Mundo de ficçãoIniciar sessão
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Capítulo 42/ Ele está bem.
Anna Narrando Meus olhos estavam perdidos no meio daquele carro pegando fogo. Para mim, tudo estava em câmera lenta e tudo ao meu redor era um borrão. A única coisa que eu conseguia ouvir eram meus gritos desesperados por Viktor. Eu não conseguia mais me manter em pé, meus olhos ardiam, e os machucados no meu corpo não tinham importância. Tudo o que eu queria e precisava era ver Viktor bem, ouvir sua voz e receber aquele abraço caloroso que sempre me fazia perder o chão. Aplicaram algo no meu braço, e em segundos eu estava no chão, sem reação alguma, sem conseguir falar, como se tivesse entrado em um universo paralelo, onde eu não conseguia sequer sentir meu corpo. Me colocaram em uma maca, em seguida colocaram uma máscara de oxigênio no meu rosto. Eu mal lembrava que havia inalado fumaça, estava completamente desnorteada com tudo o que acontecia. A única coisa que eu queria no momento era ter meu marido ao meu lado. Devo ter apagado por pelo menos duas horas, ou mais, não sei ao
Capítulo 43/ Estou ferrada.
Tânia narrando Eu sempre gostei muito da Anna. Nós duas somos inseparáveis, e tudo o que posso fazer por ela, faço sem medir esforços. Quando ela me chamou para acompanhá-la ao Brasil, onde iria jogar as cinzas da avó, eu sabia que ela precisava de apoio, e claro, eu iria. Tudo aconteceu muito rápido. Ela decidiu no mesmo dia, mas antes de me encontrar no aeroporto, recebi uma ligação bastante preocupada do Carlos. Ele também era meu amigo, e eu sempre torci pelo relacionamento deles, mesmo sabendo que não seria fácil. Eu queria o melhor para a minha amiga, e se era isso que ela queria, eu apoiaria sem hesitar. Carlos estava um pouco bagunçado emocionalmente, especialmente após o casamento da Anna, que ele jurava não acontecer por acreditar que ela ainda o amava. Isso o deixou muito mal. Sempre que eu podia, eu estava com ele para dar apoio, mas eu não era a Anna. Tudo o que ele queria era pelo menos uma chance com ela de novo. Quando vi Viktor entrando no avião, senti vontade d
Capítulo 44/ Quem está por trás do acidente?
Raul Narrando Eu e a Vitória estávamos nas nuvens, felizes com o casamento e a nossa mudança para Barcelona. Ela sabia sobre a máfia. Eu não podia deixá-la no escuro. Melhor ela estar ao meu lado e informada do que não saber de nada, correndo riscos sem entender. Estamos expostos a perigos o tempo todo. Vitória estava super animada de ficar na casa da Anna e do Viktor. Ela se deu muito bem com a Anna. Disse que ela a lembrava da amiga Lua, uma pessoa doce que está muito bem com o Bryan. Eu estava seguindo o carro do Viktor, pois não sabia o caminho da casa nova deles, quando Vitória chamou minha atenção. O carro de Viktor estava soltando faíscas por baixo, como se algo estivesse se arrastando e raspando no asfalto. Ele havia me contado sobre os problemas com os russos, mas não imaginava que iriam tão longe a ponto de sabotar o carro dele. Vitória pegou o celular e tentou ligar para Anna, mas ninguém atendia. O carro de Viktor estava cada vez pior, fazendo ziguezague, até que a p
Capítulo 45/ Casa do papa.
Viktor NarrandoProvavelmente fiquei alguns minutos desacordado. Sentia dores pelo corpo, e os cortes e queimaduras ardiam, mas, pelo que parecia, era só isso. Alguns minutos depois, apareceram bombeiros e Raul me procurando. Eles me imobilizaram e me colocaram na maca para me levar ao hospital.Eu estava bastante confuso, ainda com um zumbido agudo no ouvido por causa do barulho da explosão. Parecia que eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, mal compreendia quem eu era. Só depois de um tempo recuperei a memória e lembrei que Anna estava comigo.Já no hospital, após passar por vários exames que confirmaram que eu estava bem, só queria que acabasse logo para ver Anna e saber como ela estava.Saindo daqui, vou até a máfia para tentar entender o que está acontecendo. Alguém está querendo me matar, mesmo sem eu ter atacado nenhuma outra máfia. Tudo está muito estranho e complicado. Esse mundo exige muito de nós, especialmente quando somos alvos.Agora, vou ter que mudar de casa
Capítulo 46/ Ele vai ser meu.
Stela NarrandoEu não sei o que Viktor viu naquela garotinha sem sal. Ela é filha de um mafioso, mas nem de longe chega ao poder que eu tenho, tanto dentro da máfia quanto na vida de Viktor. Eu sinto que posso reconquistá-lo se conseguir trazer Julieta para cá, mas preciso achar uma forma de falar com Viktor antes que ele descubra por outra pessoa e estrague todos os meus planos.Minha mãe sempre tenta entrar em contato comigo para passar informações. Ela disse que meu pai está furioso comigo, nunca imaginou que eu me envolveria com alguém da máfia rival, e quer acabar com qualquer chance de eu continuar nesse envolvimento. Esse foi um dos motivos pelos quais fugi de lá; eu não suporto seguir ordens ou cumprir regras.Eu não me lembrava muito de Raul, mas vê-lo aqui trouxe uma enxurrada de lembranças. Ele sempre me detestou, mesmo que tivéssemos nos encontrado poucas vezes. Raul e meu tio estavam trancados no escritório, e eu precisava saber o que estavam discutindo. Tenho que estar s
Capítulo 47/ Mundo paralelo.
Anna NarrandoEu estava agoniada naquele lugar sozinha. A Tânia foi embora super estranha, Viktor ainda não voltou e já é noite, sem sinal dele. Estou sentindo falta da minha vida fora deste hospital, e olha que tem apenas algumas horas que estou aqui. Parece que o mundo está desmoronando lá fora, enquanto estou aqui, sozinha e sem poder sair. Essa é a pior parte.O médico passou e disse que eu teria que fazer uma drenagem no pulmão. Pelo impacto da queda, tive uma pequena hemorragia, que precisa ser contida o quanto antes. Eu esperava que Viktor chegasse antes de realizarem o procedimento, mas pelo visto ele não virá. Entendo, ele deve estar cansado e preocupado com tudo o que aconteceu.A única coisa que sei é que preciso melhorar o quanto antes para assumir meu papel na máfia do meu pai. Pensando bem, assumir esse papel colocará ainda mais um alvo nas minhas costas, mas eu não tenho escolha. Se for necessário para vingar a morte da minha avó e o que está acontecendo com meu pai, eu
Capítulo 48/ confusão.
Viktor NarrandoEntrei no quarto da Stela e ouvi o que ela tinha a me dizer. Mesmo já sabendo de tudo, resolvi escutar a versão dela sobre o que havia acontecido, para ver se ela me diria a verdade ou continuaria mentindo. Era bem provável que ela me enganasse, como já vinha fazendo há muito tempo, mas confesso que tudo o que ela falou mexeu bastante comigo. Por impulso, acabei abraçando-a e permiti sentir falta daquele momento.Eu sei que é errado, mas já não havia como voltar no tempo e não deixá-la falar comigo, muito menos evitar o toque e o abraço. O que está acontecendo comigo? Eu devo estar ficando louco… só pode ser isso.Descobrir que tenho uma filha, e que Stela teve o cuidado de colocar o nome da criança de Julieta, como minha mãe, me fez sentir algo que nunca imaginei. Eu amo a Anna, sinto algo por ela que nunca senti por nenhuma outra mulher, nem mesmo pela Stela, mas não posso negar que fiquei abalado com tudo isso.Estou sendo injusto com Anna, preciso sair de perto de
Capítulo 49/ Hotel.
Anna Narrando.Eu tentei fingir que estava tudo bem e que não sabia da filha do Viktor, mas não consegui. Era demais para mim, e eu estava completamente sem chão, ainda mais depois que a Stela insinuou que eles passaram uma tarde maravilhosa juntos.Talvez eu esteja sendo idiota agindo assim, mas, se eu não me proteger, mais tarde posso me arrepender. A melhor maneira de me resguardar é manter distância. Assim que chegamos à casa do pai do Viktor, ele me pegou no colo com delicadeza para que eu não me esforçasse subindo as escadas e me levou para o quarto onde ficaríamos. Ainda não tinha visto a Vitória ou qualquer outra pessoa. Parece que todos estão se escondendo de mim… ou escondendo algo de mim.Viktor me colocou no chão, e a porta do quarto em frente ao nosso se abriu. Eu levei um susto ao ver Stela saindo de lá. Olhei para ela e depois para Viktor, que não esboçou nenhuma reação. Entrei no quarto, e ele veio logo em seguida.Aquela idiota continuava parada na porta do nosso quar
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