— Mamãe... o que... — Eda... — Oliver murmura, olhando alternadamente entre a maluca da sua ex-amante e sua filha amedrontada. — Abaixe essa faca. Você vai machucá-la. — Oras... essa é a ideia, querido. Wendy sentiu seu coração bater descompassadamente, enquanto estava presa aos braços de sua mãe com a lâmina fria da faca pressionando seu pescoço delicado. Oliver permanecia imóvel com seu olhar fixo em Eda. Ele sabia que qualquer passo em falso poderia desencadear uma tragédia irreparável. — Eda, por favor. — ele implorou, com a voz angustiada. — Não faça isso. Wendy é só uma criança. Ela não tem culpa das escolhas erradas que fizemos. Eda soltou uma risada sinistra, a faca tremendo levemente em sua mão, deixando Wendy cada minuto mais apavorada. — Escolhas erradas? Ter ficado comigo, foi uma escolha errada? — Eda, sabe que nós só nos envolvemos porque eu estava passando por alguns problemas com a minha mulher. — o olhar de Eda fica ainda mais furioso e Oliver tenta melho
Londres, 2023. — Aqui o seu documento, senhor Blackwell. Só aguardar. Logo serão chamados. Após pegar seu documento da mão da recepcionista, Ethan da meia volta e se senta ao lado de Emily outra vez. A garota estava agarrada a uma revista de moda, sem dar muita atenção para aquilo. Ethan a olha de lado por alguns segundos e questiona: — Sua mãe sabe que você está aqui? — Não. — ela dá de ombros. — Provavelmente acha que estou na casa de alguma amiga. Mamãe é orgulhosa demais para me procurar. — Entendi... e onde vocês moram? Eu conheci sua mãe em... — Em um bar antigo nas noites de Liverpool. — Emily murmura, rolando os olhos. — Eu sei. E nós moramos no mesmo prédio velho da quinta avenida. Nada mudou. — Ah, eu... Ethan é interrompido pela menção de seu nome. Uma enfermeira alta e elegante estava diante de um corredor, com alguns papéis em mãos. Ele se levanta e olha para Emily, que parece paralisada na cadeira. — Tudo bem? — Sim. — ela murmura e se levanta, nada confiante da
— Ela não está, senhor Blackwell. — a recepcionista diz, desligando o telefone. — A secretária dela informou que a senhora Wendy saiu antes do almoço e ainda não retornou. Ethan estreita as sobrancelhas. — Liga de novo. A recepcionista supre sua vontade de revirar os olhos e pega o telefone mais uma vez. Ethan estava desconfiado de que Wendy não queria vê-lo, por estar chateada com a probabilidade de ele ter uma filha. Apesar de ela ter encorajado ele, e sido bastante compreensiva, Ethan tinha um certo receio daquilo ser falso e Wendy desistir do relacionamento deles. — Não. — ele diz. — Quer saber? Vou até lá. A mulher apenas o encarou, enquanto ele dava as costas para ela e ia para o elevador. Ethan apertava os botões frenéticamente, quando as portas se abriram, Theo saia olhando para o celular e os dois se trombaram. — Ei! — Theo exclama, olhando para seu cunhado. — Ethan. O que aconteceu? — Estão dizendo que Wendy não está. — E é verdade. — Theodore arqueia uma sobrance
Ethan encarou Wendy por longos segundos, até que falou: — Loira você era maravilhosa, mas morena... — ele fez uma careta brincalhona, tentando aliviar a tensão. — Você está absolutamente deslumbrante. Wendy soltou uma risada trêmula, um som que era ao mesmo tempo de alívio e felicidade. Ethan a puxou para mais perto, encostando sua testa na dela. — Juntos, podemos superar qualquer coisa, Wendy. — ele sussurrou. Deitados na cama, eles permaneceram em silêncio por alguns minutos, ouvindo apenas o som de suas respirações se acalmando. A luz suave do entardecer penetrava pelas cortinas, envolvendo-os em um brilho cálido. O peso das emoções do dia começava a ceder, substituído por uma sensação de paz que só a presença um do outro podia proporcionar. Ethan afagava delicadamente os cabelos molhados de Wendy, sentindo o cheiro da tinta recente. Ela, por sua vez, descansava a cabeça em seu peito, ouvindo as batidas firmes de seu coração. O calor do corpo de Ethan e a segurança de seus bra
Clifton andava de um lado a outro, no camarim improvisado, preocupado com a demora de Ethan. Faltavam dez minutos para a luta começar e ele ainda não havia chegado. O treinador estava prestes a ligar de novo, quando Ethan irrompe pela porta, jogando a bolsa no chão. — Cheguei. — Estou vendo. Ethan olha de lado para o seu treinador, enquanto começa a tirar seu terno e vestir apenas o short de luta. Clifton o observa com olhos estreitados. — Você não pode continuar chegando atrasado assim, Ethan. Isso aqui não é brincadeira. Ethan dá de ombros, sem parar o que está fazendo. — Não ligo para dinheiro, Clifton. Você sabe disso. Clifton se aproxima, o rosto vermelho de raiva. — Eu sei para o que você liga. Você acha que pode vencer o cara que matou sua irmã sem se esforçar, sem se dedicar? Você acha que só aparecer aqui vai ser suficiente? — Ethan o encara. — Lembra da surra que ele te deu, quando você simplesmente resolveu desafiá-lo cego de ódio? Ethan dá de ombros, claramente
Wendy dormia serenamente, quando um barulho de algo se quebrando, a despertou. Ela acordou assustada e olhou para a porta entreaberta. Levantando com cuidado, Wendy olhou em volta por alguns segundos e pegou seu sapato de salto alto, deixando o quarto em seguida. Caminhando lentamente até a sala, com seu salto alto em punhos, Wendy encontrou Ethan de pé, segurando um vaso quebrado nas mãos. Ele olhou para ela, um sorriso divertido se formando em seu rosto. — Boa noite, bela adormecida. — ele disse com um tom brincalhão. — Acho que fiz um pouco de barulho. Wendy soltou um suspiro de alívio, deixando o sapato cair ao lado dela. — Ethan, você me assustou! — ela exclamou, colocando uma mão sobre o peito para tentar acalmar os batimentos cardíacos. — Eu pensei que fosse algum intruso. Ethan riu, olhando para o sapato que Wendy tinha em mãos. — Um salto alto? — ele perguntou, levantando uma sobrancelha. — Essa é sua arma secreta para se proteger? Wendy revirou os olhos e deixou o sal
Ethan despertou com o som familiar de uma notificação de mensagem em seu telefone, um barulho agudo que o tirou do sono profundo. Ele abriu os olhos, piscando algumas vezes para ajustar-se à luz suave do quarto. Ainda um pouco grogue, ele estendeu a mão para o criado-mudo, onde seu telefone estava carregando. A tela brilhava, indicando a chegada de um novo e-mail. Com o coração acelerado, Ethan desbloqueou o telefone e viu que o e-mail era do laboratório de análise de DNA. O assunto da mensagem, "Resultado do Exame de DNA", fez seu estômago se contrair. Ele sabia o que aquele e-mail continha: as respostas às perguntas que ele e Emily vinham carregando nos últimos dias. Em vez de abrir o e-mail imediatamente, Ethan decidiu que deveria ler os resultados com Emily. Colocando o telefone de lado, ele saiu da cama e foi para o banheiro. Após um banho rápido e revigorante, ele se vestiu, escolhendo roupas simples e confortáveis. Ao sair do quarto, Ethan ouviu o som suave de uma música toc
“Então em menos de trinta dias, nós teremos uma advogada na família? Temos que marcar um jantar para comemorar!” As portas do elevador se abrem, assim que Wendy termina de ouvir a mensagem de voz enviada por Theo, seu irmão. — É, claro. Nós... Ao abrir a porta do apartamento, Wendy ficou imóvel por um instante, surpresa ao encontrar Ethan deitado no sofá, com uma almofada cobrindo o rosto. Ela desligou o gravador do telefone e deixou a bolsa cair suavemente no chão, caminhando até ele. O apartamento estava silencioso, exceto pelo som abafado de sua própria respiração e pelo leve murmúrio do tráfego distante lá fora. Ela se ajoelhou ao lado do sofá e, com delicadeza, retirou a almofada do rosto de Ethan. Ele abriu os olhos lentamente, revelando uma expressão de exaustão misturada com algo mais profundo, difícil de decifrar. — Ei, o que aconteceu? — Wendy perguntou, sua voz suave e cheia de preocupação. Ethan suspirou, parecendo procurar as palavras certas. Ele segurou a mão de W