Samanta
Não é como se eu desejasse tudo isso a minha vida inteira. A melhor igreja, vestido mais bonito, véu comprido ou curto, com ou sem grinalda. Nem mesmo as centenas de convidados, ou uma marcha nupcial e até mesmo a dança dos noivos. Por mim assinaria o contrato e tudo estava certo. Mas o que diria Hugo Morissette, o magnata das indústrias farmacêuticas se a sua única filha se casasse nessas circunstâncias? Definitivamente ele não aceitaria e se eu insistisse, talvez desconfiaria dos meus planos. Portanto, aqui estou eu entrando em uma igreja matriz enorme, com uma decoração exageradamente luxuosa, sendo visada por todos os membros da alta sociedade – e acredite, essa é a pior parte desse momento. Manter um sorriso largo e feliz o tempo todo no rosto e ainda fingir uma paixão avassaladora. Avassaladora sim, já que estou me casando do dia pra noite. No en
SamantaEstá feito. Penso assim que adentro o quarto de hóspedes da mansão D’angelo e olho ao meu redor com um suspiro alto. E agora, como vai ser? Que merda, Samanta, você não pensou no depois! Tudo bem, antes tinha a ideia de ir morar no apartamento, só nós dois, quartos separados, mas com uma esquentadinha aqui e outra ali. Nada envolvente demais, sem dividir uma cama e sem dormir juntos. Entretanto. agora tem uma casa grande e luxuosa no meio dessa bagunça toda e tem a Itália para me observar. Eu sei que é isso que o meu pai quer, uma babá no meu pé em tempo integral para ditar os meus passos e ter a certeza de que ficarei bem. Bufo audivelmente e encaro um par de roupas estendido em cima da cama. Contudo, vou para a frente do espelho e fito o reflexo da noiva, abrindo um sorriso pequeno em seguida.— Não tenho dúvidas de que você é mal
Ethan... Como estão as coisas com a sua fera indomável?... Fera indomável? Essa é boa, meu amigo! ... Ela está sentada a cerca de dois metros de mim e acabou de enfiar os fones nos seus ouvidos.... Sério? Cara, você está ferrado!... Talvez não. Às vezes essa ferinha só precisa de carinho e atenção como qualquer fera.... Kkkkkkkkkk... Preciso desligar o aparelho, vamos decolar.... Boa sorte, meu amigo!... Obrigado, vou precisar!Puxo o ar pela boca e guardo o celular, dirigindo o meu olhar para a janela do avião. Fera indomável. Essa é boa! Me pego rindo e olho na sua direção. Samanta tem os olhos fechados e provavelmente está concentrada na sua música. Isso me possibilita avali&aa
EthanUm desejo rejeitado, uma ereção frustrada e um banho frio para relaxar. Fugir dos meus pensamentos mais deliciosos e envolventes deve me ajudar, e claro, ler as notícias nos jornais também. Portanto, visto um short folgado, ponho os óculos escuros e me acomodo em uma espreguiçadeira, porém, antes de focar nas primeiras páginas a procuro ao meu redor. A piscina de formato circular está vazia, a espreguiçadeira do meu lado também e ela não está no terraço, nem no ofurô. Aonde ela foi...Puta merda! Xingo quando a morena sai de dentro do chalé envolvida apenas por um pano fino e curto na sua cintura, revelando o delicioso corpo desprovido de panos... quer dizer, tirando o sutiã cortininha que deixa boa parte dos seus seios à mostra. O meu membro volta a despertar com essa visão sexy, saltando violentamente dentro do
Samanta O seu toque. Ah, esse seu toque com a pressão certa e nos lugares certos me deixa completamente sem ar. E quando essa sua boca atrevida deliberadamente faz alguns rastros de beijos ardentes pela minha pele, ou quando ela brinca com a minha intimidade faz o fogo dentro de mim crescer assustadoramente. Ethan literalmente libera a safada dentro de mim que eu havia me esquecido a tempos. Ah, Ethan D’angelo você tem um poder especial sobre mim e nem percebe isso. Um grunhido sufocado escapa da sua garganta quando ele finalmente entra em mim e eu me perco inteira nos seus movimentos firmes e precisos, puxando-me cada vez mais para perto da escuridão do abismo, que eu aprendi a amar, deixando-me inteiramente enlouquecida. — Ah, Ethan! — O seu nome escapa da minha boca com um gemido arrastado e languido. É impossível segurá-los quando sou sequestrada pelo êxtase da sua intensidade e o delírio me faz explodir em mil pedaços. Agora só sobraram as nossas respirações des
Samanta— Itália?! — Pois é, eu corri e gritei o seu nome, como uma criança animada caindo direto nos seus braços, assim que pus os meus pés para fora do carro. Logo sou abraçada por ela tão forte e tão quentinha, que chego a perceber... estava morrendo de saudades de casa e nem me dei conta disso.— Onde está o Senhor D'angelo? Ele não veio? — Ela pergunta quando se afasta um pouco e não o ver sair do veículo.— Não, ele foi direto para a empresa. Disse que queria ver como estão as coisas estão por lá e que depois viria para casa — explico, enquanto envolvo os seus ombros com o meu braço e a linda mansão. Logo os meus olhos começam a explorar o elegante hall da casa. Grande demais para duas pessoas que mal se suportam. Penso. Contudo de cara percebo um detalhe que me chama a atenç
Ethan— Ora, Senhor Ethan D’angelo! Posso saber o que um homem recém-casado faz aqui a essa hora, quando deveria estar curtindo a sua belíssima esposa?— Bom dia pra você também, David! — ralho um tanto seco para o meu amigo, que segue os meus passos firmes e levemente apressados pelo longo corredor da D.C, direto para a minha sala. Mas ele está certo. Eu deveria ter acompanhado a minha esposa para a nossa nova casa. Meu Deus, essas três últimas palavras me assustam! Contudo, eu não fui e inventei uma desculpa para vir para o escritório com duas finalidades: manter a distância e pensar com clareza. Foram trinta dias confinados naquele lugar e eu sei que não foi impressão minha. Samanta esconde algo e o fato de sempre enrijecer com os meus elogios me intriga. Talvez eu não tenha feito a minha tarefa de casa direito, talvez precise me aprofund
EthanEssa droga não podia ser mais ridícula. Não depois de tudo que fizemos em trinta dias inteiros, confinados em uma ilha tropical com toda sorte apetrechos românticos que julguei ter amolecido essa mulher. Agora estou em um jantar servido apenas para duas pessoas, em uma mesa extremamente comprida e a coisa mais absurda é que estamos ocupando as cadeiras nas pontas da mesa, e bem no centro dela tem um enorme vaso com flores, impedindo de nos olharmos nos olhos. Que droga de distância é essa? O que ela pensa que eu vou fazer, devorá-la como se fosse uma fera irracional? Portanto, limpo a garganta e inicio uma conversa para tentar entender essa situação.— Não acha que estamos muito distantes um do outro? — pergunto com um leve tom de humor e como quem não quer nada, enquanto enrolo o espaguete a carbonara no meu garfo.— Para mim está óti
SamantaSerá que ele já dormiu? Aff, queria me mexer! Droga, e se eu me mexer e ele estiver acordado? Aí saberá que não estou conseguindo dormir e claro atribuirá isso ao fato de desejá-lo e de não me permitir tocá-lo. Merda, o pior é que é verdade! Por que anseio tanto pelos seus beijos e por seus toques? Essa regra veio no momento certo, Samanta, mas seria bem mais fácil se ficássemos em quartos separados. Com uma respiração meticulosamente lenta, viro-me devagarinho apenas para olhá-lo, encontrando as costas largas virada para mim. É, parece que ele dormiu mesmo e você deveria fazer o mesmo. Portanto, puxo outra respiração profunda, porém, baixa e vagarosa o suficiente para não chamar a atenção, e me forço a fechar os olhos. Vem logo sono! Vem logo sono!Um amor igual ao que os meus