Eu estava mais inquieto hoje do que o normal, não conseguia tirar Sophia da cabeça e mesmo que tê-la invadindo meus pensamentos tivesse se tornado algo normal no meu dia a dia, hoje estava fora do normal. Havia um aperto em meu peito, uma agonia me atrapalhando de me concentrar em tudo.— Senhor? — Dylan sacudiu os dedos na minha frente, me trazendo de volta. — Escutou algo do que eu falei nos últimos cinco minutos? — Não, não escutei nenhuma palavra sequer. — respondi me levantando e empurrando a cadeira. — E isso é mais um sinal para que eu dê o dia de hoje por encerrado.— O que? Não, o senhor ainda tem uma reunião e precisa terminar de revisar esses papéis hoje, antes de liberar a produção. — ele se desesperou vindo atrás de mim enquanto eu deixava a sala.— Isso vai ter que esperar até amanhã, não vou conseguir resolver mais nada hoje. — minha mente não estava aqui e não ia sossegar enquanto eu não colocasse os olhos em Sophia, era o que eu queria declarar, mas preferi guardar p
Eu tentava me manter acordada mesmo que o cansaço estivesse me consumindo, mas Will me ajudou, me tocando a todo instante, falando comigo para me manter de olhos abertos no caminho até o hospital.Parecia que havia sido atropelada por um caminhão, minhas costelas doíam e minha garganta queimava. E até mesmo o balanço do carro me incentivava para relaxar e fechar os olhos.— Já estamos chegando, cupcake. — ele disse me apertando em seu colo. — Fica comigo mais um pouco.Forcei meus olhos um pouco mais, encarando o rosto perfeito dele bem perto do meu. Ainda não tinha conseguido processar que Will havia me resgatado, estávamos os dois encharcados no banco de trás e ele nem ao menos se importou em estragar seu banco.— Porque me salvou? — perguntei baixinho, sentindo a garganta protestar com o esforço.— Porque não salvaria? Você significa pra mim muito mais do que pode imaginar, eu quase enlouqueci com a mera ideia de perdê-la. — Will confessou sem se importar com Brian e o motorista es
— Já chega! Parem com isso todos vocês, fiquem quietos! — Sophia gritou, fazendo todos nós a olharmos. Ela estava certa, não deveríamos estar ali discutindo na sua frente depois de tudo o que ela havia passado, aquele era o momento para ela ser cuidada e descansar.Mas no instante seguinte, ela começou a se sufocar e com um movimento de seu corpo, água começou a sair de sua boca. Senti como se fosse atingido no peito com um punho, roubando meu ar com o pavor de perdê-la. Duas vezes em um único dia seria demais para o meu coração.Doutor Colton se apressou em virá-la de lado e Erick passou por mim direto para ela, colocando o estetoscópio em suas costas tentando ouvir algo enquanto ela melhorava.— Não escuto água nos pulmões, mas é bom fazermos um raio-x para ter certeza disso e de que não houve aspiração. — Erick falou, dando um olhar para o pai, que concordou com a cabeça e rapidamente começaram a empurrar a maca para fora.Eu os segui de perto até a porta, quando ela se virou, me o
William estava ao meu lado depois de todo aquele pesadelo, onde acreditei que iria morrer, e me pediu sinceridade sobre o que havia acontecido. Parecia irreal que ele tivesse mesmo me resgatado e feito com que ela ficasse longe de mim, enquanto eu estava naquela sala de raio-x, sozinha e em silêncio consegui começar a processar tudo o que havia acontecido desde o momento que Amber chegou na mansão.— Não queria ter de falar sobre isso com você. — murmurei fingindo estar concentrada em minhas unhas. — Mas Amber me acusou de estar tendo um caso com você, ela disse que eu tinha algo contra você que o fez ficar preso a mim.— Ela o que? Não consigo acreditar que Amber se rebaixou a esse nível e foi confrontar você. — ele disse e eu ergui a cabeça no mesmo instante, o vendo balançando a cabeça de um lado para o outro em negação.— Não estou mentindo, Will. É por isso que não queria contar, sabia que não acreditaria que a perfeita e adorada Amber e seus amigos diriam alguma coisa de ruim…—
Eu ainda tinha a sensação de ter meus lábios sobre os dela fresca em minha mente, e no instante que eu vi Sophia fechando os olhos completamente entregue ao meu toque eu não resisti mais e me entreguei ao que vinha desejando fazer há um bom tempo.Tomei o lábio dela, sugando com fome ouvindo um arquejo escapar dela, aquilo serviu como combustível, inflamando meu interior.Deslizei minha língua contra a dela, dominando-a como vinha sonhando em fazer e ouvi meu nome sair de seus lábios como um doce gemido.— Will…Eu havia fantasiado tantas vezes com aquele momento que era até mesmo difícil de acreditar que estava acontecendo.Meu corpo todo parecia estar em combustão a cada movimento de nossos lábios, eu sentia meu pau pulsando dentro da calça, se apertando contra o zíper. Não sentia isso com apenas um beijo inocente em muito tempo, Sophia tinha sido capaz de despertar em mim uma onda de desejo e ansiedade que eu não me lembrava de ter sentido um dia sequer. Era como se ela tivesse a c
Eu ainda estava tentando recuperar o ar depois dos beijos de William e não consegui evitar o sorriso que brotou nos meus lábios em pensar que ele tinha superado todas as minhas expectativas. Imaginei que beijá-lo seria intenso, arrebatador e sensual, mas ele tinha conseguido ir além disso.Meu corpo todo parecia ter entrado em combustão com uma fornalha que queimava em meu interior, enviando uma onda pulsante até o centro das minhas pernas. Senti meu rosto esquentar em pensar na forma como ele me fez sentir, mas no momento em que William me beijou eu só queria mais, não queria que tivesse fim.Até aquela interrupção foi um tanto bem-vinda, infelizmente nós havíamos nos deixado levar pelo momento sem pensar nas consequências. Nunca imaginei que Will me beijaria e quando aconteceu eu não pensei em mais nada, nem por um segundo Erick passou em minha mente até seu pai entrar no quarto.— O que está acontecendo lá fora? — perguntei a mim mesma, esticando a cabeça para tentar ver a porta. M
Doença, está ai uma palavra que nunca me importou muito, quando se tem dinheiro não nos preocupamos com coisas pequenas que podem ser facilmente resolvidas pagando os melhores médicos do mundo. Mas quando essa palavrinha vem seguida de "terminal", se torna um grande pesadelo para o rico ou o pobre.Tudo o que eu quero é tempo, nesse momento da minha vida não me importa o quanto de dinheiro eu tenho, as empresas no meu nome, quantos carros e casas que possuo. Só me importa quanto tempo de vida eu tenho.Um ano, foi o que meu médico disse, um maldito ano. Trezentos e sessenta e cinco dias para que eu pudesse usufruir dos meus bilhões, para que eu conseguisse ter um herdeiro e dar uma continuidade ao meu legado.E foi assim que eu vim parar nesse terraço, acompahado da garota que vi dormindo em um banco no parque. Não é todo dia que se conhece uma menina tão linda morando nas ruas de Seattle.— Não pularia daí se fosse você. — tentei soar baixo para não assustá-la, mas não teve jeito.A
Eu vinha fugindo a tanto tempo que nem ao menos me lembrava como era ter um lugar para ficar em paz. Fiquei tão feliz quando finalmente consegui aquele emprego na lanchonete e não hesitei em guardar cada centavo para que pudesse ter o dinheiro suficiente para alugar um lugar só meu.Mas ali estava eu sendo perseguida por ele mais uma vez. Não sei como ele me encontrou tão rápido dessa vez, eu não sabia mais o que fazer, para onde fugir, onde me esconder dele.Por isso quando aquele estranho, que tinha acabado de salvar minha vida, me estendeu a mão me garantindo que ninguém iria me incomodar mais eu aceitei.Poderiam até me chamar de maluca, por confiar em um homem que eu não conhecia, mas para falar a verdade as pessoas que eu conheci a minha vida inteira foram responsáveis por eu estar onde estou hoje.Encarei o homem ao meu lado, a roupa impecável, a postura perfeitamente ereta, ele era rico e eu nem precisava olhar para o carro chique ou o relógio de marca em seu pulso.— Porque v