Quando Leonard a entregou para o noivo, Hunter beijou sua mão e a encarou. Aquele olhar dizia tudo, ou ela pelo menos fingiria estar feliz ou ele diria não e acabaria com aquela farça. Então Aurora olhou para seu padrinho, a presença dele ali significava que sua irmã também estava assistindo o casamento e era por ela que a noiva estava ali. Aurora então sorriu. O padre realizou toda a cerimônia e logo os votos chegaram.— Eu, Hunter Johnson, prometo amá-la e respeitá-la, honrá-la e protegê-la até que a morte nos separe — ele colocou a aliança no dedo dela.Aurora sentiu a aliança pesar. Sentia-se sufocada no vestido, como se todos ali estivessem apreciando o show de horror que era sua vida.— Eu, Aurora Smith prometo ser fiel, honrá-lo, amá-lo e respeitá-lo por todos dias, até que a morte nos separe — Aurora colocou a aliança em Hunter.— Há alguém que seja contra esse casamento? Que fale agora ou cale-se para se
— Sou — Aurora respondeu. — Isso não é problema, é? — perguntou assim que o homem se afastou dela. — Deveria ter me contado. Eu poderia ter machucado você — Hunter levantou, tirou a camisinha e se enrolou na toalha. — Você quase me estrupou na noite em que me levou para sua casa. Que diferença isso faz hoje? — Faz muita diferença, Aurora — ele a olhou com frieza e saiu do quarto. Aborrecida, Aurora lavou o rosto e saiu da banheira. Xingando em pensamento, vestiu uma camisola, um hobe e saiu. Hunter não se encontrava na sala. Com raiva, ela abriu a porta e saiu. Caminhou por alguns metros, então notou que estava sendo seguida. Seus reflexos ainda estavam um pouco lentos por causa da bebida, mas Aurora ainda podia se defender, caso precisasse. — Aurora! — James chamou, aproximando-se. — Aurora, espere! — O que você quer? Seu dono mandou me caçar de novo? — Aurora explodiu com raiva. — Vocês dois se merecem sabia? Dois idiotas! Deveriam terem casado os dois já que são t
Hunter estava admirado com a revelação. Em sua investigação soube que Aurora Smith era uma verdadeira deusa quando se tratava de atrair a atenção para si. Imaginou que seria divertido conhecer as facetas de sua esposa, então sorriu. — O que foi? — Aurora perguntou, desconfiada. — Nada. Só estou imaginando o que mais eu vou descobrir sobre você. — Hunter estacionou. — Pronta para ser o centro das atenções mais uma vez? Aurora colocou mais uma vez o sorriso ensaiado no rosto, então saiu do carro acompanhada por seu marido. Na verdade, depois do primeiro brinde, ela já estava mais alegre, sorrindo com maior facilidade. Na valsa do casal, Aurora estava mais a vontade e mesmo os toques de Hunter já não tinham efeito grotesco, principalmente depois das felicitações de James. — Onde está o seu padrinho? — Edwin perguntou depois de um tempo e Aurora sorriu. — Fazendo uma coisa muito importante — Aurora gargalhou. — Venha, dance comigo, não quero que o padrinho do meu marido chegue
Justo quando parecia que o destino estava selado, um estranho surgindo das sombras interveio. Vestido em trajes escuros, manejava uma habilidade notável, movendo-se com uma elegância mortal. Quando uma brecha surgiu, os três entraram em um carro e o homem acelerou. — O que vocês estavam fazendo na estrada a essa hora? — o homem perguntou, tirando o capuz para poder ter uma melhor visão da estrada. — Eu estava tentando proteger uma suicida — James falou engatilhando uma arma. Ele virou e a entregou para Aurora, no banco de trás. — Você disse que sabe atirar. Pode cobrir Vicent? — Eu conheço você! — Aurora falou quando pegou a arma. — Foi você quem me salvou no aeroporto! — Olá de novo! Acho que sou seu anjo da guarda, então, não? — Vicent sorriu. — Vamos ver se consegue voar então — Aurora abriu a janela do carro e atirou, acertando em cheio o pneu do carro traseiro. — Você é boa — Do outro lado James fez o mesmo, mas errou, então atirou no para-brisa. — Mas não faça movi
"Que bom, porque não vou baixar a cabeça dessa vez", ela pensou e disparou: — Agora você quer conversar? Agora, Hunter? — Ela levantou e foi até ele, possessa de raiva, empurrando-o com as mãos enquanto começava a gritar: — Você só quer conversar quando algo muito ruim acontece! Como noivo, você foi terrível e como marido esta sendo muito pior, mas eu, eu não tive escolha não é? — Aurora! — James interviu, tirando-a de cima de Hunter e acabou levando um tapa na cara. — Não me toque! Você não está qualificado para isso. Foi um péssimo namorado e agora está sendo um péssimo segurança também. — Eu seria um bom segurança se você não andasse com ideias suicidas 24 horas por dia, Aurora! — James revidou, mas foi segurado por Hunter, então Vicent ficou entre os dois homens e Aurora. — Acho melhor vocês dois saírem — ele falou para os dois, arqueando a sombrancelha, uma ordem silenciosa de que queria saber de tudo depois. — Ela precisa descansar, passou por todo o estresse de um
Vicent deixou o quarto de Aurora e foi direto para o escritório no andar debaixo. Entrando, encontrou Hunter e James bebendo. — Como ela está? — Hunter perguntou levantando a cabeça. — Menos estressada, eu acho. — Vicent pegou um copo para servir-se também. — É impressão minha ou ela está bem descontente com vocês dois? — Para você ver a confusão em que me meteu — Hunter bebeu sua bebida. Vicent encarou Hunter com incredulidade. Nunca ouviu falar que Aurora Smith tinha namorado, como poderia imaginar que não só tinha, como era o fiel escudeiro de Hunter Jonshon? — James, pode me explicar o que aconteceu? — ele perguntou, tentando entender parte da confusão. — Eu a conheci ano passado, na venda de armamento na Rússia. A irmã dela, Meg, acabou nos prendendo num quarto para poder escapar com meu irmão, Cristopher. — Aurora tem uma irmã? — Vicent perguntou. — Mais velha ou mais nova? — Mais nova, ainda está terminando o colegial em Moscou. 17 ou 18 se não me engano. V
Aurora acordou com o cantar de um passarinho. Ao levantar, percebeu que já era tarde e sua cabeça doía por causa da bebida. Tomou um banho e saiu do quarto. Precisava ir para casa, onde tinha roupas para vestir. — Ah, olá Aurora! — Vicent falou quando ela chegou na sala. — Estava esperando que descesse. Quer tomar café? — Ah... Obrigada. — Aurora sentiu-se acanhada ao se ver sozinha com aquele homem. — E Hunter? — Sabe como a vida de médico é agitada não sabe? — Vicent levantou e começou a caminhar para a cozinha. — Acho que foi chamado para uma emergência ou algo assim. — Ele colocou uma xícara na mesa e abriu uma boleira. — Tem um computador no escritório, pode fazer compras e estudar lá, e a tarde, se não tiver nada para fazer, podemos dar uma volta, se quiser. — Dar uma volta? — Aurora perguntou, curiosa. — É só uma sugestão. Particularmente não gosto de ficar o dia todo em casa, então gosto de sair um pouco. — Acho que podemos dar uma volta — Aurora deu um meio sorriso. D
Aurora acordou se sentindo estranhamente bem. Levantou, foi até a cozinha e tomou um café forte. Colocou a xícara na pia e quando se virou para sair, bateu de frente com James e só não caiu porque ele a segurou. — Tudo bem? — o homem perguntou. — Claro. — Aurora sorriu. — E você? — Estava em Moscou. Aurora sentiu o coração acelerar. Ela não teve contato com a irmã nos últimos dias e logo imaginou que algo ruim tinha acontecido. — Meg está bem — James a acalmou. — Você deveria ter me contado sobre a gravidez. Aurora o olhou assustada, fazendo sinal para que ele ficasse calado. — Pelo amor, James! Se é um segredo, não é para você falar em voz alta. — Aurora! — James pegou em seus ombros e a fez olhar em seus olhos. — Você deveria ter me contado. Prometi à sua mãe que cuidaria de vocês duas. Tem noção da confusão que me meteram? Aurora não entendia. Sua irmã estava com o namorado, que estava sendo um bom homem para ela. Poderia não ser o que a família aprovava, mas era o qu