Aleksandra
Viro-me automaticamente quase fazendo um semicírculo ao notar a entrada abrupta de Pasha na Paradise e considerando a quantidade de seguranças imagino que algo tenha acontecido e que sua conversa com Natascha será muito interessante, por isso, não estranho quando várias das minhas colegas começam a fazer sinais de que a coisa está pegando fogo em algum lugar.
— Não sou a única que acabou de ver o patriarca da família Sokolov passando como uma bala em direção a sala de nossa amada chefe, sou? — pergunta Tasya ao se sentar ao meu lado trazendo Valentina com ela. — Não deveríamos ficar de prontidão?
— Ele deixou os seguranças do lado de fora, mesmo que pareça com uma parede, não pod
AleksandraTeríamos continuado nessa discussão por um bom tempo se não houvesse uma movimentação nova mostrando que Pasha está saindo da sala de nossa chefe e que não parece muito satisfeito, já Natascha exibe um sorriso grandioso e o olhar em seu rosto faz com que nos movamos em sua direção enquanto o homem continua o seu trajeto sendo avaliado por seus seguranças.Dentro da sala dela a vemos sentar e buscamos informações que possam nos beneficiar antes de tê-la saindo por sua boca, não há nada em cima da mesa que mostre que Pasha trouxe um trabalho a ser feito.— Preciso de um trabalho adicional de vocês, pra ontem — comple
Aleksandra— Eu vi você entrando, sabia que alguém perceberia que este lugar foi usado, pelo menos alguém além de mim notou. — Não conheço a voz do sujeito, mas é bem claro que está tentando usar um tom que me convença de que não é um inimigo, coisa que eu não aceitarei até o ter bem longe de mim. — Não está aqui para apagar rastros, está? Não sinto cheiro de nada inflamável.O que está dizendo? Acha que eu fui a pessoa a ficar escondida aqui ou está me confundindo com alguém? Nem mesmo consigo mais dizer o que pode estar ponderando, porém, se me viu entrar claramente esperou pelo momento em que pensei que ninguém mais poderia aparecer.— Não me fa&c
Nikolai— Houve algum problema? — pergunto a Tolya ouvindo o seu ofegar cansado.Me preocupo imediatamente, já que esperava que continuasse em casa analisando as câmeras de segurança.— Cara acabei de ver uma mulher pulando as escadarias de um depósito sem blusa. — O que ele está dizendo? E por que está fora de casa? — Esse está sendo um dia doido.— Você pode se explicar melhor? Não está fazendo sentido. Deveria estar em casa, em segurança — atesto, contudo o que recebo em resposta é o som dele buscando ar desesperadamente, provável que tenha feito uma caçada a quem pulou das escadas sem roupas.— Eu ache
Egor— Olá você assistindo do outro lado. — Mexe os dedos de forma estranha em um cumprimento ao ficar em minhas costas sorrindo, posso até ver os cantos de sua boca erguidos em um sorriso gigantesco. — Como podem ver tenho um membro da sua família comigo — continua ao passar a mão por baixo de meu queixo como se apresentasse um produto para venda. — Estamos tratando-o muito bem, não precisa se preocupar.Desgraçado de merda. O que pode querer ao gravar esse vídeo?Acha que conseguirá alguma coisa? Pensa que sou uma ótima moeda de troca?Está nos enxergando como a fraqueza um do outro.Está tão errado. Aleksandra— Já está de volta? — pergunta Natasha ao me ver em seu escritório quando entra. — Deposito a bala que consegui tirar do concreto sobre a mesa junto ao cartucho. — Oh, e me trouxe presentes, gosto disso.— Tive que correr de um dos Sokolov — digo e continua a bebericar seu café. — De sutiã, porque não podia correr o risco de me reconhecer.A assisto cuspindo o café de surpresa para depois começar a sorrir como se a situação fosse muito engraçada, e ela pode ser para quem está vendo de fora, mas não para mim que tive que receber o olhar das pessoas ao me verem vestindo a blusa no meio da rua.Ninguém esquece de vestir uma blusa ao sair de casa, 24. Um pequeno filme de terror, parte 2
NikolaiVer meu pai batucando os dedos sobre a mesa me preocupa, não sei dizer se está apenas pensando no que fazer em seguida ou se não tem ideia do que deve ser feito, pois são coisas diferentes e eu espero de verdade que estejamos em sincronia.— Recebi o contato de Salvatore e ele me afirmou que não está envolvido em nada do que está acontecendo — conta-me primeiro. — Também recebi informações de quem pode ter armado esses sujeitos, então é preciso verificar.— Quem lhe passou essa informação? — pergunta Avel.O único que não está aqui é Tolya, está trabalhando nas imagens do vídeo para tentar encontrar algo que nos d&eci
Nikolai— Senhor Sokolov, é um prazer o ver aqui e... — Não consegue falar a próxima palavra, pois Avel avançou lhe dando um soco forte que o fez cambalear alguns passos para trás.O olho me perguntando como ele pode ser aquele que vive reclamando de despesas médicas quando chega assim em uma conversa.Os homens começam a se dispersar pela oficina procurando vestígios de que tenha sido mesmo o vendedor dos veículos sendo usados pelos sequestradores. Já o dono do local se ergue ao manter uma mão sobre a face no ponto em que foi acertado.— Me desculpe, há algum problema que não sei? — Não perde o respeito, uma vez que não sabe por que apanhou e não quer recebe
Nikolai— Nós não queríamos fazer isso, de verdade — digo ao erguer o sujeito pela gola de sua camisa. —, mas não tínhamos como não o encontrar quando marca sua mercadoria dessa forma.Empurro o cartucho em sua boca aberta e se debatendo devido ao engasgamento cai no chão de novo cuspindo o material junto com o monte de bile que subiu por sua garganta.— Desenhar uma camélia nos cartuchos é uma diversão para você, te ajuda a pensar? — pergunto.É uma pergunta verdadeira, já que ninguém quer ser ligado aos materiais que vendem dessa forma, mas aparentemente, este gosta de que saibam de onde vieram as balas que estão matando seja quem for. Talvez seja um problema