Antes de pisar o pé fora do banheiro, limpei o sangue de meu braço no moletom que Abigail me deu, O ferimento em meu braço parecia nem existir mais. Saí da empresa com as lágrimas secas no rosto. Vanessa veio em minha direção com uma expressão esperançosa, fiquei com pena de decepcioná-la.─ Contou a ele?Balanço a cabeça. ─ Não, eu nem quero lembrar disso. Não preciso do Dominic, vou cuidar do meu bebê sozinha. Odiá-lo para sempre! Ela arregalou os olhos.─ O que aconteceu lá dentro?─ Dominic estava transando com a Nicole. ─ minha voz saiu mais fraca do que eu pensava.Dominic levou a mão aos lábios e me olhou com pena.─ Eu... eu sinto muito, amiga.─ Está tudo bem.─ O que vamos fazer agora?─ Vou ligar para o Malcolm.[...]─ Então você aceita? ─ disse Malcolm, aparentemente contente.Não demorou para o táxi chegar na empresa dele, ela não era como a de Dominic, parecia mais uma grande loja. Não esperei muito para ser recebida em sua sala, ele parecia mais esperançoso que eu.
Sentia meu estômago revirar, a noite anterior foi longa pois não conseguia pregar o olho por nem uma hora. Ansiosa e pensando em tudo.Eu embarcaria pela manhã para Berlim, Abigail e Vanessa viriam comigo. Vanessa realmente estaria comigo para tudo. Essa semana faria um ano que nós nos conhecemos, e eu fiquei pensando no quanto a minha vida mudou desde o ano passado.Fizemos nossas malas juntas, Abby estava triste por não poder ver Giovanni por uns anos já que ela decidiu fazer faculdade em Berlim, mas eles eram maduros para colocar primeiro suas prioridades acima de outra coisa.— Você pegou os passaportes? — Perguntei para Vanessa.— Sim.— E os casados, as toucas?— Sim!Corro atrás das passagens, mesmo que eu tivesse me preparado o suficiente na noite anterior nada acalmava minha ansiedade. — Já falou com o síndico?— Dá para você se acalmar? Já está tudo aqui, amiga. — Eu sei, desculpa. — Levo a mão até a testa – estou sendo muito chata, mas é que eu estou tão nervosa.Ela passa
O apartamento "pequeno" que Malcolm mencionou era grande o suficiente para nós três. Estávamos animadas, Vanessa correu para ficar com o maior quarto e eu ria da briga dela com Abby pela suíte.Abrir as cortinas e admirei a paisagem, a rua. Era frio e calmo, muito diferente da atmosfera pesada de Nova York. Era majestoso. — Eu acho melhor a Olivia ficar com a suíte, já que ela está grávida. — Disse Vanessa por fim.— Eu não me importo, meninas.— Está bem, ela ficará. — Afirmou Abby.Abby e Vanessa brigavam sempre que podiam, elas competiam por quem ganhava mais minha atenção. Eu me sentia uma mãe cuidando de duas crianças rebeldes.— Espero que você não seja maluco ou maluca como elas. — Sussurro passando as mãos na minha barriga. Um mês depois...Mais 1 mês de gestação, agora eu já estava atuando no escritório após a reforma.Abigail já começou sua faculdade, Vanessa era minha assistente pessoal e braço direito. Ela com sua experiência, me ajudava a cuidar das lojas.— Você encont
Mais um mês passou. Minha barriga estava cada vez mais aparente. A cada mês que passava eu pensava em falar ao Dominic sobre tudo, ainda mais depois do acidente no dia de ação de graças. Abby avisou que quando o via no natal ele parecia outra pessoa, estava deprimido nos últimos meses, afastados de todos e apenas focando no trabalho, também disse que Giovanni comentou que ele não parecia querer mais ninguém. Isso me machucou de certo modo, mas eu não conseguia perdoá-lo.Como era de costume todas as noites eu assaltava a geladeira. Peguei o resto do jantar que estava na geladeira e devorei com refrigerante. Vanessa dizia que eu não podia passar fome então sempre enchia a geladeira com besteiras e frutas, eu sempre preferia os doces. Abby me chamava de vaca, pois sempre estava mastigando alguma coisa.Me sento no sofá e começo a assistir programas variados.— Caramba, você me assustou! — Vanessa diz saindo de seu quarto.— Está vendo bebê, a tia Vanessa é malvada com a sua mamãe.— Voc
Todos os sábados a noite eu e Austin tínhamos planos de assistir filmes, mas ao invés de assistir, nós nos pegávamos. Desde que começamos a ficar, não fazíamos nada além de beijos, ele não queria que eu me sentisse desconfortável com o barrigão de 7 meses. Mesmo sendo o momento perfeito, Abby estava em Nova York e Vanessa em um encontro, tínhamos a casa só pra nós e tesão, mesmo assim ele continuava negando.Eu estava em cima dele, completamente excitada. Ele segurava em minha cintura e fazia movimentos de vem e vai para que eu sentisse o calor de seu pau duro feito pedra, mas nada no mundo tirava a ideia na cabeça dele de que iria machucá-lo.— Vamos para o quarto... — digo puxando ele.— Não, eu não quero...— Eu já sei, o bebê. — Falo saindo de cima de seu colo, completamente frustrada. Ele puxa meu queixo com o indicador. — Não fique chateada comigo. — Mas podemos brincar, certo?Um sorriso malicioso surge nos lábios de Austin, eu pulo em seu colo de volta e nós voltamos a nos
Eu sai da sala de ultrassom feliz, querendo mostra a todos os papéis que indicavam que meu bebe era um menino. Peguei os documentos e saí, quem estava comigo na maternidade comemorou. Austin veio até mim e me beijou, todos me abraçaram.Para comemorar, pedimos pizza e refrigerante. Austin parecia estar mais feliz que eu, sempre caducando com minha barriga.— E você já decidiu o nome? — Perguntou Giovanni.— Ainda não, mas se fosse menina seria Mary, o nome de nossa mãe — olho para Abby com ternura. — Mas como é menino, não faço a menor ideia.Giovanni fora interrompido pelo seu celular tocando. Ele cochichou algo no ouvido de Abigail, em seguida vai para o quarto, estranhei, mas estava muito ocupada comemorando para querer saber de mais alguma coisa.Mais tarde, Austin já tinha ido embora, eu decidi deitar cedo, meus pés estavam me matando.No meio da noite, senti minha garganta seca, fui à cozinha beber água. Na mesa de jantar, com apenas a luz do computador iluminando seu rosto, Gio
Eu estava jogada no sofá em uma manhã de segunda. Finalmente tinha tirando a maldita licença maternidade, mas não sabia que ia ficar tão atoa.Troquei de canal mais vez, e mais uma até parar em um programa de TV qualquer. Meu pobre pijama já estava surrado de tanto que eu o usava durante esses meses.O bebê chutava cada vez mais forte enquanto esperávamos sua chegada. Austin dizia que ele ia ser jogador de futebol, e estava treinando dentro da minha barriga para ser um ótimo. Eu ria, me sentindo realizada.— Cadê a grávida mais linda desse mundo? — Austin coloca algumas sacolas em cima do sofá.— Ainda bem, comida! Tento levantar do sofá, mas minha barriga já estava pesando, era a mesma sensação de estar com uma melancia nos braços. Austin me ajuda entregando minha rosquinha favoritas.— Não queria que o bebê nascesse com cara de lua.Por fim ele se senta ao meu lado.— Obrigada, você está sendo tão bom para mim. ─ Sinto um chute em minha barriga — ai...— Hoje ele está agitado, como
Nunca na minha existência eu pensei que me sentiria tão completa como agora. Ninguém no mundo poderia ocupar o lugar de David no meu coração, ele era a única coisa que eu me importava verdadeiramente, desde que vi seu rostinho brilhando em meio às enfermeiras. O amor que eu tanto buscava em alguém estava bem ali, na minha frente. Eu sentia vontade de gritar aos quatro ventos o quanto eu amava aquele menino.David se tornou o homem da minha vida.─ Ele é muito lindo. ─ Vanessa fala com os olhos marejados.─ Quero apertar ─ Abby passa seu dedo pela cabeça pequena. ─ Que fofura!Agora nós finalmente já estávamos no quarto, David tinha feito todos os exames necessários e era saudável, agora eu podia curtir a vontade com ele.Na porta do quarto, apareceu Austin com uma expressão adorável. Eu lembrei imediatamente da briga que tivemos mais cedo, me senti envergonhada depois de tudo que eu disse.─ Ele é perfeito. ─ Disse ele olhando o bebê.O bebê abre os olhos e pela primeira vez percebo q