Nikolai
— Senhor Sokolov, é um prazer o ver aqui e... — Não consegue falar a próxima palavra, pois Avel avançou lhe dando um soco forte que o fez cambalear alguns passos para trás.
O olho me perguntando como ele pode ser aquele que vive reclamando de despesas médicas quando chega assim em uma conversa.
Os homens começam a se dispersar pela oficina procurando vestígios de que tenha sido mesmo o vendedor dos veículos sendo usados pelos sequestradores. Já o dono do local se ergue ao manter uma mão sobre a face no ponto em que foi acertado.
— Me desculpe, há algum problema que não sei? — Não perde o respeito, uma vez que não sabe por que apanhou e não quer recebe
Nikolai— Nós não queríamos fazer isso, de verdade — digo ao erguer o sujeito pela gola de sua camisa. —, mas não tínhamos como não o encontrar quando marca sua mercadoria dessa forma.Empurro o cartucho em sua boca aberta e se debatendo devido ao engasgamento cai no chão de novo cuspindo o material junto com o monte de bile que subiu por sua garganta.— Desenhar uma camélia nos cartuchos é uma diversão para você, te ajuda a pensar? — pergunto.É uma pergunta verdadeira, já que ninguém quer ser ligado aos materiais que vendem dessa forma, mas aparentemente, este gosta de que saibam de onde vieram as balas que estão matando seja quem for. Talvez seja um problema
AleksandraAdentro na sala de Natascha vendo que está acompanhada de Pasha e a preocupação manchando toda a sua cara com o terror de ter um filho em mãos inimigas é bem óbvia em seu rosto.Penso que nem me vê da mesma maneira que eu faço com ele, dado que mantém seu foco no que Natascha continua a falar mesmo após a minha entrada.— Você trouxe? — Dou alguns passos até depositar o aparelho sobre a sua mesa. Valentina conseguiu alguns bons comentários sobre quem pode estar vagando por Moscou com pensamentos obscuros sobre os Sokolov. — Pode ir. — Meneio a cabeça rapidamente ao sair sabendo que deve estar brava por ele ter vindo aqui novamente, já que manteria todo o restante dos procedimentos através de lig
Aleksandra— Faz muito tempo que não ouço a sua linda voz ao meu ouvido — diz Ivanna ao fazer um sinal de mão para que eu saiba que também está me vendo por sua mira. — Estou até arrepiada.— Cala a boca, eu que estou me tremendo por dentro — falo ao verificar o prédio que está iluminado demais para alguém que deveria estar tentando não chamar a atenção. — Esses caras são bem ruins.— Não colocar um olheiro já é sinal de burrice — articula Ivanna.Com ela na minha mira consigo a ver ajustando a coluna em sua cadeira para que fique bem posicionada. Não consigo entender como ela pode ter tiros tão limpos dessa forma, mas su
NikolaiO som dos tiros começou a soar tão imediatamente quanto os pés de nossos subordinados entraram no prédio. De alguma forma Tolya conseguiu triangular a posição devido ao som um tanto incomum soando ao fundo do vídeo mandado por eles. Tinha certeza de que era vindo de uma fábrica grande e não estava errado.Tínhamos pensado que seria uma oficina devido a equipamentos semelhantes, mas ele afirmou que sua opinião era a correta e que deveríamos acreditar nela independente de qualquer coisa.Conseguiu confirmar que o carro que tinha perdido nas câmeras de segurança antes apareceu novamente naquelas que filmavam bem próximo dali, incluindo a placa visível que não foi mudada após passarem no local onde se tornaram
Aleksandra— O desgraçado continua subindo, mas não vejo transporte aéreo se aproximando e você? — questiono e Ivanna nega prontamente ao reclamar sobre a quantidade imensa de formigas em um local como esse.Viro-me ao observar o céu para ter certeza de que não teremos nada imprevisível acontecendo, contudo, me enganei ao pensar que poderia ter uma refeição tranquila.Se algum dia pegar uma tarefa que realmente não tenha nenhuma surpresa devo ficar feliz por isso, pois na maioria das vezes há alguma imprevisibilidade fazendo com que tenha que procurar por formas diferentes de ter o que desejo.— Estou vendo um passarinho — aviso ao continuar observando se continuará seu caminho até
Nikolai— Deveria nos contar o que queremos saber rapidamente, seria muito mais fácil para você — assegura meu irmão ao continuar sentado em seu lugar.Erguido pelos pulsos sobre um conjunto de plásticos, o estranho nos encara mantendo um riso preso no rosto. Não parece nenhum pouco preocupado com a captura.— Talvez pense que estamos brincando — brinco, pois as feridas em seu corpo jamais o deixariam esquecer onde está e o risco que corre ao passar mais tempo em nossa companhia. Deve estar claro que não somos melhores do que ele.— Acha que pode ser isso? — questiona Tolya recebendo um olhar curioso de Avel. — Imaginei que a pilha de cadáveres deixaria claro que não queremos manter ningu&e
Nikolai— Está aqui — diz meu pai ao verificar quem adentrou em seu escritório sem erguer muito a cabeça, apenas o suficiente para reconhecer a silhueta.É muito bom nisso, pode dizer quem é uma pessoa somente pela forma que anda, independentemente de como tente se camuflar. “Olhos atentos”, é o que diz ter.— Queria ter tirado um tempo antes — profiro ao me sentar confortavelmente no sofá me inclinando para pegar um pouco do uísque sobre a mesa. — Porém, com os pedidos da cúpula por informações tive que passar muitas horas organizando papelada.— Estão apenas com medo d
NikolaiComo ele pode tratar esse assunto desse modo quando por minha causa informações o suficiente para perdermos muito dinheiro foram roubadas? Foi por minha causa, a credibilidade que depositei nela fez com que as coisas fluíssem dessa forma, se não aconteceu algo pior foi por Tolya estar atento ao que Valéria fazia.Deve ter sido o único além de papai que nunca se deixou levar pela personalidade doce que ela demonstrava ter ao pôr a sua máscara para que ninguém descobrisse que era uma vadia de coração frio pronta para foder qualquer um em todos os sentidos por dinheiro.— Suas comparações continuam sendo estranhas, como vai conquistar uma mulher com esse tipo de tática? — pergunto, de novo consigo uma reaç&atild