RICARDOEu vi a mandíbula dela se abrir e depois ficar pendurada de terror e surpresa.Merda.Ela sempre interpretava tudo errado.Eu pisquei os olhos e abaixei o celular por um momento.— Quem você quer que venha se buscar daqui? É isso que estou perguntando. Você não pode ir para casa sozinha daqui. — Eu estreitei os olhos e a encarei.Ela soltou um suspiro pela boca e meus olhos foram atraídos para ela. Eu engoli em seco inconscientemente e desviei o olhar.Ela estava me fazendo perder o controle. Tudo isso era tão imprevisível, como ser atingido por um desastre aleatório no caminho para casa.— Como... Como você conhece elas? — Ela gaguejou, cambaleando para trás e batendo na árvore atrás dela.Eu olhei de volta para ela. Era isso que a preocupava.— Longa história. — Eu não estava com humor para explicar coisas que nem eu conseguia entender no momento.Por que eu fui tão longe para saber tudo sobre ela, absolutamente tudo sobre ela? Eu não tinha certeza.— Você... — El
NATÁLIA — Então... me diga o que está acontecendo. — Diana perguntou pela terceira vez durante nossa viagem de volta para casa.Minha mente ainda estava presa nos eventos anteriores.Ricardo. Seu nome é Ricardo. Ele finalmente me contou, mas que ajuda esse nome me traz?Além disso, ele sabe coisas sobre mim — ele sabe onde eu moro, o que eu faço. Ele até tem os números de contato dos meus amigos salvos no celular dele.Uma situação bem complicada em que me meti.Mas, não posso negar, ele fez meu coração disparar quando me parou no meio do caminho e me beijou antes de revelar seu nome.— Natália. — Diana chamou meu nome.Fechei os olhos e encostei a testa na janela fria.Eu não queria falar com ela. Eu deveria ter insistido em ir para casa sozinha. Pelo menos, dessa forma, Diana não teria sentido esse cheiro de sexo em mim.Ela sabia que eu tinha encontrado meu parceiro novamente, mas não sabia o porquê.— Apenas fale e me avise se precisar de mais alguma coisa. Apenas me avi
RICARDO— Então você matou todos eles? — Bernardo Carvalho perguntou dramaticamente.Meus olhos seguiram sua figura. Ele estava andando de um lado para o outro no meu escritório há um bom tempo. Se ele não fosse meu beta e amigo de infância, eu já o teria expulsado há muito tempo, mas ele é um bastardo privilegiado.Revirei os olhos e me recostei na cadeira. — Tentei falar com eles de forma educada. Eles não ouviram. — Você os matou na frente da Natália? — Ele sussurrou em um tom horrorizado.Suspirei, balançando a cabeça. — O que mais você acha que eu deveria ter feito? Admito que foi tentador os deixar a levar, mas o José não concordou com isso. Ele parou de andar e me encarou. — Não acredito que você realmente pensou em os deixar a levar.— Isso se chama deixar alguém cuidar do seu problema. — Sorri para ele.Ele caminhou até a cadeira de visitante e se jogou nela. Seus olhos cor de avelã nunca deixaram meu olhar entediado.— Ela não é um problema. Ela é sua parceira. — El
NATÁLIA— Você está falando sério? — Ana sibilou.— Sim. Eu estou falando muito sério. — Eu assenti com a cabeça.Ela suspirou, seguida por Diana, que exibiu uma expressão igualmente desanimada.Isso me satisfez.Eu abri a porta do carro e desci.— Eu estou indo para casa. — Eu disse para ninguém em particular, mas ainda esperava que essas duas idiotas me ouvissem.— Pelo menos tome um banho antes de ir para casa. — Diana foi rápida em sair e sugerir.Meus pés congelaram no lugar. A sensação pegajosa na minha calcinha ainda estava tão fresca. E eu cheirava a sexo ambulante.Se eu fosse para casa assim, minha mãe e meu pai definitivamente me matariam desta vez.Eu pressionei meus lábios em uma linha fina e me virei para enfrentar Diana.— Não espere que eu se perdoe só porque você está sendo legal comigo. — Eu lembrei a ela.Ana saiu do carro e me deu um olhar sério. — Nós não vamos aproveitar essa situação para fazer você nos perdoar. Eu olhei para baixo e depois assenti
NATÁLIA — É a sua mãe. — Ana me informou da cozinha.Olhei por cima do ombro e a vi segurando o telefone a uma certa distância do ouvido enquanto me informava sobre a ligação da minha mãe.— Ela quer que eu vá para casa? — Perguntei da sala de estar.— Sim. — Ana assentiu com a cabeça.Os olhos dela contavam outra história. Ela não queria que eu voltasse para aquela casa.— Ok. Diga a ela que estou indo. — Me virei e encarei Diana, que estava sentada no sofá em frente ao meu.— Vamos a deixar em casa em meia hora, Sra. Silva. — Ana disse à minha mãe monotonamente.— Ok. Claro. — Ela desligou a ligação e veio se sentar ao meu lado.Puxei minhas pernas para cima e coloquei o queixo sobre o joelho. Um suspiro escapou dos meus lábios.— Não se preocupe. Vou pedir para alguém investigar esse homem. Me mande o número que ele usou para se ligar quando pegar seu telefone. — Disse Diana.Assenti com a cabeça. Eu tinha contado tudo a elas. Desde a visita dele ao meu quarto, até a liga
NATÁLIA Baixei o olhar instantaneamente e tentei passar por ele quando meus sentidos entraram em ação.— Não pode nem dizer oi para mim? — Ele zombou.Meus pés pararam abruptamente. Me virei para o encarar.Pontadas de dor atingiram meu coração quando olhei em seus olhos castanhos brilhantes.Desenrolei meus braços de mim mesma e deixei minhas mãos caírem ao lado antes de as cerrar em punhos.— O que você... quer? — Foi difícil falar.Eu não sabia o que deveria dizer a ele.— Você precisa tanto que eu queira algo de você? — Ele sorriu para mim.Minha respiração ficou presa na garganta. Cerrei os dentes.Ele deu um passo à frente. Eu dei um passo para trás, cautelosamente.Nunca tinha notado esse olhar monstruoso nos olhos dele antes. Ou talvez, eu simplesmente ignorei os sinais de alerta.— Não é melhor que você saiba de tudo agora? Eu não preciso mais mentir para você. — A voz dele baixou.Arrepios subiram pelo meu corpo. Um alarme disparou na minha cabeça, me informando
RICARDO— Você cheira a outro homem. — Rosnei.Esse vínculo me tornava possessivo em relação a ela. Eu não podia tolerar qualquer outro homem chegando perto dela. E ela cheirando a outro homem era absolutamente inaceitável.— Eu colidi com alguém no caminho para casa. — NATÁLIA respondeu diplomaticamente.Colocando minhas mãos ao lado do corpo, me estiquei. Meus olhos observaram sua figura nervosa atentamente.Ela não estava mentindo. Mas também não estava me dizendo a verdade.O silêncio se prolongou entre nós. E isso visivelmente a deixou desconfortável.Há pouco tempo, senti suas emoções problemáticas novamente. Parecia que ela estava em perigo. Por isso, tive que deixar minha matilha no meio da noite e vir até aqui para verificar como ela estava.Ela não conseguia ficar quieta por algumas horas. Ela se envolveu em algum tipo de situação complicada muitas vezes em um único dia.— Estou cansada. — Ela sussurrou quando eu não disse nada.Pisquei e foquei em sua pequena figura
RICARDOEu belisquei seu mamilo com força. Ela soltou um chiado de dor e seus olhos se ergueram para encontrar os meus.— Aww. Isso doeu, meu amor? — Meus lábios se curvaram para formar — o que poderia parecer um sorriso maligno para ela.Ela fungou, seus olhos se enchendo de lágrimas. Tirei minha mão de dentro da camisa dela e a coloquei sobre sua bochecha, acariciando a suavidade leitosa. Seus lábios se franziram em protesto.— Se eu descobrir que você até mesmo... — Meu rosto se aproximou do dela. — ...colidiu com qualquer outro homem de novo, vai doer muito. Eu prometo.Ela fungou novamente. Seus olhos cheios de medo e lágrimas me encararam.— Você entende, amor? — Perguntei com uma voz rouca.Ela assentiu com a cabeça fervorosamente. Seus olhos vidrados e arregalados me observavam de perto.Minhas sobrancelhas se uniram à resposta dela. Coloquei meu polegar contra seus lábios franzidos.— Use essa boca bonita. — Sussurrei.Meus olhos se moveram para seus lábios ligeiramen