— Já chega! Parem com isso todos vocês, fiquem quietos! — Sophia gritou, fazendo todos nós a olharmos. Ela estava certa, não deveríamos estar ali discutindo na sua frente depois de tudo o que ela havia passado, aquele era o momento para ela ser cuidada e descansar.Mas no instante seguinte, ela começou a se sufocar e com um movimento de seu corpo, água começou a sair de sua boca. Senti como se fosse atingido no peito com um punho, roubando meu ar com o pavor de perdê-la. Duas vezes em um único dia seria demais para o meu coração.Doutor Colton se apressou em virá-la de lado e Erick passou por mim direto para ela, colocando o estetoscópio em suas costas tentando ouvir algo enquanto ela melhorava.— Não escuto água nos pulmões, mas é bom fazermos um raio-x para ter certeza disso e de que não houve aspiração. — Erick falou, dando um olhar para o pai, que concordou com a cabeça e rapidamente começaram a empurrar a maca para fora.Eu os segui de perto até a porta, quando ela se virou, me o
William estava ao meu lado depois de todo aquele pesadelo, onde acreditei que iria morrer, e me pediu sinceridade sobre o que havia acontecido. Parecia irreal que ele tivesse mesmo me resgatado e feito com que ela ficasse longe de mim, enquanto eu estava naquela sala de raio-x, sozinha e em silêncio consegui começar a processar tudo o que havia acontecido desde o momento que Amber chegou na mansão.— Não queria ter de falar sobre isso com você. — murmurei fingindo estar concentrada em minhas unhas. — Mas Amber me acusou de estar tendo um caso com você, ela disse que eu tinha algo contra você que o fez ficar preso a mim.— Ela o que? Não consigo acreditar que Amber se rebaixou a esse nível e foi confrontar você. — ele disse e eu ergui a cabeça no mesmo instante, o vendo balançando a cabeça de um lado para o outro em negação.— Não estou mentindo, Will. É por isso que não queria contar, sabia que não acreditaria que a perfeita e adorada Amber e seus amigos diriam alguma coisa de ruim…—
Eu ainda tinha a sensação de ter meus lábios sobre os dela fresca em minha mente, e no instante que eu vi Sophia fechando os olhos completamente entregue ao meu toque eu não resisti mais e me entreguei ao que vinha desejando fazer há um bom tempo.Tomei o lábio dela, sugando com fome ouvindo um arquejo escapar dela, aquilo serviu como combustível, inflamando meu interior.Deslizei minha língua contra a dela, dominando-a como vinha sonhando em fazer e ouvi meu nome sair de seus lábios como um doce gemido.— Will…Eu havia fantasiado tantas vezes com aquele momento que era até mesmo difícil de acreditar que estava acontecendo.Meu corpo todo parecia estar em combustão a cada movimento de nossos lábios, eu sentia meu pau pulsando dentro da calça, se apertando contra o zíper. Não sentia isso com apenas um beijo inocente em muito tempo, Sophia tinha sido capaz de despertar em mim uma onda de desejo e ansiedade que eu não me lembrava de ter sentido um dia sequer. Era como se ela tivesse a c
Eu ainda estava tentando recuperar o ar depois dos beijos de William e não consegui evitar o sorriso que brotou nos meus lábios em pensar que ele tinha superado todas as minhas expectativas. Imaginei que beijá-lo seria intenso, arrebatador e sensual, mas ele tinha conseguido ir além disso.Meu corpo todo parecia ter entrado em combustão com uma fornalha que queimava em meu interior, enviando uma onda pulsante até o centro das minhas pernas. Senti meu rosto esquentar em pensar na forma como ele me fez sentir, mas no momento em que William me beijou eu só queria mais, não queria que tivesse fim.Até aquela interrupção foi um tanto bem-vinda, infelizmente nós havíamos nos deixado levar pelo momento sem pensar nas consequências. Nunca imaginei que Will me beijaria e quando aconteceu eu não pensei em mais nada, nem por um segundo Erick passou em minha mente até seu pai entrar no quarto.— O que está acontecendo lá fora? — perguntei a mim mesma, esticando a cabeça para tentar ver a porta. M
Doença, está ai uma palavra que nunca me importou muito, quando se tem dinheiro não nos preocupamos com coisas pequenas que podem ser facilmente resolvidas pagando os melhores médicos do mundo. Mas quando essa palavrinha vem seguida de "terminal", se torna um grande pesadelo para o rico ou o pobre.Tudo o que eu quero é tempo, nesse momento da minha vida não me importa o quanto de dinheiro eu tenho, as empresas no meu nome, quantos carros e casas que possuo. Só me importa quanto tempo de vida eu tenho.Um ano, foi o que meu médico disse, um maldito ano. Trezentos e sessenta e cinco dias para que eu pudesse usufruir dos meus bilhões, para que eu conseguisse ter um herdeiro e dar uma continuidade ao meu legado.E foi assim que eu vim parar nesse terraço, acompahado da garota que vi dormindo em um banco no parque. Não é todo dia que se conhece uma menina tão linda morando nas ruas de Seattle.— Não pularia daí se fosse você. — tentei soar baixo para não assustá-la, mas não teve jeito.A
Eu vinha fugindo a tanto tempo que nem ao menos me lembrava como era ter um lugar para ficar em paz. Fiquei tão feliz quando finalmente consegui aquele emprego na lanchonete e não hesitei em guardar cada centavo para que pudesse ter o dinheiro suficiente para alugar um lugar só meu.Mas ali estava eu sendo perseguida por ele mais uma vez. Não sei como ele me encontrou tão rápido dessa vez, eu não sabia mais o que fazer, para onde fugir, onde me esconder dele.Por isso quando aquele estranho, que tinha acabado de salvar minha vida, me estendeu a mão me garantindo que ninguém iria me incomodar mais eu aceitei.Poderiam até me chamar de maluca, por confiar em um homem que eu não conhecia, mas para falar a verdade as pessoas que eu conheci a minha vida inteira foram responsáveis por eu estar onde estou hoje.Encarei o homem ao meu lado, a roupa impecável, a postura perfeitamente ereta, ele era rico e eu nem precisava olhar para o carro chique ou o relógio de marca em seu pulso.— Porque v
Eu nem acreditava que tinha feito mesmo aquilo, peguei uma completa estranha na rua e a trouxe para dentro de casa.Eu soube pelo olhar de Brian, meu motorista e segurança, que ele achava que eu estava enlouquecendo. Não posso culpa-lo, eu nunca fiz nada desse tipo, nunca ousei na vida ou fiz algo que fugisse do padrão esperado para um magnata do petróleo.Ao menos eu podia culpar a doença, podia dizer que estava mexido com as notícias e isso me fez tomar uma decisão maluca.Porém a verdade é que eu não sabia o que tinha visto nela, mas algo mexeu comigo e me impulsionou a querer cuidar dela, me fez desejar poder dar a ela uma vida diferente.Por isso quando a vi naquele terraço prestes a pular, não pensei duas vezes de correr para salvá-la.A ideia de ter um filho foi algo um tanto aleatório, confesso que disse mais como uma desculpa para que ela viesse comigo, mas agora observando Sophia encantada com cada canto da casa que eu mostrava, a ideia começava a se assentar na minha cabe
Era estranho estar dentro daquela casa enorme, com aquele homem imponente com aqueles olhos intensos cor de mel sobre mim, enquanto continuava a falar sobre a oferta mais insana que alguém poderia fazer.— Está me dizendo que não fará nada comigo que eu não queira? — perguntei, precisando ter certeza de que ele não teria outras intenções ali.— Eu jamais tocaria em você sem o seu consentimento. — ele respondeu com a voz tão baixa quanto a minha. — Tudo o que quero é que sejamos amigos e que você carregue o futuro dos Donavan. É isso o que também quer?Não tinha ideia de como responder aquilo, mas meus olhos desceram pelo rosto impecável, contornando a barba fina que envolvia seus lábios carnudos e que parecia sempre ostentar um leve sorriso.William era a mistura de poder, dinheiro e beleza, homens assim eram perigosos. Mas eu não sabia o porquê ele me passava uma confiança, talvez fosse por ter me impedido de cair do prédio, ou apenas por ter me tirado rapidamente da rua. O fato é qu