sua filha começou a faz
ROMEU NARRANDO As horas se passavam e eu não estava aguentando ficar aqui nessa agonia . Mas soube que tanto os homens de Fernando quanto o de Marco estão atrás de mim. O Joaquim teve que ficar também escondido. Eu não liguei mais para a minha mulher nem filhas, só deixei mensagens para Beatrice. Escuto barulho, vou lá olhar e vejo o Joaquim chegar sozinho. — Oi chefe as coisas pelas fazendas e o resto dos negócios estão bem complicados, tem muita gente nos vigiando. Soube que eles não vão sossegar enquanto não pegar o senhor. — A nossa fuga só será possível quando matarmos a Eliza, e aí eles estarão chorando a dor da perda dela e aí sim, nós aproveitamos e fugimos. — Mas o senhor acha mesmo que eles vão deixar isso barato? — O senhor , não tem medo que eles peguem a sua esposa e suas filhas? — Você quer mesmo saber? A Sofia tanto faz é uma mosca morta essa minha filha mais nova, sinto muito pela minha esposa, essa eu vou sentir muita falta, mas a Beatrice, pode par
ELIZA NARRANDO Então o DNA foi confirmatório? Eu sou filha dele. Havia essa dúvida a muito tempo na minha cabeça, mas eu nunca ousava pensar, eu preferia acreditar que o exame que a minha mãe achou dele que falava que ele possivelmente era estéril era mais fácil de acreditar. Ela tinha muito dessas dúvidas principalmente depois que eu nasci. pego a carta dela, que é uma das últimas, eu tinha acabado de nascer. Início do Flashback Ai filha, você enfim está em meus braços. Nasceu há cerca de 10 dias e apesar de todo o trabalho que cerca a maternidade é muito gratificante. Agora todos os cuidados redobram, agora mais do que nunca vou precisar otimizar meu tempo para poder te entregar o meu melhor. Não é fácil ser mãe, dona de casa e esposa, isso requer muito de você. Tempo, jogo de cintura, foco, organização.É uma demanda que eu ainda estou tentando fazer da melhor maneira, e isso porque eu não trabalho fora. Mas sabe filha, isso depende muito com quem casamos, o Felician
FERNANDO NARRANDO As sensações que venho sentindo depois de ontem são impressionantes, eu nunca pude beijar de fato amando alguém. E que sensação maravilhosa tem sido isso, saber que ela também sente o mesmo. Só tenho medo do meu filho, se ele não aceitar vou ficar muito triste, mas eu não vou abrir mão dela, eu não vou fazer isso, ele tem a vida dele com alguém que ama muito. Então ele não tem esse direito, eu vou ter uma conversa séria com ele. Até porque teve um dia que ele veio até mim e me falou umas coisas que levam a crer que ele vai aceitar. Essa conversa nem tem muito tempo, foi até antes dele conhecer a Liza. Início de Flashback — Oi pai, posso falar com você. - Eu tinha brigado com a Márcia. — Filho essa minha discussão com a sua mãe não foi nada agradável então por favor podemos conversar em um outro momento? — Posso te perguntar uma coisa, pai? — Pode filho.- Eu estava até apreensivo quanto a pergunta. — Caso não fossemos da máfia você já teria