Lucy...
Henry tinha me levado para ver o lago, era um lugar muito lindo. Os pássaros cantavam alegres e os raios de sol que entrava por entre as copas das árvores deixava tudo mais bonito. Henry pulou no lago, me chamando logo em seguida ele começou a insistir para mim entrar, mas ele não precisou pedir muito pois eu queria entrar apesar de não saber nadar. Ele me ajudou o tempo inteiro, pode se dizer que ele estava me dando aulas de natação, o que parecia um pouco ridículo, mas foi bom e muito divertido estar lá com ele. Eu realmente tinha me divertido muito essa tarde, no começo quando soube que viria morar com ele eu pensei que nunca gostaria de Henry, e que o odiaria de qualquer jeito. Eu pensei que ele era alguém frio e sem sentimentos, mas Luiza havia me dito que não era assim e a cada dia ele mostrava ter um coração enorme e cheio de sentimentos. Ele tinha amor pelos outros, sua alma era valiosa.
Ficamos por
Acordei sentindo o sol no rosto, hoje eu estava bem disposta, acho que dormi demais ontem, me levantei da cama sem a menor preguiça - apesar de já ser dez horas da manhã - e fui fazer minhas higienes matinais. Desci e fui até a cozinha, Luiza já estava preparando o almoço. Peguei um copo de suco e fui até ela. - Bom diiiaaaa! - dou um beijo no rosto dela. - Bom dia querida! - ela responde sorrindo como sempre. - Seu filho melhorou? - pergunto me lembrando de ontem. - Graças a Deus sim! - ela respondeu radiante. - Fui com ele ao médico ontem, não era nada grave, mas eu fiquei assustada, ele ficou com muita frebe e n&at
Já eram quase oito horas, estavamos todos no sofá e de repente alguém bateu na porta, fui até lá abrir, e vi Henry com um buque de rosas vermelhas na mão, minha mãe adorava rosas, e eu não sei porque mas Henry gostava muito dela. Não vou mentir, ele estava lindo! O cabelo estava um pouco úmido, e ele tinha trocado de roupa, estava com uma calça jeans escura e uma camisa preta. Ele percebeu que eu estava na porta e ergueu a cabeça dando um sorriso. - São pra minha mãe né? - perguntei sorrindo e dando espaço para ele entrar. - Sim. - ele respondeu. - E isso é pra você. - ele me entregou uma caixinha preta. Depois foi até o sofá onde estava minha mãe, Nai logo deu um abraço nele. Fechei a porta e abri a caixinha preta, tinha um colar de pequenas pedrinhas rosas, que parec
Acordei com Henry passando a mão pelo meu cabelo e distribuindo beijos pelo meu rosto. - Tá na hora de acordar anjo! - ele falou no meu ouvido. - Tá muito cedo... - respondi morrendo de preguiça. - São dez horas. - ele sussurrou de volta, abri os olhos e o puxei para um abraço, que ele logo retribuiu me apertando. Ele se afastou um pouco e me beijou, me puxando pra ele com a mão em minha cintura. Passei a mão pelo seu cabelo também, tornando nosso beijo mais intenso. Eu nunca pensei que gostaria de Henry, muito menos que chegaria a beijar ele... mas era como se fosse mesmo pra acontecer, como se estivéssemos juntos a muito tempo. - Desse jeito você vai me dei
Henry...Eu estava muito irritado, eu acreditava em Lucy, mas não sei porque, fiquei irritado. Dava pra ver que eu não só gostava dela, era mais forte que isso. Nunca pensei que fosse amar alguém como amei meus pais, a decepção foi tão grande, que eu tinha decidido me fechar para qualquer sentimento, mas Lucy simplesmente acabou com todos esses meus planos, ela derrubou todas as barreiras que construí a minha volta. Eu pensei que não amaria mais ninguém, a verdade é que amo ela, amo demais. Talvez seja por isso que tenho tanto ciúme, ou talvez não seja só ciúme, mas medo de perde-la...Fazia um tempo que eu estava ali sozinho repensando toda a minha vida, ela tinha mudado bastante com a chegada de Lucy. Tanto que ultimamente só penso nela... ela não faria isso comigo, aquele cara era só um amigo e era gay, é claro que não aconteceria nada entre eles. Me levantei da cama e fui até o banheiro tomar banho. Assim que
Lucy... Eu não fazia idéia de onde estava, meu corpo estava todo dormente e eu ainda me sentia tonta. Com muito esforço abri os olhos na falha tentativa de descobrir onde estava, estava tudo escuro, nenhuma luz se quer, nada! Nem um mero buraco na parede, nem um fio de luz. Tentei me levantar da cadeira em que estava e falhei miseravelmente, minhas pernas e braços estavam amarrados impedindo que eu me movimentasse. Não havia como eu sair dali... o desespero começou a tomar conta de mim. Por que fizeram isso? O que queriam comigo? Mas não era só isso que me incomodava, o problema maior era minha mãe, ela não podia saber disso, só pioraria o caso dela, eu precisava dar um jeito de sair daqui... mas amarrada desse jeito seria impossível. Será que Henry já notou meu sumiço? Ele devia estar preocupado... O silêncio era total, o ún
Lucy...Acordei com o feixe de luz que batia em meu rosto estava muito frio ali, meu corpo ainda estava todo dolorido e gelado, eu estava com fome e com muita sede, mas eu não iria demonstrar que estava sofrendo, não iria dar esse prazer pra eles. Eu estava calada ainda no chão tentando ouvir qualquer coisa, mas só ouvi passos indo e vindo toda hora. Depois de um tempo a porta foi aberta revelando o cara mais irritado, aquele cara me dava medo.- Ah, a bonequinha já está acordada. - sinto mais nojo por ele toda vez que ele me chama assim. - Hoje vamos falar com o seu namoradinho idiota. - ele falou sorrindo, não respondi apenas fiquei de cara fechada. - O que foi? - ele perguntou franzindo a testa. - Não quer falar com seu namorado? - senti uma lágrima descer pelo meu rosto, Henry era quem eu mais queria ver no momento, mais eu não queria que ele sofresse. - É claro que quer! - seu sorriso idiota se alargou no rosto. - Tá com saudade dele né?
Lucy...Eu ainda tentava em vão desamarrar minhas mãos, as cordas machucavam cada vez mais e eu já não tinha tanta força estava com fome e sede e muito frio. Eu tinha que sair logo dali, os dois sairam a pouco tempo naquele carro barulhento deles, era minha chance, mas como eu quebraria a janela fraca desse jeito? Como eu faria isso se não estava conseguindo nem me soltar? Meu rosto estava todo molhado de novo, eu não conseguia parar de chorar, minha mãe não podia ter uma notícia dessas, ela ficaria desesperada e pioraria todo o tratamento... O silêncio era total em volta da casa, não tinha nada e nem ninguém, eu estava sozinha e não sairia dali tão fácil. Agitei meus braços de novo tentando folgar um pouco as cordas, senti elas marcarem maos meus pulsos, mas desistir não era uma opção, a corda folgou um pouco e eu fiz a mesma coisa de novo talvez com um pouco mais de tempo eu consiga.De repente ouvi passos em volta da casa, e fiquei com medo
As horas se arrastavam lentamente e até agora os médicos estavam na sala de cirurgia com Henry, eu não conseguia ficar calma de jeito nenhum. A cada hora que se passava sem uma notícia de Henry era como se meu mundo estivesse desabando aos poucos... - Lucy? - escutei a voz de meu pai, me levantei e praticamente me jogando nos braços dele, ele me abraçou forte e passou a mão pelo meu cabelo. Percebi que ele também chorava. - Por que está aqui no hospital? - ele perguntou se afastando um pouco. - O Henry foi esfaqueado... - sussurrei em resposta, eu mesma não conseguia acreditar que aquilo tinha acontecido. - Meu Deus... como isso foi acontecer? - Foi tudo tão rápido... - minha voz saiu falha. - Ele está na sala de c