Tasya
— Rebobina dois segundos — me pede Valentina com muito cuidado não querendo fazer suas palavras soarem como uma zombaria, apenas se perdeu no meio do assunto depois que o deixei ir da forma que podia antes que me colocassem em uma camisa de força. — Você tem transado corriqueiramente com o Egor?
— Você parece estar me julgando — digo, tento amenizar o clima entre nós depois da minha revelação.
— Eu não, com todo o respeito, ele é um gostoso, você é solteira e sempre gostou de foder — fala Tina trazendo um riso para o meu rosto, porque não pensei que a veria agindo assim.
— Não precisa falar como se tivéssemos alguma coisa, apenas fodemos algumas vezes, mas não quero ter nada com ele — profiro e Aleksandra sorri. — O que foi vaca?
— Eu me dizia o m
TasyaSerá que seria melhor se eu tivesse arrumado uma desculpa para fazer isso depois?O ver agora pode não ser a melhor escolha para mim quando ainda não coloquei a cabeça no lugar, e perto dele posso facilmente reviver todos os momentos em que sua língua desbravou a minha boca e o calor é quase instantâneo.Minha mente pode tentar se apegar ao que é comum, mas o meu corpo já está gritando pelo que é quente e se chama Egor.Tem condições de viver assim? Não tem. Pior, ver o modo como interage com as crianças, como cuida delas me deixa ainda mais derretida, se é que é possível.Creio que daqui a uns dias terão que me tirar dos lugares em baldes, tudo por conta dele e certamente não deixarei de passar cada uma dessas coisas na sua cara, porque é claro que merece.— É m
TasyaGeralmente, pessoas sem família seriam escolhidas, mais possibilidades de atravessarem limites impossíveis para garantir a vida de quem vão proteger, mas no meu caso terá uma criança envolvida.— Quem tem irmãos, primos, ou já viu uma criança e não quis correr dela? — Faço sinal para que aqueles que deixaram de erguer as mãos saiam imediatamente. — As coisas parecem difíceis por aqui.— Esse é o seu elogio?Rio, pois ele não é o único que pode usar palavras de uma forma menos legal.Este é o momento de fazer uma triagem final.No final, quatro homens seriam o suficiente, já incluindo o pirralho, que ainda não está confiante sobre os motivos para ter sido mantido até o final. O que passa na sua cabeça agora? Gostaria de saber.— Voc
Tasya— Sei que vocês não se conhecem, mas a situação de vocês é parecida — digo e Aleksandra concorda comigo. Valentina está alongando-se e os dois não param de olhá-la sem parar. — Valentina tem uma estrutura corporal mais semelhante à de vocês, por isso que inicialmente ela será o obstáculo em seus caminhos.— Está me dizendo que tenho que aprender com ela quando sei o que pode fazer? — questiona Evva que já teve uma aula com ela e o resultado foi que precisou entrar em uma banheira de gelo por algum tempo para esquecer a dor.— Te garanto que seria pior com a Aleksandra, perdi as contas de quantas vezes ela quebrou o meu nariz — conto e minha parceira revira os olhos, mas não pode negar.Ela não consegue limitar muito o modo como usa a sua força e, contra esses dois, eles
Tasya— Ele tem mostrado algumas melhoras, mas como a concussão ainda não diminuiu tanto quanto gostaríamos, continuamos o mantendo em coma — me avisa o médico, olhando-me de um modo diferente, aparentemente passou a enxergar que não sou tudo que vê depois da última vez.A enfermeira na sala verifica todos os aparelhos e sorri na minha direção sempre que acha que posso me sentir mal pelo que ouço.— Quais as chances de ter sequelas quando for tirado do coma? — pergunto e se mostra um pouco mais animado de ver o meu interesse, porém, o que eu não quero é que Clarissa pense que conseguiu o que desejava.— Não posso afirmar com exatidão sem o ver acordado, mas estamos fazendo o que podemos para que ele possa ter uma vida minimamente normal. — Normal? A vida dele deixou de ser normal h&aacut
Tasya— Hum, eu sinto que vocês estão bem melhores — profiro e tenho a sensação de que gostariam de me matar se fosse possível, uma pena que não conseguem sequer se levantar do chão nesse momento. — Concordam comigo?— Se estar melhor quer dizer que quero cuspir os meus órgãos pela boca, sim, estamos indo longe — fala Evva mira Niki que continua sentado sobre os joelhos se apoiando sobre a espada de kendo. — Acho que ele pode estar um pouco melhor que eu.— Ele teve um pouco mais de treinamento antes de o trazer para a gente — fala Aleksandra para que ela não passe a não considerar quanto esforço tem feito. É claro que será melhor, mas ninguém fica ótimo de um dia para o outro. — Queremos que vocês se desenvolvam juntos para poderem treinar em conjunto também.&md
Egor— Por que não me diz o motivo de estar aqui? — pergunto vendo o homem com um sorriso gigante se sentando na minha frente após ajeitar suas roupas para ter certeza de que elas não amassarão. — Chamar nós dois para uma conversa em um local como esse quer dizer que precisa que escutemos o que tem a falar sem possibilidades de confronto.O café fica bem no meio de um parque e ao nosso redor tem uma dezena de famílias acompanhadas de crianças ou não, mas é certo que o barulho maior é vindo delas por se divertirem em diversos brinquedos espalhados no local.— Estava certo em não chamar apenas o filho mais velho para discussão. — diz Dimitri.Na verdade, não está, se queria uma conversa oficial deveria ser o nosso pai aqui, afinal, ainda é ele que está a frente da nossa família diante da
EgorImaginei que a situação não poderia ficar pior, mas é claro que poderia.Não estamos falando de uma história infantil na qual o final é sempre divertido.— Não me olhe assim, não é como se eu quisesse que vocês morram, apenas preciso de uma coisa que vocês teimam em manter — diz Dimitri, e isto pode ser uma desculpa para as suas ações desde quando? Está falando uma insanidade, está colocando em risco a vida de várias crianças.Em que mundo isto poderia apenas ser aceito?Deve saber que essa ação terá uma reação, que nós não deixaremos barato.Ainda assim acredita que pode lidar com ela, senão nem teria começado.O que está deixando o seu rabo confiante vagar por aí?— Ah, vamos lá, vo
NikiEmpurro o sujeito contra a parede e coloco uma faca em sua garganta.O peso do metal é muito mais reconhecido por minha mente agora.Posso manusear facas de todos os tamanhos com alguma facilidade depois dos treinamentos de Valentina.— Por que está nos seguindo? — questiono. Pelo canto do olho, vejo que Andrei mantém Jasmine presa em seus braços, cuida dela com muita cautela.Não se assusta com o que vê. Faz com que a menina tenha o rosto enterrado em seu peito para não ver o que acontece.— Vai mesmo me matar na frente de uma criança? — pergunta, com o tom de sua voz soando grosseiro, porém, não o sinto se esforçar para se afastar. Por quê? Qual seria o motivo para não tentar escapar? Não sabe o que pode acontecer ao ameaçar alguma dessas crianças? — Na verdade, você poderia