— Oi Tess eu preciso falar com você! — entro e fecho a porta. — Scott? — Arqueia a sobrancelha — Olha, eu não quero confusão, ok! Eu falei para o avô Henry para conversar com você, eu só pedi, porque é injusto o que você fez comigo. Não tem nenhum perigo na coreografia que vamos dançar no comercial — fala levantando-se. — Eu não estou aqui por isso — respondi com tristeza, como eu gostaria que fosse esse o motivo da minha vinda aqui. — Você pode sentar pra gente conversar? — me olha com receio e volta a sentar na cama. — Eu não vi a sua esposa esses dias, não fiquei atrás de você, e se é sobre o meu passeio com o avô Henry, eu juro que não fiz isso para provocar você. Eu jamais vou usar o avô Henry pra isso. — Também não é nada disso. Ela estreita os olhos confusa. — Aconteceu alguma coisa? — Sim, aconteceu. Esther, eu sei que você gosta muito do vovô, por isso eu decidi vir pessoalmente pra te falar o que aconteceu essa noite — aproximo-me e me sento ao seu lado. — O que aco
— Desculpa, eu sinto muito — falei e a Jess tentou ajudá-la a se levantar, mas ela rejeitou. — Sente mesmo? Por favor, Esther, você quer mesmo que eu acredite que você me derrubou sem querer?! — Ela gritou, chamando a atenção de todos à nossa volta. A Jess continuou tentando ajudar, mas a Sophia não aceitou, continuou no chão reclamando. — Eu estou tentando ajudá-la, não precisa desse show — A Jess falou, sem paciência. — Quem você pensa que é pra falar assim comigo, garota? — Eu sou a amiga da Tess e também a pessoa que esbarrou em você, por acidente, não tem necessidade dessa cena, "senhora" — Quando a Jess enfatizou a palavra senhora, a mulher ficou vermelha de raiva. — Olha aqui sua ... — Ela estava pronta para brigar, mas o Rony chegou e a interrompeu. — O que está acontecendo aqui? — Ele perguntou entre os dentes. Ele estava visivelmente com raiva, olhou com ódio para mim e para a Jess, enquanto ajudava a Sophia a se levantar. — Desculpe, Rony, eu sei que é um mome
DEREK SCOTT —Scott você conversou com a Tess? — Minha mãe perguntou assim que entrei em casa. — Conversei sim. Ela ficou triste e chorou muito, mas no final reagiu bem. — Ela vai ao velório? — Vai sim. Eu vou mandar o motorista buscá-la, ela e a Ana também. Decidimos que o meu avô seria velado no mesmo local onde os meus bisavós foram. É um cemitério afastado da cidade, um lugar muito bonito e usado pelas famílias mais antigas da cidade. Vieram muitas pessoas, meu avô é muito querido aqui em Detroit, a cidade evoluiu muito depois que meu bisavô fundou a primeira empresa de prestação de serviços, empregou muitas famílias e foi crescendo aos poucos se tornando um grupo respeitado poucos anos depois. Eu enviei um carro para buscar a Tess, mas já estamos finalizando o funeral e ainda não a vi, o motorista me avisou que ela chegou há muito tempo, então olhando pela capela eu a vi no cantinho escondida, deve estar com vergonha de vir aqui na frente depois de tudo que aconteceu no ca
ESTHER CHRISTAL— Que porra é essa? Eu não vou fazer isso! — O Scott gritou, após ouvir a leitura da cláusula do testamento do avô Henry. — Calma, Scott, você não precisa ficar assim. Esse contrato tem duração de dois anos, se não der certo você estará livre — A tia Louise tentou acalmá-lo. — Dois anos! Eu vou ter que ficar casado com ela por dois anos! — Exclamou furioso, enquanto me olhava. E, tudo o que eu vejo em seus olhos é ódio. — Você é pior do que eu imaginei, sua desgraçada, você armou esse maldito golpe com o meu avô não foi? Você tentou tanto que finalmente conseguiu o que tanto queria! — Ele tentou vir em minha direção, mas foi parado pelo Rony. Eu abri a porta e saí o mais rápido que consegui. Hoje faz vinte dias que o avô Henry foi sepultado, e esse foi o dia escolhido para fazer a leitura do testamento. Eu recebi a carta para estar presente, eu não achei estranho, pois já esperava que o avô Henry deixasse algo para mim, mas eu nunca imaginei que fosse essa bomba. No
DEREK SCOTT Vinte dias após a morte do vovô, foi a leitura do seu testamento, eu não acreditei quando o advogado leu a cláusula que ele deixou como condição para nossa família receber a herança. É inacreditável que eu tenha que me casar com uma pessoa que eu não amo. Tudo foi dividido como esperado, cada membro da família recebeu o que foi de direito, inclusive a Esther que recebeu uma propriedade e uma soma razoável de dinheiro, mas se a última vontade do senhor Henry Scott não fosse cumprida, tudo que ele deixou seria entregue para uma instituição de caridade. Quando a última vontade dele foi revelada todos ficaram chocados. — Como assim o Scott e a Tess terão que casar?! — Meu pai falou exaltado . — Sim, essa é a condição deixada pelo senhor Henry — O advogado falou calmamente. Eu saí de mim na hora, vi vermelho de tão nervoso que eu fiquei e se o Rony não me segurasse eu teria estrangulado aquela mulher. Eu não achei estranho ela ser citada no testamento, meu avô gostava mu
ESTHER CHRISTAL Casar com o Scott era um sonho, um sonho que eu sonhei a minha vida inteira. Eu esperei anos para que eu pudesse me tornar sua esposa e, eu finalmente consegui, mas não é nada parecido com o que eu sonhei. Está sendo muito difícil, um verdadeiro pesadelo. Só tem uma semana de casamento e eu já estou quase enlouquecendo. Ele finge que nem me conhece, nem sequer responde o meu bom dia. Agora, ele está trazendo a Sophia aqui e ainda fez sexo com ela no quarto ao lado do meu. Ouvir os gemidos dela, as palavras carinhosas dele enquanto fazia amor com ela foi o fim! Eu nunca chorei tanto na minha vida como essa noite. Eu andei um dia inteiro sem rumo, só lembrando dos malditos sons que insistiam em ecoar na minha mente. Eu não queria voltar para casa e vê-los juntos, então eu fui para a casa da Jess. — O que ele fez, Esther? — Perguntou, horrorizada.— É exatamente isso que você ouviu, ele, além de comprar uma casa para ela ao lado da nossa, ainda a levou lá em casa e
— Foi um acidente na escada rolante do shopping, eu acabei sofrendo um aborto — falei sem olhar para ele. — Um acidente? — Questionou desconfiado, olhei para ele e sorri sarcástica. — É, Scott, foi um acidente — falei, sentindo o resto do ânimo que ainda tinha esvair-se — Você acha mesmo que eu sou uma pessoa tão ruim que sou capaz de matar meu próprio filho? Ele não respondeu. Ele não fala nada! Eu até esperei algo como: oi, Esther, você está bem? Você está sentindo alguma coisa? Mas ele não disse nada. Eu dei uma risada, sou tão idiota, é claro que ele não se importa, a única coisa que ainda o interessava era essa criança, agora tanto faz.Seis meses depois...O tempo passou voando. Eu estou trabalhando na empresa do Julius, trabalho na área de divulgação dos produtos. Eu voltei a dançar com o grupo do Lucas e estou seguindo minha vida da melhor forma que consigo.A minha mãe arrumou um namorado, ele é vizinho do apartamento do Scott, eles se conheceram no elevador, nunca vi minh
DEREK SCOTT As coisas mudaram muito depois que a Esther perdeu o bebê. Ela ficou triste no início, mas após dois meses voltou a trabalhar, agora ela está trabalhando na empresa do Julius, e também voltou a dançar, quase não fica em casa, está sempre ensaiando com o grupo. Mas ela não desistiu de me incomodar, tentou me provocar andando nua pela casa, mas eu a rejeitei todas as vezes. Eu não estou ficando muito em casa, passo quase a semana toda com a Sophia, e, para evitar aborrecimentos, sempre que tenho que ir em casa a levo comigo. — Você tem mesmo que ir lá, Scott? — A Sophia perguntou, quando segui em direção à minha casa. — Eu tenho que pegar uns documentos em meu escritório, você pode vir comigo. — Segurei sua mão e saímos juntos.Quando entramos em casa, vimos um bolo sobre a mesa de jantar e duas garrafas de vodka, e a Esther sentada em frente, ela já estava bêbada. Assim que nos viu, ela veio até nós e nos levou até a mesa, servindo-nos bebidas, ela bebeu algumas doses