Nathan narrando.— O que foi? – Perguntei, fazendo carinho nela.— Como isso poderia dar certo, o que vai ser…?Coloquei os meus dedos nos seus lábios, impedindo que ela continuasse a falar.— Para de pensar nessas coisas, só vive o momento comigo. Eu estou aqui por você, para você e com você, não importa o que aconteça. Só te peço que confie em mim.Ela me olhava de maneira melancólica enquanto me escutava, mas acenou com a cabeça positivamente e me abraçou, suspirando. Apertei o seu corpo contra o meu e afaguei seus cabelos. Ela se desfez do abraço, saindo de cima de mim devagar e sentando ao meu lado.— Tenho que ir, pode chegar alguém e me pegar aqui com você. – Ela disse, parecendo preocupada.— Eu não me importo. Eu estou com a única pessoa que eu gostaria que sentisse a minha falta. E, a essa altura, creio que ninguém mais vai chegar em casa. – Respondi, enquanto olhava as horas no meu relógio.Ela arqueou as sobrancelhas, fazendo cara de deboche.— Ah, é!? E se, de repen
Viktor narrando Eu deixei a Anna no hospital e fui o mais rápido que pude para a sede da organização, quanto antes eu conseguisse todas as informações que precisava, melhor. Minha mente não estava funcionando direito. Eu estava confuso e com muita raiva ao mesmo tempo. Nada fazia sentido, muito menos a desconfiança da melhor amiga da Anna. Eu confesso que, ultimamente, percebi algumas atitudes estranhas por parte da Tânia, mas pensava que fosse algo relacionado ao meu irmão e o relacionamento deles, não que ela seria uma possível ajudante da Stela. O problema agora é como a Anna vai receber mais essa informação, já que elas se conhecem desde sempre. Espero, do fundo do coração, que ela acredite em mim, porque não vou mais permitir que essa mulher entre na minha casa, muito menos que se aproxime dos meus filhos. Assim que entrei no meu escritório, interfonei para a secretária e pedi que localizasse o Stevan e os agentes que seriam escalados para a busca da Stela e para a proteçã
Anna narrando:Depois de um longo tempo cuidando do Eduardo, ele finalmente dormiu. O garotinho acabou de nascer e está sofrendo com cólicas. Eu sofro junto com ele. Nunca imaginei que choraria de desespero por ver meu bebê com dor.Coloquei-o no berço ao lado da minha cama, sentei-me e apoiei as costas no travesseiro. Fiquei alguns minutos sozinha, chorando e tentando organizar minha mente, que estava uma completa bagunça com tantas informações, até que me dei conta de que não estava mais sozinha.Viktor sentou-se ao meu lado e, sem dizer nada, me olhava com um semblante preocupado. Logo que percebi, sequei as lágrimas e encostei a cabeça na cabeceira da cama.— Tudo bem com você? — Viktor perguntou, ainda me fitando.— Hm-hum… — murmurei.— Não parece… — Ele abaixou a cabeça. — Tudo o que eu menos queria neste momento era te trazer problemas, princesa.— Faz parte… — Sorri, sem graça. — Nunca vamos ter paz. Quando não é alguém tentando nos matar, é alguém prejudicando quem amamos. J
Stela Narrando.Estou cansada de ficar trancada nessa casa sem sequer conseguir ver a luz do sol. A única pessoa com quem tenho para conversar de vez em quando é a imbecil da Tânia. Ela sempre vem aqui para trazer algo de que preciso ou para me contar como andam as investigações do Viktor para tentar descobrir onde estou.Eu sempre disse que, se um dia me escondesse, ele jamais me encontraria, e agora ele está sentindo na pele o que eu disse.O único dia em que consegui sair daqui foi quando me envolvi no acidente e, por pouco, não consegui fugir. Aquele pau-mandado que o Viktor contratou é muito bom e quase chegou até mim.Venho recebendo algumas mensagens e aposto que tem dedo do meu pai nisso. Ele quer me encontrar a qualquer custo, e eu não sei o que fazer para convencê-lo a mudar de ideia.9:00 da manhã. A porta se abriu. Claro, era a Tânia… mas ela não estava sozinha. Ouvi uma voz e, quando me levantei e enxerguei direito, percebi que minha mãe tinha chegado. Por um momento, fiq
Tânia narrando.A minha vida estava uma completa loucura, minha cabeça mais bagunçada do que a vida de um cego, e minha mente só pensava se eu realmente fiz certo em aceitar a proposta de ajudar a Stela ou se estava agindo errado. Eu ainda tinha um namorado, mas não sabia quanto tempo isso iria durar.Talvez eu devesse me desligar dos meus sentimentos e fazer as coisas do jeito que meu pai quer… Ele quer a máfia, e eu tenho o poder para ajudá-lo a conseguir isso.A primeira coisa que preciso fazer agora é terminar tudo com o Nathan, mesmo que seja por telefone, porque a essa altura, aposto que todos já tenham ligado os fatos e saibam que estou ajudando a Stela nos planos dela.Eu realmente gosto do Nathan, mas estou disposta a abrir mão disso para ver meu pai feliz e garantir que ele não morra, já que ele é um traidor e está tão ameaçado quanto eu e a Stela.– Merda… – resmunguei para mim mesma, tirando o celular do bolso logo que saí da casa onde a Stela estava escondida.Disquei o n
Viktor narrando.Um mês se passou desde o dia em que falei com o desgraçado do Arthuro Carroma. Ele ficou de me ajudar, mas até hoje não apareceu… Liguei algumas vezes para tentar descobrir o que estava acontecendo, mas sem sucesso…Estávamos bastante tensos com tudo o que estava acontecendo. Algumas vezes consegui perseguir a Stela, mas a desgraçada sempre escapava de mim antes que eu conseguisse chegar perto.Para relaxar um pouco, resolvi trazer a Anna para um hotel. Precisávamos de um tempo só nosso, agora que o período de recuperação do parto havia terminado. Deixamos as crianças com a Rosa, e Nathaly e meu irmão ficaram de passar por lá para ajudar. Quis fazer uma surpresa, já que ela estava tão tensa quanto eu.Eu estava louco para tê-la nos meus braços de novo.Dentro do carro, Anna percebeu que não estávamos indo para casa. Ela me perguntou para onde eu a estava levando e eu respondi que íamos para um hotel.Ela começou a rir e em seguida disse que não poderia ir porque estav
Viktor narrando.Eu desliguei o celular muito irritado. Queria contar para Anna o que estava acontecendo, mas sabia que não era o momento. Ela ia querer se vingar, e com a cabeça quente ninguém consegue fazer nada direito, falo por experiência própria.Eu faria o que fosse necessário para recuperar o controle da máfia e acabar com todos os traidores que tentassem nos prejudicar a partir de agora.Deitei na cama com Anna. Eu estava muito puto com tudo o que estava acontecendo, mas precisava descansar e clarear a mente.— Está mais calmo? — Ela perguntou, me abraçando.— Não muito… mas eu preciso tentar ficar, senão vou acabar fazendo besteira. — Respondi, retribuindo o abraço.— Quero que você pense bem nas coisas… Você tem chance de mudar tudo isso. — Ela falou, acariciando meu rosto.— Eu sei disso… Só que não consigo dormir. — Suspirei. — Está sendo um baque atrás do outro e preciso me manter firme para fazer a coisa certa e capturar a Stela, assim como fizeram com o homem que estav
Viktor narrando.— Cadê o traidor? — Falei descendo do carro.— Tá preso, chefe. Quando chegamos aqui, ele desconfiou e quis fugir, mas eu tive que dar uma chave de braço nele e prendi numa cadeira. — Um dos homens falou rindo. — Vê lá, chefe, ele tá se cagando de dor com o braço quebrado.— Agora é que ele vai sentir dor. Traidor não tem segunda chance na máfia, e esse vai sofrer mais do que o meu sogro sofreu com o ataque na casa dele, que com certeza foi comandado por ele. — Falei sorrindo, enquanto pegava a mala de tortura e jogava para o Raul. Os outros homens foram buscar o desgraçado.Eles trouxeram o traidor preso à cadeira, e ele gritava como um covarde, implorando para ser solto.— Viktor, que porra tá acontecendo? — Ele perguntou, apavorado.— O que tá acontecendo? Você está me perguntando o que tá acontecendo, seu desgraçado? — Me aproximei e dei um soco na boca dele, fazendo-o cuspir sangue.— Que merda, garoto, você pegou o cara errado. — Ele disse, tentando limpar a boc