Acordei toda amarrotada, eu mantinha minhas mãos agarradas na cintura de Marie, Markus do outro lado, nós três apertados deitados encima da cama.
Esfreguei os olhos e vi o resto dos garotos jogados no chão, um deles abraçado numa garrafa de vinho branco, isso me fez rir um pouco. A televisão estava ligada, pausada numa cena qualquer do filme. Meu travesseiro estava todo rasgado, depois daquela guerra de travesseiro nada poderia ficar inteiro.
Levantei tentando não acordar ninguem, na ponta do pé fui ao banheiro tomar um banho.
Quando sai do quarto Marie estava de pé olhando meu caderno, onde eu escrevia musicas e etc.
- Olha só, sua incherida, o que esta bisbilhotando? - A cutuquei para assusta-la.
- Feh, sua doida. Se não me engano isso é uma musica romântica? ! - Marie apontou para a musica que escrevi quando havia “conhecido”Melissa.<
Acordei com meu celular tocando, Marie estava me ligando as 4h da manhã.- Meu Deus, qual o motivo para estar me acordando tão cedo?- Feh, eu preciso falar com você rápido! - Marie parecia desesperada.- Tudo bem, só se. . . só se acalma, ok?Desliguei o celular e me sentei na beira da cama, esfreguei meus olhos, parei um pouco para colocar meus pensamentos para funcionar.O colar de Melissa permanecia enrolado em minhas mãos. Meu sorriso se abriu, a claridade da janela refletiu nele, era como se eu pudesse vê-la através daquele colar.Me levantei e fui tomar um banho.O dia parecia bem mais aconchegante do que os outros. O sol estava forte, levando em conta que aquela cidade era bastante fria.Eu esperava que minha vida mudasse dai em diante, e que eu pudesse ter aquele abraço para o resto de minha vida.Desci as escada tão feliz quanto a
As férias de verão estavam chegando. Markus e eu estávamos tendo uma vida difícil, Marie parecia estar melhorando daquela depressão terrível, ela já conseguia comer e tomar banho sozinha, coisa que ela não fazia semanas atrás.Minha mãe me ligava diariamente para me dizer que estava melhorando e respondendo ao tratamento. Isso me deixava feliz.Andei pesquisando sobre Eilleen, fiquei sabendo que sua morte foi causada por um cliente que ficou insatisfeito e não pagou, enfim, aquela história de um traidor, gordo e velho que trai a esposa com mulheres tristes.Meu relacionamento com Melissa não foi tão adiante quanto de “Bunny”. Ela me ligava frequentemente para contar coisas que a perturbava, inclusive a minha história, pelo que ela me contou eu era uma estranha carinhosa. Isso era estranho, pois ela realmente achava que eu era um garoto apaixonado.
Num piscar de olhos, Marie já estava se comunicando com todos. Markus me dava sinais positivos de que a ideia da festa tinha sido boa, realmente tinha sido!Depois de “checar”se Marie estava bem, fui procurar a Melissa, não a achava em lugar nenhum, como Markus disse:”Convidar muitas pessoas”, ele realmente convidou. Eu tentava andar me apertando entre as pessoas, olhava paraos lados e nada de encontra-la.Fui até os meninos perguntar se algum deles tinha a visto quando dei de cara com James. “O que ele esta fazendo aqui? “, me perguntei.- O que esta fazendo aqui? - Pergunte para seu amiguinho viadinho! - Ele sempre com um tom de voz malicioso e maldoso.- Eu em quero comentar sobre a SUA sexualidade! Até porque ela não é de meu interesse! - O empurrei tentando faze-lo sair de minha frente.- Espere! - Ele segurou meu pulso com for
Depois de um tempo pensando, consegui colocar as coisas no lugar. Lembrei me de Melissa, eu estava com tanta raiva que poderia bater nos dois.Marie me deixou em casa, eu estava ciente de que meu tio iria me “matar”. entrei tentando não fazer barulho quando ouso a voz grave dele vir da cozinha.- Onde você estava?- Eu dormi na casa de uma amiga, eu percebi que estava tarde para voltar para casa e dormi lá! - Menti.Meu tio se aproximou.- E nem se deu o luxo de ligar? ! - Ele estava com os braços cruzados.- Me desculpe. . .- A diretora de seu colegio ligou, ela quer conversar comigo sobre você! - O que eu fiz? - Eu é que te pergunto!Só com um olhar eu entendi que estava encrencada. Subi para meu quarto e tomei um banho, avia várias marcasem meu corpo, eu estava com medo de ter feito uma besteira.De
Cat agora me olhava nos olhos, ela mantinha uma cara de espanto.- Como assim? . . .- Sim Cat, eu gosto de garotas!Ela se calou e continuou me olhando daquela forma. Meu celular começou a tocar, era a Marie.Sai andando para fora do quarto, não aguentaria aquele olhar por tanto tempo.- Fale logo Marie! - Sequei as lagrimas.- Você esta chorando?- Não!- Esta sim, o que ouve?- É a Melissa, ela esta me matando!- Como assim?- Ela voltou para o James, e agora ela acha que esta gravida!- Credo. . .Eu continuava chorando.- Isso pode ser só uma ideia da cabeça dela, talvez ela não esteja.- Eu não sei. . .- Fique calma.Ela desligou, provavelmente estava vindo me ver.Entrei dentro de meu quarto e vi Cat arrumando ele.- Você esta melhor? - Ela me observou.- Pre
Fiquei o encarando até que Carol me chamou a atenção.- Porque o Markus está olhando para cá?- Acho que ele ficou com ciume de nós!- Quer que eu fale com ele? - Ela se levantou.- Não, é melhor não tentarmos nada, ele é louco!- Você nem faz ideia! - Ela soutou o ar me fazendo rir.Me levantei e fui fumar na rua, não iria ficar fumando na casa dos outro.Soltava a fumaça do cigarro pela boca um pouco serrada quando percebi um carro virar a rua e vir em nossa direção. Os pais de Markus e Carol estavam chegando mais cedo. Corri para dentro a procura de um dos dois.- Markus, seus pais estão chegando! - A cara amarrada de Markus se transformou em um rosto desesperado e assustado.- Todo mundo fora! - Ele começou a gritar em vão.- Policia! ! Todos come&cc
Acordei com um grande susto devido ao banho de água fria que meu pai me deu.Abri os olhos ainda sonolenta, meu pai me olhava como ontem, ele tinha nas mãos uma tigela com algo dentro, que ele socava na boca vorazmente.- Bom dia bela adormecida! - Ele sorriu.Continuei em silencio, meu pescoço doía muito, devido a falta de travesseiro e o chão rustico e reto de madeira.Eu olhei-o dos pés a cabeça, como poderia ser tão maldoso aquele homem tão simples que me carregou no colo quando eu era criança.- Bom dia! - Ele disse pausadamente para me intimidar.Continuei em silencio, afinal eu estava amordaçada.Ele disse alguma coisa ao tal do Tonny, que estava recostado a parede fumando, e saiu andando. O homem me encarou e deu um breve riso, veio até a mim e tirou o pano imundo que se encontrava socado em minha boca.- Pode falar querida,
Ele saiu de cima de mim, e por um momento eu achei que tinha me salvado, mas logo depois ele se aproximou rapidamente e me amordaçou, para que eu não gritasse novamente.- Acha que vai fugir de mim? - Ele sussurrou em meu ouvido. - Você é minha, só minha!Eu comecei a chorar, não queria que isso acontecesse comigo, ele era meu pai, não meu namorado. Eu não merecia isso.Ele passeava com sua mão em todo o meu corpo, eu só conseguia me debater. Ele ria loucamente e, em um piscar de olhos ele já havia arrancado minhas roupas, eu estava desesperada, estava tendo alucinações em pensamentos, minha falta de normalidade estava a flor da pele.Ele tentou me tocar, mas eu consegui entrelaçar minhas pernas em seus braços, ele ria como se isso fosse uma brincadeira boba. Mas não era. Meu pai agarrou minhas pernas tentando abri-las, ele tentava se