RICARDOQuando os gritos de seu pai ficaram mais altos, eu fixei meu olhar em sua figura. O fogo agora se espalhava em direção ao seu pescoço, rápido e implacável.Enrolando minhas mãos em punhos, eu avancei e o alcancei com pressa.Droga! Eu agarrei seu pescoço, minhas mãos queimando no fogo enquanto eu o jogava para o lado e o seguia.Meus olhos lançaram um olhar de volta para o corpo que agora se transformava em cinzas, o fogo se recusando a morrer até que ele se tornasse carvão. Não havia batimento cardíaco, nenhum sinal de vida nele.Natália matou o maldito Alfa acidentalmente.Eu balancei a cabeça. — Venha e salve este aqui também. Eu não vou chegar perto dele. —Bernardo entendeu a mensagem e foi imediatamente ajudar o Beta.Eu aproveitei esse momento e enfrentei a loba. Ela ainda estava impotente, parada à distância, incapaz de avançar ou recuar, temendo o fogo que consumia outra pessoa.Seus olhos estavam fixos no corpo sem vida de Alfa João. Meu coração doía. Eu quer
NATÁLIAEu acordei de repente quando algo tocou meu rosto. Meu corpo inteiro doía como se um cavalo tivesse passado por cima dele.— Ei! — A voz aveludada dele caiu em meus ouvidos.Os dedos dele deslizaram sobre minha bochecha. Eu olhei para o teto familiar do meu quarto na casa dele.Talvez eu estivesse sonhando. Eu nunca saí daqui.— Amorzinho? — Ele me chamou, suave e cuidadoso.Meu olhar se fixou em seu rosto e a calma se espalhou por mim.— Ricardo. — Eu engasguei.— Eu estou aqui. — Ele assentiu.Gritos ecoaram em meus ouvidos, fazendo-me fechar os olhos. Era para ser um sonho, um maldito pesadelo. Eu não poderia queimar alguém até as cinzas. Isso não sou eu.— Não pense nisso. Quanto mais você pensar, mais isso vai assombrá-la. Meus olhos se abriram lentamente, pousando em seu rosto mais uma vez. A fase de choque havia terminado para mim. Era hora de aceitar isso.— Como posso não pensar nisso? Eu o matei. — Eu disse.Meus olhos se apertaram, recordando a expressã
NATÁLIAMeu coração tremia em meu peito quando eu recordava tudo que aprendi sobre eles.Eu não concordava com essas regras! Não era culpa de Ricardo que ele era um híbrido. Foi culpa dos pais dele por fazerem algo que é proibido, então por que ele deveria ser punido por isso?— A reação normal seria me mandar embora e aproveitar a oportunidade para entrar em contato com o conselho enquanto ainda há tempo. Híbridos são criaturas perigosas e assustadoras, você sabe. Eu juro que ele não sabe quando parar de falar.— Você pode, por favor, tentar fechar a boca? Às vezes é saudável. — Eu retruquei, esfregando meu nariz contra a camisa dele.— Seria mais saudável para mim fechar a boca em seus lábios. — A voz sugestiva dele disse perto do meu ouvido.— Eu matei alguém. Estou morrendo de arrependimento e há outra situação que preciso entender agora, enquanto o que você está fazendo? Você quer transar? — Eu resmunguei, puxando minha cabeça para trás e encarando-o.Um sorriso se formou
NATÁLIA— Você quer dizer que eles farão de tudo para se livrar de mim? — Eu inclinei a cabeça, lançando a ele um olhar curioso.Ricardo deu de ombros. — Eles dirão que você não se encaixa aqui. Deixá-la exposta e solta pode trazer danos — algo assim. E então eles a levarão embora para que possam usá-la como uma arma contra os outros, provavelmente. Eu resmunguei, caindo sobre o travesseiro e puxando o edredom até o meu pescoço. Meu coração havia desacelerado consideravelmente.— E o que você fará? Você vai deixá-los me levar? — Eu disse, roubando um olhar para seu rosto sério.Ele estreitou os olhos, a expressão assustadora habitual superando o oceano calmo.— Você espera que eu a proteja? — Ele se deixou cair ao meu lado, olhando para baixo em mim.— Não é esse o seu dever como meu parceiro? — Eu sorri para ele docemente.Ricardo cutucou o interior da bochecha com a língua, os músculos do pescoço se esticando. Meus olhos desceram para seu pescoço e depois para seu peito ofeg
RICARDO— Por que estou aqui? — Ela cruzou os braços sobre o peito, questionando.— Você não sabe? — Minha sobrancelha se levantou.Ana exalou, desviando o olhar. Sua postura gritava o quão tensa ela estava, mas ela agia como se fosse forte e imponente.Eu pedi a Bernardo para trazê-la aqui para que finalmente pudéssemos ter a conversa pendente sobre Natália e o que ela fez.— Você me chamou aqui. Você continua me encarando em vez de me dizer por que estou aqui. Como eu deveria saber o que você quer de mim, Alfa Ricardo? — Ela olhou de volta para mim e fez uma careta.— Cuidado com o seu tom. Eu não vou te avisar novamente. — Eu disse, reclinando-me na cadeira.Ela fechou a boca. Uma expressão de descontentamento surgiu em sua testa, fazendo-a parecer ainda mais matável para mim.Silêncio se seguiu. Meus olhos observavam cada movimento dela. Ela deixava seus olhos vagarem inquietamente pelo meu escritório.— Natália... está bem? — Ela hesitou, finalmente fixando o olhar em mim
RICARDO— Natália foi cuidada, mimada e autorizada a fazer o que quisesse. O Alfa e o Beta a adoravam como a Original — o mestre sem nome do conselho havia instruído-os a fazer isso. — O tom dela se torna estridente.— Eles permitiram que ela treinasse, mas nunca o suficiente para se defender. Eles se certificarão de que ela permanecesse fraca e sob seu controle para o grande dia. — Ela ri.— O dia em que ela se transforma seria o dia em que o idiota do conselho viria matá-la — eu os ouvi falando sobre isso. Ele queria matá-la e roubar sua força vital. Um lobisomem original que pode controlar não um, mas dois elementos. — Será imparável. E ele terá dois votos no conselho em vez de um. — Eu terminei para ela, conectando os pontos por conta própria.Meus olhos encontraram os olhos redondos de Ana. Ela acenou com a cabeça sutilmente.— Mas isso não aconteceu. — Ela murmurou suavemente. — Ela não se transformou. Ela quebrou todos os sonhos deles. Eles a odiavam por isso. E então a t
NATÁLIA— Eu não sabia. Eu acordei há muito tempo. Eu até tentei assumir o controle de você uma vez. Mas então... eu adormeci novamente. Foi estranho. — Minha loba, que me disse que seu nome era Nyla, revelou mais algumas informações.Quando Ricardo saiu, eu tomei um banho e, depois disso, imediatamente tentei me comunicar com a forte presença na minha mente.Era um pouco desconfortável sentir como se algo estivesse vagando pela sua mente. Era uma coceira, mas eu estava tentando me acostumar com isso.— Eu também não sabia como isso aconteceu. — Eu suspirei na minha cabeça, esperando estar fazendo isso certo pela incontável vez.— Talvez não estivéssemos preparadas para isso. Mas eu estava feliz por poder me comunicar com você agora. — Ela respondeu, e meu humor sombrio se transformou em um feliz.— Então, qual era o nosso poder? — Eu murmurei, olhando para a parede de vidro da sala de estar.— Fogo. Eu podia sentir isso nas minhas veias. — Ela respondeu alegremente.— Você aco
RICARDOMeus olhos se fixaram no par de âmbares brilhantes. Havia medo ofuscando as joias e isso me atingiu fundo no estômago.Como eu poderia deixá-la me marcar quando não fui honesto com ela sobre Ana? Ou quando ainda preciso me vingar de Britney?Existia um assunto não resolvido. Quando eu deixasse ela me marcar, eu queria que esse maldito assunto não se colocasse entre nós nunca mais.— Não é que... eu não queira que você me marque. — Eu murmurei, achando difícil falar sobre isso como sempre.— O que—o que é então? — As mãos dela se cerraram em punhos, amassando minha camisa.— Tempo. Você disse que deveríamos dar um tempo. Você pode esperar? — Eu inclinei a cabeça, meus olhos se abaixando para seus lábios cheios e pecaminosos.Ela acenou lentamente com a cabeça e tentou se afastar de mim. Eu apertei minha hold em sua cintura, pronto para reclamar.Eu precisava dela. Eu não conseguia funcionar direito sem fodê-la sem sentido pelo menos uma vez por dia. Essa merda viciante e