Capítulo 02

Continua...

Saio da academia e parto para o hospital, eu não queria ir mais se eu não for amanhã André não vai me deixar por os pés na smart. Ao passar pelo ortopedista e ter feito vários exames de imagens o dr disse que graças Deus não era nada grave mas que eu precisaria de repouso por dois meses no mínimo, passou uma medicação na veia para tirar minha dor.

Como meu plano de saúde é o melhor que tem, fui encaminhado para um quarto particular, meu irmão prefere assim sempre. Não posso ficar no meio de muita gente, ele tem medo de atentarem contra a minha vida. Estou deitado de olhos fechados quando ouço a porta do meu quarto ser aberta me assusto e me levanto rapidamente, mas era o dr.

— Carlos, eu tô com uma paciente que bateu a cabeça e está desacordada, já fizemos todos os exames e em breve ela acordará, esse hospital hoje tá uma loucura ela pode ficar aqui por enquanto, só até arrumarem um quarto pra ela?

— Sem problema dr.

Eles colocam ela na cama vazia e vão embora, fico ali olhando ela, branquinha, magrinha, loira com um rostinho angelical, fico tentando imaginar o que aconteceu. Ela parece menor, porque os pais delas não estão com ela?

Depois de aproximadamente uma hora uma senhora entra no quarto, ela me parece muito assustada, usa óculos escuro. Eu hein, povo estranho! Ela se aproxima da menina e começa a sacudir a garota tentando acorda-la, acho estranho mais fico na minha. A menina abre o olho e fica assustada tentando processar onde está.

— Tia, o que aconteceu? Onde estou?

— Majú... Não temos tempo, você precisa sair daqui agora!

— Mas... O que aconteceu?

— Minha filha, ele está vindo te matar! Eu ouvi ele falando no telefone que com você morta o dinheiro seria dele... Eu vim sem ele saber.

Ela começa a chorar e ainda sem entender o que estava acontecendo começa a se levantar da cama desesperada e quase cai com tonteira, sua tia a segura.

— Ei ei ei... onde pensa que vai? Tá louca, você bateu a cabeça que o médico disse! Eu estou sentado na minha cama ainda com acesso no braço tomando medicação.

Elas me olham e acho que só agora se dão conta que eu estava aqui no quarto.

— Ela precisa ir menino, se não for ela morre! A mais velha fala e começa a ajudar a menina se ajeitar.

— Ela está em um hospital, aqui tem segurança, ninguém vai matar ela senhora.

— você não conhece o Ricardo!

— Quem é Ricardo?

— Longa história e não temos tempo! A senhora fala.

Assim que a mais nova se livra do acesso do braço elas vão para a porta, mais logo fecham.

— Tarde demais, ele está aqui! A idosa fala.

— Ele vai me matar e agora? A menina começa a entrar em Pânico e chorar.

— Ei gente, calma! Eu não sei o que está acontecendo mais acho que posso ajudar, a senhora. Aponto para a mais velha. — Vai para o banheiro e não saia de lá até eu mandar e você. Apontei para a menor. — Deita novamente e fecha os olhos, finja que está desacordada ainda, o restante deixa que eu faço.

As duas ficam se olhando mais acabam fazendo o que eu mando e assim que a menor se deita na cama e fecha os olhos a porta do quarto se abre. Um homem de aproximadamente 50 anos entra no quarto, sua cara é de viciado mal caráter aprendi a reconhecer esse tipo de gente, ele olha para a menina e depois me olha.

— Quem é você? Ele me pergunta todo arrogante.

— Quem é você digo eu? Eu não autorizei visita nenhuma! Digo de cara fechada.

— E eu lá te conheço para vir te visitar? Eu vim ficar com minha sobrinha.

— Ah, mas não veio mesmo! Esse quarto é exclusivo pra mim, ela está aqui até arrumarem outro pra ela, já estou abrindo mão de ficar em paz sozinho só por que ela não pode falar, mas não vou abrir mão para você!

Aperto a campainha das enfermeiras e rápido uma aparece.

— Pois não, senhor.

— Não quero esse senhor aqui! Já abri mão pra ela, agora pra ele não vou abrir mão.

— Ela é minha sobrinha e eu sou responsável legal por ela, ela é menor e eu vou ficar com ela! Ele esbraveja.

Nesse momento o dr. entra no quarto e depois de explicarmos tudo ele diz que já arrumaram um quarto para Maria Júlia e que em breve ela seria transferida e que o tio poderia ficar com ela, assim que eles saíram do quarto Maria Júlia se levantou desesperada.

— Eu preciso ir embora daqui, ele vai me matar, eu preciso ir embora... Ela falava desesperada.

— você vai pra onde? Pergunto.

Ela olha para a tia que saiu do banheiro e aparenta não ter resposta no momento.

— Majú, dentro dessa bolsa tem alguns pertences seus e documentos, os cartões também estão aqui, tenta alugar um lugar pra você.

— Eu sou menor tia! Como vou conseguir... Ela fica pensativa por um tempo. — Deixa, eu dou o meu jeito, só preciso sair daqui sem ser vista.

— Me desculpe minha menina... Eu queria alugar algo pra você mas se eu fizer isso seu tio vai te achar.

— Eu sei tia, não se preocupe, vou dar meu jeito!

Eu sei que meu irmão vai me matar, mas eu preciso ajudar essa menina!

— Eu posso te ajudar, mas você tem que confiar em mim... Vou te levar para minha casa mas você não poderá ficar lá por muito tempo, seu tio vai conseguir meu endereço com certeza com alguém aqui do hospital e vai atrás de você lá em casa. Explico.

— Eu... Eu... Eu aceito. De lá eu dou meu jeito. Ela responde depois de ficar um tempo pensativa.

— Não! De lá vou te levar para um lugar seguro mas bem diferente.

— Diferente como? Seu olhar é de desconfiada.

— Confia em mim!

— Ok, não tenho muita opção mesmo.

Pego meu telefone e ligo para meu irmão...

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