- Ops, pessoal, está tarde, preciso ir para casa. Mas nós nos vemos no colégio! - Melissa levantou-se e depositou um beijo no rosto de cada um, quando minha vez chegou eu pude sentir seu cheiro doce, delicado e ao mesmo tempo agressivo invadindo o meu cérebro.
Eu suspirei quando o cheiro de folha seca, que tinha aquela cidade, roubar o lugar de Melissa em meu corpo.
- Uou, você está quase babando! - DJ disse rindo.
- Você está literalmente babando! - Marie deu uma gargalhada contagiante que acabou me fazendo rir também.
- Pessoal, vai ter uma baladinha daqui a uma hora, quem quer ir! - Markus disse com empolgação.
Todos concordaram em ir, e eu não queria voltar sozinha para casa, então eu aceitei em ir com eles.
Nós fomos, mesmo sem bebida e nenhum tipo de droga, eles andavam fazendo o barulho mais irritante possível
Fui até o bebedouro para me acalmar, lavei o rosto com água e sentei-me no chão. Passei alguns minutos ali, solitária, sem ninguém. Meus pensamentos estavam a flor da pele. Eu só pensava em como reagir a expulsão.Passei mais alguns minutos quando eu ouvi passos atrás de mim, alguém vindo. Me virei bruscamente para o lado mas ninguém havia se aproximado. “Droga, alucinações novamente”Pensei comigo. Respirei fundo e fechei os olhos, na tentativa de esquecer tudo, e não ter que arcar com as alucinações.Mais uma vez ouvi passo, desta vez estavam mais nítidos, e pude até sentir uma respiração em meu pescoço. Quando olhei para o lado, novamente me peguei tendo alucinações, ninguém havia se aproximado. Fiquei irritada com tudo isso. “Eu sou louca? “Me levantei rapidamente e me aprecei
Eu estava quase me urinando, quando um dos policiais virou-se para trás, me olhando com alivio.- Calma. Nós não vamos te machucar, muito menos vamos te levar para a cadeira elétrica. Só queremos conversar com você!Eu continuei desconfiada, mas minha dor de barriga havia aliviado um pouco.Os policiais me levaram até a delegacia, eles me tratavam com delicadeza e calma, como se eu fosse feita de vidro ou qualquer outro objeto sensivel ao to que bruto.Quando adentramos o recinto, logo avistei uma pessoa conhecida. Meu primo Josh estava sentado, com seu rosto afundado nas mão.- Josh! ! ! - Gritei e fui ao seu encontro o abraça-lo. Fazia alguns anos que eu não o via. Ele era muito carinhoso comigo, sempre me apoiou e sempre me ajudou com minhas necessidades.- Pequena! Achei que tínhamos te perdido também!Percebi sua voz chorosa, e quando o solte
Eu estava sentindo um enjoou tremendo quase me fazendo vomitar ali mesmo. Ninguém havia aparecido, e eu já estava impaciente.Sentei-me num tronco te arvore cortada quando tomei um susto. Marie saiu de trás de umas arvores pulando em minha frente.- Enlouqueceu? - Gritei nervosa fazendo-a rir.- Calma esquentadinha. . . - Ela parou para pensar no que ela havia dito. - Me desculpe, não foi o que eu quis dizer.- Cale-se, eu não teria percebido se você não tivesse se desculpado! - Eu disse mal-humorada por causa da dor em minha barriga.- Você está bem? - Ela se aproximou segurando meu braço.- Sim, estou! - Menti.- Vem, você vai gostar! Marie me puxou para adentrar mais aquelas arvores, que num filme de terror daria um bom cenário.Quando chegamos numa parte escondida daquele lindo atalho, havia um
- Fátima, preciso falar com você! . . . - Melissa me dirigiu a palavra e fez meu coração saltitar.Tentei procurar respostas em Marie, mas ela estava ocupada demais conversando com Lua, ou talvez me ignorando propositalmente.Acenei com a cabeça, e Melissa me levou para um lugar meio isolado das outras pessoas. Meu coração estava quase saindo de dentro do meu peito, e minhas pernas bambeavam e formigavam. Tentei olha-la nos olhos mas ela apenas mantinha sua cabeça baixa.- Fátima. . . - Ela disse quase que sussurrando. - Eu quero te contar uma coisa!Eu estava preparada para ouvir algo muito ruim. O meu azar era bem aparente, e claro que ela não diria algo com “eu te amo”ou “Eu quero ser sua, seja minha”. Eu não tinha a menor chace.- Eu queria te pedir desculpas! - Neste momento eu engasguei me com a própria saliva. &n
Acordei com uma forte pontada em meu abdômen, olhei assustada para a minha barriga, a dor era insuportável, comecei a berrar pela forte dor.- Socorro! - Gritei ainda arfando.Ninguém apareceu. Tentei me arrastar até a porta, tentativa falha. Cai ao chão provocando ainda uma dor maior. Gritei novamente tentando chamar aqueles guardas imprestáveis, em vão. Vi alguém adentrar o quarto, e quando me senti segura reconheci aquelas botinas de meu pai.- Pensou que ia fugir de mim? - Ele conseguiu me levantar do chão só com umas das mãos.Comecei a gritar ainda mais alta, fazendo com que ele se irritasse e me batesse. Ouvi o barulho de passos rápidos do lado de baixo. Meu pai, ao ouvir os passos, me largou e correu pulando pela janela. Ouvi o barulho oco dele cair ao chão, era muito alto, acho que ele se machucou.Corri para olha-lo caído do lado d
- Clama, eu parei, só estava brincando! - Disse Markus esfregando sua nuca.Marie ficou olhando firmemente em seus olhos como se quisesse enforca-lo ali mesmo, depois começou a rir descontroladamente, Marie era louca!Subimos para a sala e eu não vi Melissa em lugar nenhum, achei que ela estaria com James, pois ele também havia desaparecido, mas suas amigas comentavam sobre isso e disseram que James tinha ido embora depois de minha resposta.Passou correndo as ultimas aulas, eu estava impaciente. Estava com as pernas tremulas e a boca seca. Mal esperava para fazer o que tinha de ser feito.Sai de lá luca, mal conseguia andar de tanto nervosismo, eu pés pisavam torto e eu tinha a impressão de que iria cair ali mesmo.Marie e Lua me esperavam sorrindo. Pareciam mais felizes do que eu.- Vai fundo Feh, você não tem nada a perder! - Disse Marie sorrindo.- Vou conve
- Um cão não vai te proteger de nada! - Ele estava ficando com raiva, acho. - Nem um humano! - Fiz, propositalmente, ele ficar com mais raiva ainda.- Eu estou sendo pago para isso! - Ele aumentou a voz. - Vou cumprir com os meus deveres. Se você não gosta de cumprir com as suas, eu só digo que acorde para a vida!E saiu de casa com o intuito de me levar ao colégio. Eu andava feliz com o cão, nem me preocupei com dar comida para ele.Quando chegamos no colégio, a primeira coisa que vi foi Melissa e suas amigas conversando, ela parecia desconfortável.Marie se aproximou sorridente.- Oi sumida! Como foi ontem, cumpriu com o prometido, ou amarelou como esperado?Eu empurrei seu ombro e comecei a rir.- Pois é, você amarelou, né? - Lua surgiu do nada atrás de Marie.- Eu não amarelei, suas idi
Eu não sabia o que fazer naquele momento. Eu estava disposta a destruir com minha própria vida a voltar a ver aqueles olhos, aquele sorriso. Ela me machucou tanto que eu poderia tomar um tiro em cada perna e morrer lentamente, que seria menos doloroso do que sentir aquela dor.Eu andava pela rua, naquela chuva grossa e pesada que parecia empurrar eu corpo para baixo. Minhas lagrimas se misturavam com a chuva, e o pequeno cão andava atrás de mim, com seu rabo entre as pernas, e choramingava como se sentisse meu aperto no coração. Veio então minha ideia na cabeça, Bunny seria o nome do pequeno cão. Aquele animal era tão próximo a mim, que pude sentir sua força tentando me dizer: “Não chore, a vida é assim! “. Eu queria pular da ponte, queria acabar com aquela dor, antes que minhas lágrimas secassem eu vi Johnny andando por ali, com um guarda chuva. Fugi e me esco