Samanta
— Itália?! — Pois é, eu corri e gritei o seu nome, como uma criança animada caindo direto nos seus braços, assim que pus os meus pés para fora do carro. Logo sou abraçada por ela tão forte e tão quentinha, que chego a perceber... estava morrendo de saudades de casa e nem me dei conta disso.
— Onde está o Senhor D'angelo? Ele não veio? — Ela pergunta quando se afasta um pouco e não o ver sair do veículo.
— Não, ele foi direto para a empresa. Disse que queria ver como estão as coisas estão por lá e que depois viria para casa — explico, enquanto envolvo os seus ombros com o meu braço e a linda mansão. Logo os meus olhos começam a explorar o elegante hall da casa. Grande demais para duas pessoas que mal se suportam. Penso. Contudo de cara percebo um detalhe que me chama a atenç
Ethan— Ora, Senhor Ethan D’angelo! Posso saber o que um homem recém-casado faz aqui a essa hora, quando deveria estar curtindo a sua belíssima esposa?— Bom dia pra você também, David! — ralho um tanto seco para o meu amigo, que segue os meus passos firmes e levemente apressados pelo longo corredor da D.C, direto para a minha sala. Mas ele está certo. Eu deveria ter acompanhado a minha esposa para a nossa nova casa. Meu Deus, essas três últimas palavras me assustam! Contudo, eu não fui e inventei uma desculpa para vir para o escritório com duas finalidades: manter a distância e pensar com clareza. Foram trinta dias confinados naquele lugar e eu sei que não foi impressão minha. Samanta esconde algo e o fato de sempre enrijecer com os meus elogios me intriga. Talvez eu não tenha feito a minha tarefa de casa direito, talvez precise me aprofund
EthanEssa droga não podia ser mais ridícula. Não depois de tudo que fizemos em trinta dias inteiros, confinados em uma ilha tropical com toda sorte apetrechos românticos que julguei ter amolecido essa mulher. Agora estou em um jantar servido apenas para duas pessoas, em uma mesa extremamente comprida e a coisa mais absurda é que estamos ocupando as cadeiras nas pontas da mesa, e bem no centro dela tem um enorme vaso com flores, impedindo de nos olharmos nos olhos. Que droga de distância é essa? O que ela pensa que eu vou fazer, devorá-la como se fosse uma fera irracional? Portanto, limpo a garganta e inicio uma conversa para tentar entender essa situação.— Não acha que estamos muito distantes um do outro? — pergunto com um leve tom de humor e como quem não quer nada, enquanto enrolo o espaguete a carbonara no meu garfo.— Para mim está óti
SamantaSerá que ele já dormiu? Aff, queria me mexer! Droga, e se eu me mexer e ele estiver acordado? Aí saberá que não estou conseguindo dormir e claro atribuirá isso ao fato de desejá-lo e de não me permitir tocá-lo. Merda, o pior é que é verdade! Por que anseio tanto pelos seus beijos e por seus toques? Essa regra veio no momento certo, Samanta, mas seria bem mais fácil se ficássemos em quartos separados. Com uma respiração meticulosamente lenta, viro-me devagarinho apenas para olhá-lo, encontrando as costas largas virada para mim. É, parece que ele dormiu mesmo e você deveria fazer o mesmo. Portanto, puxo outra respiração profunda, porém, baixa e vagarosa o suficiente para não chamar a atenção, e me forço a fechar os olhos. Vem logo sono! Vem logo sono!Um amor igual ao que os meus
Samanta— Ei, não é melhor ir devagar? — Emily Green diz quando viro o meu terceiro copo e faço sinal para o garçom voltar a enchê-lo.— Por que eu faria isso? Eu estou me divertindo e estou sentindo ótima com isso!— Ok, o que está pegando, Samanta? — Encho os pulmões de ar e encaro o olhar perspicaz da minha amiga do outro lado da mesa, bufando em seguida.— É o Ethan.— O que tem ele? — Bebo um gole grande da minha bebida colorida e após largar o copo em cima da mesa, me encosto na cadeira e desabo a falar.— Você quer dizer, qual o problema dele?— Ok, e qual é o problema dele?— A perfeição. — Ela me lança um olhar esquisito. — Por que ele precisa ser tão perfeito na cama e fora dela, me diz? Que droga, o homem vai para a cama animado e a
SamantaNo dia seguinte...— Hum, que delícia! — sussurro com a voz rouca de sono, sentindo uma trilha gostosa de minúsculos beijos se arrastando pelas minhas costas nuas e abro um sorriso languido, virando-me sem pressa, ficando de frente para ele. Um Ethan lindamente bagunçado aparece no meu campo de visão e o sorriso que ele abre para mim, me faz segurar um suspiro.— Bom dia, Senhora D'angelo! — Droga, essa sua voz rouca sempre me faz vibrar por dentro.— Bom dia! — respondo com um pouco de dificuldade. Então ele me beija na boca e eu me pergunto se teremos uma nova maratona de sexo pela manhã. — Ethan, sobre ontem. Todo aquele aparato e preparativos...— Xiu, relaxa, Samanta! Aquilo foi só para despistar a Itália. — Arqueio as sobrancelhas.— Ah, então...— Mas, tinha propósito.&
Ethan Não tem como não ri dessa situação. Ela é tão inusitada quanto ridícula, mas devo admitir que David acertou na mosca. Como ele consegue dar conselhos tão preciosos sendo tão jovem quanto eu? Eu só precisava mostrar para ela o quanto podemos ser envolventes sem se comprometer realmente e para isso tive que usar a criatividade. O problema é que eu não conseguia pensar em nada quase que o dia todo, então tive que fingir que Samanta Morissette era a mulher da minha vida. Foi aí que a coisa fluiu e caramba, deu muito certo! Satisfeito com o resultado da minha performance romântica, ergo um pouco a minha cabeça, fitando-a sentada no banco acolchoado do barco. Samanta está admirando o mar, mas tem uma coisa que eu dificilmente conseguia ver no seu rosto desde que estamos juntos... um lindo sorriso embelezando o seu lindo rosto. Essa imagem me faz suspirar. Tem algo nessa mulher me que me faz importar com ela. Uma necessidade de cuidar dela, de mantê-la segura, mas não sei de que exata
Ethan — Ava, boa noite! Desculpa estar te incomodando a essa hora, mas pode separar alguns documentos para mim amanhã, para a primeira reunião do dia? — Boa noite, Senhor D’angelo! Tudo bem, eu posso separá-los, mas não me lembro de nenhuma reunião no primeiro horário. — E não tinha. Acabei agora o jantar de negócios e o cliente quer ver pessoalmente a contabilidade da empresa. — Entendi. Me passe o código dessa empresa e amanhã todos os documentos estarão na sua mesa. — Obrigado, Ava! — Encerro a ligação e caminho apressado para o meu carro. O motivo? Estou ansioso para vê-la e saber como foi o seu dia. Contudo, antes que eu chegue ao veículo alguém esbarra forte em mim e logo uma chuva de papéis se espalha pelo ar. — Ah, me desculpe! Me desculpe! — Uma voz feminina pede e a minha educação me pede para ajudá-la. — Está tudo bem. Parece que todo mundo está com pressa de chegar em casa — resmungo. — Verdade. É o meu primeiro dia na Diamonds e foi uma loucura! — A garota sorri er
SamantaMúsicas. Eu nunca prestei muita atenção nelas. Na verdade, sempre achei que elas eram uma distração para mim. Portanto, só me dava ao luxo de ouvi-las para relaxar e isso quase nunca acontecia. Mas não é isso que estou fazendo agora - digo referindo-me ao momento que eu deveria estar completamente focada no meu trabalho e não na voz de Michele Morrone. Acho que o Ethan é uma péssima influência para mim, porque bem no meio da leitura de um contrato importante para a empresa eu me pego sorrindo ao lembrar-me de nós dois dançando na chuva. Creio que estou ficando maluca fazendo todos os seus caprichos assim. Mas devo admitir que aquilo foi muito gostoso também.— Ei! Ou? — Ergo a cabeça quando a palma da mão da minha amiga surge de repente bem na frente dos papéis e me livro dos fones de ouvidos. — O que você est&aacu