SeanSe o líder dos rebeldes achou que acabaria ali, ele estava muito enganado. No tempo que Aida, Aldous, o capitão da guarda e eu passamos estudando o que deveríamos fazer diante a traição destes cidadãos, foi decidido algumas ações, e como o líder havia entregue algumas informações antes, imaginamos que ele seria a pessoa certa para nos entregar o restante, porque havia mais, nós sabíamos que havia mais.Então, antes mesmo de trocar toda a guarda e empregados fornecidos pela inteligência, o melhor era interrogarmos um pouco mais o líder.O capitão da guarda e eu fomos até o calabouço juntos e passamos algumas horas tendo uma conversa bastante agradável com o líder da rebelião. No começo ele estava um pouco resistente, mas ao deixá-lo com fome e com sede e depois de vários socos e pequenos cortes para provocar dor e exaustão devido a perda de sangue, conseguimos arrancar dele algumas informações que nos deixaram bastante apreensivos.Em alguns dias ocorreria uma invasão no palácio,
MaeveQuando vi meu marido esticado no chão, corri desesperada em sua direção. Depois de tanto tempo vendo-o a distância, não podia perdê-lo assim, justamente quando ele resolve dar uma chance ao nosso relacionamento.Ao chegar perto, Aldous se coloca na minha frente e tenta me conter.— Não, Maeve, pode ser perigoso!Me debato e consigo me libertar de suas mãos. Aida também me olha surpresa e eu não estou ligando para o que nenhum deles possa pensar.— Ele é meu marido, Aldous, me solta.Me jogo sobre o corpo de Sean que está pálido e uma magia fria e sombria o envolve, porém, assim que meu corpo toca o dele, a magia se dissolve. Sinto minha magia ser drenada e talvez seja a reação de nossas magias, resolvo beija-lo, já que o beijo intensifica a reação.Quando nossos lábios se tocam, a magia que estava dentro do corpo de Sean, o infestando e corroendo por dentro, começa a exalar por seus poros, todo o corpo de Sean expele a magia sombria.— Se afaste, Maeve, já esteve em contato com
Sean Não sabia o que pensar quando senti minha magia sendo drenada ao me aproximar de Maeve, mas cheguei a achar que talvez o corpo dela estivesse fraco e por isso a minha magia estava sendo drenada. Na minha cabeça fazia todo sentido, pois se a magia dela é capaz de recuperar a minha, talvez o contrário também funcionasse e até fiquei aliviado. Se minha magia fosse capaz de salvar minha esposa, ficaria feliz. Porém, o rosto de Maeve se tornava mais pálido ao invez de se tornar mais corado, com uma aparência mais saudável, que seria o esperado. Me afasto dela, me sentindo confuso. O que estaria acontecendo com ela? Saio do quarto em busca de respostas, a única pessoa capaz de responder estas perguntas era Aida. A maga é a mulher mais poderosa e experiente do reino, por isso espero que ela saiba o que acontece com Maeve. Bato na porta de seu laboratório e ela abre a porta imediatamente, segurando um livro em mãos. Aida ergue o rosto com seu óculos sem aste, preso na ponta do nari
AldousFiquei muito preocupado com meu amigo, e, depois de cumprir minhas obrigações, fui a sua procura. Bati na porta de seus aposentos e ele não estava lá, fui até o laboratório da maga e também não o encontrei, mas fiquei sabendo das novas descobertas da maga.Muita coisa envolvia o desmaio inexplicável de Maeve: a magia da Escuridão; a magia da Luz; os elfos e suas linhagens... percebi que se eu desejo ajudar meus amigos, a melhor forma para isso era buscando mais informações sobre o que havia acontecido com Maeve.Aida concordou que seria uma boa ideia buscar novas informações na biblioteca, por isso resolvi partir para lá. Já estava escurecendo, mas havia feito tudo que devia fazer, portanto, teria as próximas horas da noite para pesquisar na biblioteca do reino.Fui ao estábulo buscar minha égua e a montei. Cavalguei até o centro do reino, onde ficava a grande Biblioteca Central. Tudo de mais importante que há no reino fica lá, toda a história de Habrea; seus reis mais poderoso
AldousMe sentei à mesa, meio chocado com as informações que recebi há pouco. Elas ainda rondam minha mente antes de se assentarem completamente.— Você é mesmo uma espiã da Inteligência? - Pergunto ainda incrédulo.— É tão difícil de acreditar assim? - Ela levanta o olhar que estava focado no livro que acabara de abrir - Acha que não sou capaz de fazer um papel como este? Que só sirvo pra lavar, limpar e cozinhar?— Não! Eu não disse nada disso. - Respondo com urgência, pois a mulher estava interpretando muito mal minha incredulidade - Só não imaginava e agora estou tendo dificuldades para imaginar.— Não precisa imaginar, Aldous, olhe para frente e veja! - Ela exige e é bem isso que faço. Vejo que na minha frente há uma linda mulher de longos cabelos escuros, com uma face determinada. Ao mesmo tempo que é simpática, educada e prestativa, agora posso dizer que ela pode sim ser uma espiã perfeita.— Tem razão, me desculpe, você é uma excelente espiã. Esta incredulidade vem do seu pode
MaeveA sensação de estar flutuando parou quando abri os olhos e vi que estava em um lindo jardim. A luz era diferente, como se o dia fosse mais desbotado ou como se fosse um quadro pintado em cores pastéis, mas era unicamente bonito.Caminhei entre a grama alta e meus pés afundavam com tanta maciez, o cheiro de várias flores faziam o ar ser característico da primavera. Na minha frente havia um campo de tulipas, eu ainda não sabia que lugar era aquele e nem como fui parar ali, na verdade eu estava tendo dificuldades de me lembrar do que havia acontecido antes de me encontrar neste lindo lugar.Entrei no campo de tulipas e a explosão de cores me deixou encantada. Passei a mão pelas folhas lisas e então toquei as pétalas de textura aveludada. Abaixei-me e cheirei aquele perfume delicioso.Continuei meu caminho sem ter ideia de onde estava e para onde iria. Depois de caminhar por alguns minutos, avisto uma árvore e uma mulher sentada em baixo dela.Corro até lá. Aquela mulher deve saber
SeanComo não havia chances de adormecer, Aldous e eu partimos para o Forte onde havíamos mandado prender Roric. Ao chegarmos no local, causamos surpresas nos guardas que estavam de plantão, ninguém nos esperava e isto é bom. É mais fácil pegar um traidor quando ele não espera por sua visita.Somos informados pelos guardas que Roric está preso na cela mais afastada de todas, uma muito pouco usada justamente por ser afastada demais. Realmente, o local perfeito para colocar aquele verme.— Acha que ele ainda está lá? - Aldous me pergunta enquanto descemos as escadas de pedra que nos leva para a câmara dos prisioneiros.— Assim espero, não será nada agradável se ele não estiver.Chego na área onde ele está e vejo dois soldados em pé na entrada, isto é um bom sinal.— Majestade! - O primeiro me vê e cumprimenta retesando mais o corpo, batendo as botas e a lança no chão. O outro repete o gesto segundos depois.— Como está Roric?Pergunto, me aproximando de sua cela. Vejo um casulo escuro n
SeanAida piscou os olhos e sua feição se modificou, tornando-se meio irritada.— Está apaixonado por Maeve, Sean?— Que pergunta é essa, Aida!Afastei-me dela, me levantando de onde estava sentado.— Eu disse para fazer com que ela se apaixonasse por você, não que você se apaixonasse por ela.— Ela é minha esposa, Aida, um marido não deve amar e proteger sua esposa?Não sei o motivo, mas falar de meus sentimentos me incomodava e eu não queria ficar falando sobre isso. Mas também não teria coragem de dizer que não amava a minha esposa, pois eu tinha por ela um forte sentimento, só não sabia nomear ainda.— Está desperdiçando uma arma poderosa, Sean. - Ela também se levantou, mas estava mais irritada do que antes e sua voz se alterou um pouco. - Com o poder de Maeve, podemos conter o rei Leon. Nenhum de nós é capaz disso, sua esposa é.— Ela não vai à guerra! - Elevo minha voz na tentativa de fazer com que Aida pare com essas ideias loucas.— Não seja imprudente, majestade - Ela disse