Aleksandra
— Eu vi você entrando, sabia que alguém perceberia que este lugar foi usado, pelo menos alguém além de mim notou. — Não conheço a voz do sujeito, mas é bem claro que está tentando usar um tom que me convença de que não é um inimigo, coisa que eu não aceitarei até o ter bem longe de mim. — Não está aqui para apagar rastros, está? Não sinto cheiro de nada inflamável.
O que está dizendo? Acha que eu fui a pessoa a ficar escondida aqui ou está me confundindo com alguém? Nem mesmo consigo mais dizer o que pode estar ponderando, porém, se me viu entrar claramente esperou pelo momento em que pensei que ninguém mais poderia aparecer.
— Não me fa&c
Nikolai— Houve algum problema? — pergunto a Tolya ouvindo o seu ofegar cansado.Me preocupo imediatamente, já que esperava que continuasse em casa analisando as câmeras de segurança.— Cara acabei de ver uma mulher pulando as escadarias de um depósito sem blusa. — O que ele está dizendo? E por que está fora de casa? — Esse está sendo um dia doido.— Você pode se explicar melhor? Não está fazendo sentido. Deveria estar em casa, em segurança — atesto, contudo o que recebo em resposta é o som dele buscando ar desesperadamente, provável que tenha feito uma caçada a quem pulou das escadas sem roupas.— Eu ache
Egor— Olá você assistindo do outro lado. — Mexe os dedos de forma estranha em um cumprimento ao ficar em minhas costas sorrindo, posso até ver os cantos de sua boca erguidos em um sorriso gigantesco. — Como podem ver tenho um membro da sua família comigo — continua ao passar a mão por baixo de meu queixo como se apresentasse um produto para venda. — Estamos tratando-o muito bem, não precisa se preocupar.Desgraçado de merda. O que pode querer ao gravar esse vídeo?Acha que conseguirá alguma coisa? Pensa que sou uma ótima moeda de troca?Está nos enxergando como a fraqueza um do outro.Está tão errado. Aleksandra— Já está de volta? — pergunta Natasha ao me ver em seu escritório quando entra. — Deposito a bala que consegui tirar do concreto sobre a mesa junto ao cartucho. — Oh, e me trouxe presentes, gosto disso.— Tive que correr de um dos Sokolov — digo e continua a bebericar seu café. — De sutiã, porque não podia correr o risco de me reconhecer.A assisto cuspindo o café de surpresa para depois começar a sorrir como se a situação fosse muito engraçada, e ela pode ser para quem está vendo de fora, mas não para mim que tive que receber o olhar das pessoas ao me verem vestindo a blusa no meio da rua.Ninguém esquece de vestir uma blusa ao sair de casa, 24. Um pequeno filme de terror, parte 2
NikolaiVer meu pai batucando os dedos sobre a mesa me preocupa, não sei dizer se está apenas pensando no que fazer em seguida ou se não tem ideia do que deve ser feito, pois são coisas diferentes e eu espero de verdade que estejamos em sincronia.— Recebi o contato de Salvatore e ele me afirmou que não está envolvido em nada do que está acontecendo — conta-me primeiro. — Também recebi informações de quem pode ter armado esses sujeitos, então é preciso verificar.— Quem lhe passou essa informação? — pergunta Avel.O único que não está aqui é Tolya, está trabalhando nas imagens do vídeo para tentar encontrar algo que nos d&eci
Nikolai— Senhor Sokolov, é um prazer o ver aqui e... — Não consegue falar a próxima palavra, pois Avel avançou lhe dando um soco forte que o fez cambalear alguns passos para trás.O olho me perguntando como ele pode ser aquele que vive reclamando de despesas médicas quando chega assim em uma conversa.Os homens começam a se dispersar pela oficina procurando vestígios de que tenha sido mesmo o vendedor dos veículos sendo usados pelos sequestradores. Já o dono do local se ergue ao manter uma mão sobre a face no ponto em que foi acertado.— Me desculpe, há algum problema que não sei? — Não perde o respeito, uma vez que não sabe por que apanhou e não quer recebe
Nikolai— Nós não queríamos fazer isso, de verdade — digo ao erguer o sujeito pela gola de sua camisa. —, mas não tínhamos como não o encontrar quando marca sua mercadoria dessa forma.Empurro o cartucho em sua boca aberta e se debatendo devido ao engasgamento cai no chão de novo cuspindo o material junto com o monte de bile que subiu por sua garganta.— Desenhar uma camélia nos cartuchos é uma diversão para você, te ajuda a pensar? — pergunto.É uma pergunta verdadeira, já que ninguém quer ser ligado aos materiais que vendem dessa forma, mas aparentemente, este gosta de que saibam de onde vieram as balas que estão matando seja quem for. Talvez seja um problema
AleksandraAdentro na sala de Natascha vendo que está acompanhada de Pasha e a preocupação manchando toda a sua cara com o terror de ter um filho em mãos inimigas é bem óbvia em seu rosto.Penso que nem me vê da mesma maneira que eu faço com ele, dado que mantém seu foco no que Natascha continua a falar mesmo após a minha entrada.— Você trouxe? — Dou alguns passos até depositar o aparelho sobre a sua mesa. Valentina conseguiu alguns bons comentários sobre quem pode estar vagando por Moscou com pensamentos obscuros sobre os Sokolov. — Pode ir. — Meneio a cabeça rapidamente ao sair sabendo que deve estar brava por ele ter vindo aqui novamente, já que manteria todo o restante dos procedimentos através de lig
Aleksandra— Faz muito tempo que não ouço a sua linda voz ao meu ouvido — diz Ivanna ao fazer um sinal de mão para que eu saiba que também está me vendo por sua mira. — Estou até arrepiada.— Cala a boca, eu que estou me tremendo por dentro — falo ao verificar o prédio que está iluminado demais para alguém que deveria estar tentando não chamar a atenção. — Esses caras são bem ruins.— Não colocar um olheiro já é sinal de burrice — articula Ivanna.Com ela na minha mira consigo a ver ajustando a coluna em sua cadeira para que fique bem posicionada. Não consigo entender como ela pode ter tiros tão limpos dessa forma, mas su