Abri os olhos lentamente, ainda não conseguia ver absolutamente nada.
Tentei me mexer, mas não tive sucesso, pude começar a ver um pouco do teto branco encima de mim. Continuei tentando me mexer, mas continuava sem conseguir nada, fechei meus olhos novamente.
Ouvi vozes vindo de longe, abri os olhos e pude ouvir e ver alguém entrar pela porta, meus olhos foram voltando ao normal me deixando ver seu rosto gentil.
- Que bom que acordou! - A mulher estava com uma prancheta nas mãos, e nela escrevia algumas coisas. - Quantos dedos tem aqui? - Ela mostrava os dedos.
- Onde eu estou? - Tentei me mexer novamente fazendo a ficar desesperada.
- Pelo amor de Deus não faça isso novamente! - Ela apertou um botão para que minha cama me colocasse sentada. - Você sofreu um acidente muito grave.
- Acidente? Como assim?
- Bem, vamos deixar as perguntas pa
Ao chegar no colégio, algo me incomodava, todos nos olhavam com preocupação.- Marie, quem mais sabe o que aconteceu comigo? - Cochichei em seu ouvido.- Não se preocupe, ninguém sabe, só quem estava na boate! - Quem estava na boate?- A metade do colegio! - Marie saiu me puxando pelo braço para o meio da multidão, todos davam espaço para que nós duas passássemos.Que droga, todos me olhavam com pena, eu queria enfiar minha cabeça num buraco e não tirar nunca mais.Marie me levou até minha classe. Logo James e os meninos vieram me encher.- Olá Fátima! - Ele debruçou encima de minha carteira.- O que você quer? Hoje eu não estou para brincadeiras e nem xingamentos! - Fui logo empurrando seus braços.- Nós não queremos te “encher&rdquo
Acordei toda amarrotada, eu mantinha minhas mãos agarradas na cintura de Marie, Markus do outro lado, nós três apertados deitados encima da cama.Esfreguei os olhos e vi o resto dos garotos jogados no chão, um deles abraçado numa garrafa de vinho branco, isso me fez rir um pouco. A televisão estava ligada, pausada numa cena qualquer do filme. Meu travesseiro estava todo rasgado, depois daquela guerra de travesseiro nada poderia ficar inteiro.Levantei tentando não acordar ninguem, na ponta do pé fui ao banheiro tomar um banho.Quando sai do quarto Marie estava de pé olhando meu caderno, onde eu escrevia musicas e etc.- Olha só, sua incherida, o que esta bisbilhotando? - A cutuquei para assusta-la.- Feh, sua doida. Se não me engano isso é uma musica romântica? ! - Marie apontou para a musica que escrevi quando havia “conhecido”Melissa.<
Acordei com meu celular tocando, Marie estava me ligando as 4h da manhã.- Meu Deus, qual o motivo para estar me acordando tão cedo?- Feh, eu preciso falar com você rápido! - Marie parecia desesperada.- Tudo bem, só se. . . só se acalma, ok?Desliguei o celular e me sentei na beira da cama, esfreguei meus olhos, parei um pouco para colocar meus pensamentos para funcionar.O colar de Melissa permanecia enrolado em minhas mãos. Meu sorriso se abriu, a claridade da janela refletiu nele, era como se eu pudesse vê-la através daquele colar.Me levantei e fui tomar um banho.O dia parecia bem mais aconchegante do que os outros. O sol estava forte, levando em conta que aquela cidade era bastante fria.Eu esperava que minha vida mudasse dai em diante, e que eu pudesse ter aquele abraço para o resto de minha vida.Desci as escada tão feliz quanto a
As férias de verão estavam chegando. Markus e eu estávamos tendo uma vida difícil, Marie parecia estar melhorando daquela depressão terrível, ela já conseguia comer e tomar banho sozinha, coisa que ela não fazia semanas atrás.Minha mãe me ligava diariamente para me dizer que estava melhorando e respondendo ao tratamento. Isso me deixava feliz.Andei pesquisando sobre Eilleen, fiquei sabendo que sua morte foi causada por um cliente que ficou insatisfeito e não pagou, enfim, aquela história de um traidor, gordo e velho que trai a esposa com mulheres tristes.Meu relacionamento com Melissa não foi tão adiante quanto de “Bunny”. Ela me ligava frequentemente para contar coisas que a perturbava, inclusive a minha história, pelo que ela me contou eu era uma estranha carinhosa. Isso era estranho, pois ela realmente achava que eu era um garoto apaixonado.
Num piscar de olhos, Marie já estava se comunicando com todos. Markus me dava sinais positivos de que a ideia da festa tinha sido boa, realmente tinha sido!Depois de “checar”se Marie estava bem, fui procurar a Melissa, não a achava em lugar nenhum, como Markus disse:”Convidar muitas pessoas”, ele realmente convidou. Eu tentava andar me apertando entre as pessoas, olhava paraos lados e nada de encontra-la.Fui até os meninos perguntar se algum deles tinha a visto quando dei de cara com James. “O que ele esta fazendo aqui? “, me perguntei.- O que esta fazendo aqui? - Pergunte para seu amiguinho viadinho! - Ele sempre com um tom de voz malicioso e maldoso.- Eu em quero comentar sobre a SUA sexualidade! Até porque ela não é de meu interesse! - O empurrei tentando faze-lo sair de minha frente.- Espere! - Ele segurou meu pulso com for
Depois de um tempo pensando, consegui colocar as coisas no lugar. Lembrei me de Melissa, eu estava com tanta raiva que poderia bater nos dois.Marie me deixou em casa, eu estava ciente de que meu tio iria me “matar”. entrei tentando não fazer barulho quando ouso a voz grave dele vir da cozinha.- Onde você estava?- Eu dormi na casa de uma amiga, eu percebi que estava tarde para voltar para casa e dormi lá! - Menti.Meu tio se aproximou.- E nem se deu o luxo de ligar? ! - Ele estava com os braços cruzados.- Me desculpe. . .- A diretora de seu colegio ligou, ela quer conversar comigo sobre você! - O que eu fiz? - Eu é que te pergunto!Só com um olhar eu entendi que estava encrencada. Subi para meu quarto e tomei um banho, avia várias marcasem meu corpo, eu estava com medo de ter feito uma besteira.De
Cat agora me olhava nos olhos, ela mantinha uma cara de espanto.- Como assim? . . .- Sim Cat, eu gosto de garotas!Ela se calou e continuou me olhando daquela forma. Meu celular começou a tocar, era a Marie.Sai andando para fora do quarto, não aguentaria aquele olhar por tanto tempo.- Fale logo Marie! - Sequei as lagrimas.- Você esta chorando?- Não!- Esta sim, o que ouve?- É a Melissa, ela esta me matando!- Como assim?- Ela voltou para o James, e agora ela acha que esta gravida!- Credo. . .Eu continuava chorando.- Isso pode ser só uma ideia da cabeça dela, talvez ela não esteja.- Eu não sei. . .- Fique calma.Ela desligou, provavelmente estava vindo me ver.Entrei dentro de meu quarto e vi Cat arrumando ele.- Você esta melhor? - Ela me observou.- Pre
Fiquei o encarando até que Carol me chamou a atenção.- Porque o Markus está olhando para cá?- Acho que ele ficou com ciume de nós!- Quer que eu fale com ele? - Ela se levantou.- Não, é melhor não tentarmos nada, ele é louco!- Você nem faz ideia! - Ela soutou o ar me fazendo rir.Me levantei e fui fumar na rua, não iria ficar fumando na casa dos outro.Soltava a fumaça do cigarro pela boca um pouco serrada quando percebi um carro virar a rua e vir em nossa direção. Os pais de Markus e Carol estavam chegando mais cedo. Corri para dentro a procura de um dos dois.- Markus, seus pais estão chegando! - A cara amarrada de Markus se transformou em um rosto desesperado e assustado.- Todo mundo fora! - Ele começou a gritar em vão.- Policia! ! Todos come&cc